sábado, 22 de novembro de 2008

Combustíveis e alimentos mais baratos sem reflexo em outros preços

-
Intervenção da Autoridade da Concorrência pode ser parte da solução
-
Quando os combustíveis e as matérias-primas alimentares, nomeadamente os cereais não paravam de subir, o reflexo desses aumentos não demorou muito a chegar aos preços de vários outros produtos, que encareceram também rapidamente. Agora que o petróleo está a cair a pique e que os cereais estão bem mais baratos, mais nada baixa.
-
A crítica foi deixada pelo economista Alberto de Castro, na 4ª conferência anual da Ordem dos Economistas. O professor da Universidade Católica do Porto, lembrou que «os combustíveis estão hoje bem mais baratos» do que há alguns meses, após a queda abrupta do preço do petróleo para os actuais 50 dólares, e que os cereais também já recuaram.
-
«Porque é que não vemos os preços dos outros produtos, que subiram quando os combustíveis e as matérias-primas agrícolas estavam mais caras, a baixar também?», questionou.
-
O professor apelou ainda à actuação da Autoridade da Concorrência nesta matéria, aproveitando a presença do presidente do regulador, Manuel Sebastião, na mesma conferência.
-
Em resposta, Manuel Sebastião concordou com as observações de Alberto de Castro, mas sublinhou que o problema não pode ser resolvido apenas através da Concorrência. «Trata-se de problemas macroeconómicos, relacionados com os chamados sticky prices. Mas isso não elimina nada do que possa obviamente ser feito em matéria de concorrência», acrescentou. (Agência Financeira).
-
Nota do Papa Açordas: Era bom que, de uma vez por todas, o governo ordenasse aos organismos reguladores que cumprissem a sua missão. Quando há subidas na matéria prima, os produtos sobem, mas o inverso, já não acontece...
-

Sem comentários: