sexta-feira, 29 de novembro de 2013

EL PAPA TAMBIÉN PASA FRÍO

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El papa también pasa frío
EL PAPA TAMBIÉN PASA FRÍO

Las bajas temperaturas no han desalentado a los miles de católicos que cada miércoles acuden a la plaza de San Pedro del Vaticano para asistir a la audiencia general del papa. El papa Francisco, en la imagen, muy abrigado para combatir el frío, ha denunciado que el actual sistema económico que "mata" y "excluye" a las personas. (GTRES)-(20minutos.es)-(20minutos.es)






LA ANTORCHA OLÍMPICA LLEGA A SIBERIA

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La antorcha olímpica llega a Siberia

LA ANTORCHA OLÍMPICA LLEGA A SIBERIA


La antorcha olímpica prosigue su larguísimo paseo. Después de haber viajado al espacio y de haberse sumergido bajo el agua, ahora llega al a gélida Siberia. En la imagen Aldyn Bulak, en Tuva, al sudeste de Siberia (Rusia). (GTRES)-(20minutos.es)


Inimigo público n.º 1

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A 1 de setembro, Passos Coelho, que já a meio de agosto, no Pontal, falara de "riscos constitucionais que poderão fazer-nos andar para trás", aconselha "bom senso" aos juízes do Tribunal Constitucional - é a reação ao chumbo da "requalificação" da função pública. 13 dias depois, o correspondente da Associated Press garante que "desde que chegou ao poder há dois anos o Governo não ganhou uma única discussão económica com os juízes do TC, que têm impossibilitado os seus planos para fazer reformas e poupar dinheiro". A 8 de outubro "um alto responsável do Eurogrupo" chama-lhes "ativistas". A 18, um relatório da representação da Comissão Europeia em Lisboa levanta dúvidas sobre "a imparcialidade política do TC", advertindo: "Qualquer ativismo político desta instituição pode ter graves consequências para o País." A 24, o Financial Times, num texto titulado "TC ameaça resgate de Portugal", cita um analista que atesta ser o tribunal "visto pelos mercados como quase comunista". No mesmo dia, o conselheiro de Estado Vítor Bento publica um artigo de opinião em que, além de lamentar o recurso ao TC "pela oposição política", diz que os juízes estão a transformar Portugal "numa aldeia gaulesa".
A 6 de novembro, Durão Barroso, na presença de Passos, torce as mãos: "Nunca a CE e eu próprio criticámos o TC." Para logo aduzir: "Mas se considerar inconstitucionais as principais medidas do OE 2014, Portugal terá de substituir essas medidas por outras medidas provavelmente mais gravosas." A 13, é a vez do FMI, que no relatório sobre a 8.ª e 9.ª avaliações fala de (surpresa!) "risco constitucional" e "decisões adversas", referindo o TC umas trinta vezes. A 21, de novo a CE: a inviabilização pelo TC de medidas do OE2014 "implicará um aumento dos riscos ao crescimento e ao emprego, reduzindo as perspetivas para um regresso sustentado aos mercados financeiros".
Vá lá que ao fim de três meses de tão avisados conselhos o tribunal deixou passar a lei das 40 horas obrigatórias (embora dizendo que não têm de ser obrigatórias, mas pronto), permitindo até que um jornal titulasse: "TC validou 82% da austeridade". Mas uma coisa as instituições que sabem o que é melhor para nós estão a esquecer: os juízes só julgam pedidos. E quem é que anda por aí a repetir que quer "consensos" mas vai por trás e zás, boicota o trabalho do Governo? Quem é que solicitou ao TC a fiscalização de três normas do OE2013 (duas foram chumbadas), do diploma da requalificação (chumbado) e, no sábado, da chamada "convergência das pensões"?
Se os juízes são irredutíveis gauleses, ativistas políticos quase comunistas e sem senso, que dizer de quem queria ainda mais chumbos, e que quando toda a gente cai em cima do TC finge que não é nada com ele? Só pode ser um radical perigoso - ainda por cima sonso. É preciso denunciá-lo, atacá-lo, quiçá interná-lo. Alguém no Financial Times há-de conhecer alguém que garanta que os mercados o acham pírulas.(Fernanda Câncio - Diário de Notícias)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

LOS PENSIONISTAS SE MANIFIESTAN EN LA INDIA

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Los pensionistas se manifiestan en la India

LOS PENSIONISTAS SE MANIFIESTAN EN LA INDIA

Un hombre de avanzada edad participa en una jornada de protestas en Nueva Delhi (India). Los manifestantes revindicaron el cobro de una pensión mensual de 2000 rupias (23,6 euros) para los mayores de 60 años. En la actualidad los pensionistas reciben 200 rupias al mes. (Harish Tyagi / EFE)-(20minutos.es)



Se PS fosse "mais ativo, tinha 90 por cento" dos votos

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Ex-Presidente da República diz que o PS "se fosse um bocadinho mais ativo, tinha 90 por cento (dos votos), dado o mal-estar social em Portugal. E em Belém, afirma Soares, está um Cavaco "atemorizado"
O antigo presidente da República, Mário Soares, considerou hoje que o PS, "se fosse um bocadinho mais ativo, tinha 90 por cento (dos votos), dado o mal-estar social em Portugal.
O socialista fundador percecionou ainda um chefe de Estado, Cavaco Silva, "atemorizado" no Palácio de Belém, adiantando que a prova está no recente pedido de fiscalização preventiva junto do Tribunal Constitucional do diploma que estabelece a convergência das pensões da função pública com o regime geral da segurança social.
"Se o PS fosse um bocadinho mais ativo, tinha 90 por cento com certeza", declarou Soares, na apresentação de um livro que reúne múltiplas crónicas da sua autoria, publicadas em meios de Comunicação Social entre setembro de 2012 e julho de 2013, no Centro Cultural de Belém, Lisboa.
Para o estadista, "chega a uma certa altura em que as pessoas não pagam e os banqueiros vão sentir isso".
"É uma coisa socialmente impossível. A própria 'troika', quando quer à força que o PS entre, é para evitar, para que haja alguém responsável que modere as coisas", analisou o antigo primeiro-ministro.
Segundo Mário Soares, "é evidente" que "todo o país está a odiar o Governo e, diga-se de passagem, o Presidente da República".
"Eu penso que ele (Cavaco Silva) está agora atemorizado e isso foi uma boa coisa porque veio com aquela história, logo a seguir à Aula Magna. Pensou duas vezes e disse 'vamos lá fazer essa coisa, a ver se pega'. E realmente, os sindicatos ficaram satisfeitos. Vamos lá ver agora o que vem a seguir, se continua ou se desiste", disse, referindo-se ao envio para o TC por parte do Presidente do diploma que regula a convergência das pensões

Notas do Papa Açordas: Mário Soares está a substituir o PS na oposição plena ao desgoverno PSD e à miséria que está no Palácio de Belém...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Não temos autoridade para criticar os polícias

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"Cabeças que se orgulham de exibir um carimbo de sensatez na testa têm anunciado o descalabro da autoridade, o fim da solidez democrática, talvez mesmo o esboroamento da Pátria, a propósito da manifestação de polícias da passada quinta-feira.
Recordo a evolução dos acontecimentos: as grades que separavam 10 mil agentes da PSP dos elementos da Unidade Especial de Polícia foram, a dada altura, levantadas. Um grupo de manifestantes subiu a escadaria do Parlamento. A polícia de choque deixou seguir. Os homens pararam antes das arcadas, gritaram palavras de ordem e, minutos depois, voltaram a descer. Tudo em grande excitação mas em relativa paz - nem um papel caído no mármore ficou a conspurcar o solo que pisam os deputados da Nação.
Imagino a evolução aparentemente esperada pelos que tanto se espantam: os manifestantes derrubavam as grades e desatavam aos tiros para tentar invadir a Assembleia da República. A polícia de choque avançava e desfazia a mole à bastonada e a gás lacrimogéneo. O sangue mancharia a pedra branca da casa da democracia. Contavam-se os feridos e, talvez, os mortos...
Não sei o que disse o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, ao diretor nacional da PSP por causa do que se passou, levando à demissão de Paulo Valente Gomes. Mas nem quero imaginar o que ele teria de dizer se ocorresse uma batalha campal. Nesse caso Paulo Valente Gomes não só era demitido como teria de responder em tribunal. Era isso que queriam?
Dizem as tais vozes reclamantes do bom senso terem os polícias fragilizado a sua imagem: "A próxima vez que tiverem de expulsar manifestantes a tentar subir as escadarias de São Bento, com que autoridade poderão fazê-lo?", perguntam.
Eu alvitro que a autoridade de exercer a repressão em nome do Estado não se perde assim. Não estou a ver um miúdo encoberto com um lenço palestiniano conseguir convencer o homem fardado de capacete e escudo, a brandir o cassetete: "O senhor não tem autoridade - ui! - para me impedir de subir estas escadas - ai! Pare lá com isso - bolas! - então, está a bater em mim e - porra! - não bateu nos seus colegas? Não há direito - chiça!... apre, que isso dói!"...
É mais séria aquela argumentação apresentada pelos ditos sensatos deste país ou aquela que o louco que aqui escreve vai agora expor? 787 euros era o salário mensal do soldado Bruno Chainho, assassinado sábado, no Pinhal Novo, por um sequestrador. Enquanto este País pagar desta forma miserável a quem, da PSP ou da GNR, aceita como missão dar a vida por qualquer um de nós, ninguém tem autoridade para criticar protestos tão cândidos como os de quinta-feira." (Pedro Tadeu - Diário de Notícias)


APURAN LAS NEGOCIACIONES PARA FORMAR GOBIERNO EN ALEMANIA

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Apuran las negociaciones para formar Gobierno en Alemania

APURAN LAS NEGOCIACIONES PARA FORMAR GOBIERNO EN ALEMANIA

La Policía detiene a un manifestante en las inmediaciones de la Willy Brandt Haus, sede del Partido Socialdemócrata alemán (SPD), donde se están llevando a cabo negociaciones entre los líderes políticos alemanes en aras a formar una gran coalición de Gobierno, en Berlín. (Maurizio Gambarini / EFE) - (20minutos.es)

Sindicato: Funcionários judiciais vão continuar a trabalhar 35 horas

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"Os funcionários judiciais vão continuar a trabalhar 35 horas por semana dado que, no entender do presidente do sindicato, a "decisão do Tribunal Constitucional não inviabiliza a do Tribunal Administrativo que impediu a aplicação das 40 horas nos tribunais".
Em declarações à agência Lusa sobre a decisão do Tribunal Constitucional (TC) em declarar a constitucionalidade da norma que aumenta de 35 para 40 horas semanais o horário de trabalho da função pública, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais considerou que esta não altera a do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa que deu razão à providência cautelar interposta pelo sindicato em setembro.
No entender de Fernando Jorge, a decisão do TC "não altera nada" pelo que os funcionários judiciais vão continuar a trabalhar 35 horas semanais.
"A única coisa que o Tribunal veio dizer é que a lei é legal, ou seja (...) que não está ferida de inconstitucionalidade, agora se ela se aplica ou não a todas as profissões e a todos os organismos da função pública isso é outra questão", argumentou.
"A nossa decisão da providência cautelar mantém-se em vigor, até porque os motivos por que esse impedimento foi decidido pelo Tribunal Administrativo não têm a ver com a constitucionalidade ou não da lei", acrescentou.
"A decisão do TC é apenas uma clarificação da legalidade conforme a Constituição", referiu o dirigente sindical.
Também Carlos Almeida, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), invocou a providência cautelar interposta por este sindicato em setembro para suspender um despacho do diretor da Direção-Geral de Administração da Justiça (DGAJ) que determinava que estes profissionais cumprissem 40 horas de trabalho semanal.
"Nós temos as decisões dos tribunais no âmbito das providências cautelares que foram interpostas e que efetivamente nos vieram dar razão e portanto não tem a ver diretamente com as questões da constitucionalidade", justificou.
Relativamente aos oficiais de justiça, disse, os horários das secretarias dos tribunais e a carga horária dos oficiais de justiça é diferenciada dos outros trabalhadores da administração pública: "temos horário de entrada, não temos horário de saída".
"Temos um regime diferenciado e os oficiais de justiça vão manter aquilo que tinham no passado, ou seja, as 35 horas aqueles que tiverem que trabalhar 35 horas, 40 ou mais quando se justifique", acrescentou.
Quanto aos Magistrados do Ministério Público, o presidente do sindicato esclareceu que o regime das 40 horas "não tem implicações", porque estes magistrados "não têm horário de trabalho".
Admitiu, contudo, que relativamente aos turnos de fim de semana (sábado), a remuneração das 09:00 às 12:30, que era fixa, vai passar a ser calculada pelo valor/hora, não tendo a DGAJ ainda respondido ao sindicato sobre a forma como vai ser calculado esse valor.
Rui Cardoso reconheceu que o alargamento do horário de trabalho deverá afetar, sobretudo, o funcionamento das secretarias judiciais.
Mouraz Lopes, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), considerou que o novo regime não se aplica aos magistrados judiciais.
Por seu lado, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, disse à Lusa que estes profissionais estão a trabalhar pelo regime das 40 horas semanais desde o início de outubro.
A agência Lusa aguarda um esclarecimento do Ministério da Justiça sobre a aplicação do alargamento do horário de trabalho aos diferentes profissionais que estão sob a tutela da DGAJ." (Notícias ao Minuto)

Mário Soares: "O sempre infeliz Portas que muda de ideias como de camisas"

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"Após ter despertado as mais variadas reacções, contra e a favor, relativamente ao discurso que protagonizou na Aula Magna e no qual, por diversas vezes, advertiu para uma vaga iminente de violência no País, o antigo Presidente da República, Mário Soares, justifica esta terça-feira, no artigo de opinião que assina semanalmente no Diário de Notícias, que se falou “em violência foi para prevenir as pessoas e a evitar”, respondendo directamente a Paulo Portas a quem chama de "infeliz" e "artista".

As palavras do ex-chefe de Estado, Mário Soares, no que ao despertar de uma onda de violência no País diz respeito, geraram acesa controvérsia. Houve quem o acusasse, inclusive, de incitar a esse tipo de comportamentos. O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, foi uma das figuras que se insurgiu contra a postura assumida pelo histórico socialista.
Ora, no artigo de opinião que assina hoje no Diário de Notícias, Soares sustenta a sua posição e garante: “Se falei em violência foi para prevenir as pessoas e a evitar”.
E prossegue: “Ao contrário do que alguns especuladores da comunicação social, ao serviço do Governo, têm vindo a dizer, eu odeio a violência”, salientando ter sido sempre “pacifista e contrário à violência”.
“Mas quem não sente o que se tem passado? Quem não percebe que paira em Portugal um profundíssimo descontentamento contra o actual Governo e contra o próprio Presidente da República”, questiona, todavia, o ex-chefe de Estado.
Soares sublinha que desta vez não discursou de improviso, recorrendo antes à leitura de um texto previamente escrito, “porque sabia que ao falar de violência os comentadores ao serviço do poder iam necessariamente especular”, reitera e fornece o exemplo do “sempre infeliz vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que muda de ideias como de camisas, e que todos sabemos o que tem feito e refeito. Um artista…”.
Por fim, mais uma vez o antigo Presidente da República volta à carga e lança o repto a Cavaco Silva para que demita o “seu” Executivo “por muito que lhe custe”.
“Senhor Presidente, creia que não tem outra saída: demita este Governo. Não diga que o Governo é legítimo, porque não é. Tem sido e será a desgraça dos portugueses”, apela Soares."(Notícias ao Minuto)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Baixa de Lisboa: Sacos de cadáveres evocam vítimas de violência doméstica

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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima depositou hoje 40 sacos de cadáveres, na rua Augusta, em Lisboa, para evocar as 40 vítimas mortais de violência doméstica em 2012, suscitando reações de choque a quem passava.

Os sacos estavam colocados lado a lado, ao longo de dois quarteirões daquela artéria da baixa lisboeta, como numa morgue ou na zona de impacto de um incidente. No interior, um manequim simulava um corpo.
Cada saco identificava a vítima de violência doméstica pelo género - não pelo nome - e pela relação que mantinha com o agressor, dados a que acrescentava o motivo do crime e o tipo de agressão.
"Isto é horrível, mas infelizmente é o que temos", disse à agência Lusa Manuel Agostinho, um transeunte visivelmente consternado com aquele cenário.
Manuel Agostinho disse não saber "como é se pode dar a volta" a esta situação: "É um crime silencioso, porque normalmente é feito em casa e as pessoas não têm hipótese de se defender e têm medo de denunciar".
"Estava a pensar como acontece uma coisa destas [violência], as pessoas não nasceram para isto. Estou chocado com isto", desabafou.
Gisélia Neves, que também passava pela rua de Lisboa, parou ao ver a ação da sensibilização da APAV, que assinala o Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres.
"Choca-me e arrepia-me, não tenho palavras. É uma coisa bárbara ver tanta senhora a morrer por causa de tanta violência", disse à Lusa.
Confessou que o "mais chocante" é o facto se ser um crime que acontece na família, "em pessoas que são unidas".
Como razões para este crime, Gisélia Neves apontou o facto de as pessoas não terem dinheiro, nem "uma vida fácil", mas acrescentou que também "há muita maldade no ser humano, as pessoas são muito más, umas para as outras".
Matilde Ferreira sentiu "um arrepio profundo" quando viu "os cadáveres" espalhados pela rua. "Isto choca profundamente, nos dias de hoje não se admite". "Parece que estamos na idade da pedra", comentou, ao passar pela rua da capital portuguesa. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Efectivamente é muito chocante ver uma exposição destas mas, infelizmente, é a realidade. O Poder Político tem que dar meios à Justiça para esta poder penalizar os prevaricadores com penas mais pesadas...

CONTRA LA VIOLENCIA DOMÉSTICA

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Contra la violencia doméstica

CONTRA LA VIOLENCIA DOMÉSTICA

Una viandantes contempla varias bolsas funerarias dispuestas en el centro de Lisboa para conmemorar el Día Internacional de la Eliminación de la Violencia contra la Mujer, en Portugal. (Tiago Petinga / EFE) - (20minutos.es)




INSPECCIONAN EL DESMANTELAMIENTO DE FUKUSHIMA

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Inspeccionan el desmantelamiento de Fukushima

INSPECCIONAN EL DESMANTELAMIENTO DE FUKUSHIMA


Un grupo de operarios trabaja en un contenedor situado a unos 100 metros del reactor número 4, en la central nuclear de Fukushima Daiichi (Japón). Un equipo de expertos del Organismo Internacional de la Energía Atómica (OIEA) inició en Tokio una misión en la que analizará las labores de desmantelamiento de la central nuclear de Fukushima y los niveles de contaminación radiactiva. (Tokyo Electric Power / EFE) - (20minutos.es)


Eco para más palavras silêncio para as boas

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"Vasco Lourenço avisou os governantes: "Ou saem a tempo ou vão ser corridos à paulada." E, na conferência da Aula Magna, Mário Soares também foi por aí: "O Presidente e o Governo devem demitir-se, enquanto podem ainda ir para suas casas pelo seu pé. Caso contrário, serão responsáveis pela onda de violência que também os atingirá." Palavras erradas, por evocarem a violência. E, claro, palavras que foram as mais comentadas - por quem, à direita, se aproveitou para cobrar o erro e por quem, à esquerda, tendo convicção por esse erro, mais o incitou. Porém, as palavras mais duras daquela noite nem foram do militar nem do grande político, mas de José Pacheco Pereira, aparentemente deslocado na conferência pelo seu estatuto de militante do PSD. Foi ele que de maneira eficaz soube falar do "discurso de contínua mentira e falsidade" dos que destroem Portugal. Foi ele, com um raciocínio inesperado sobre como havia de se dirigir aos presentes (companheiros, camaradas, amigos?), que soube dizer da necessidade de se procurar a unidade capaz de nos levar ao urgente sobressalto nacional. Pacheco Pereira não foi tosco e por isso não foi tão comentado. O País preferiu as pauladas e as ondas de violência. Preferiu palavras bastardas, porque quem as disse não as quer nem tem como as querer. E palavras imprudentes porque caso surja um isolado fogacho demente lá entraremos, a pretexto dessas palavras, em discussões sem sentido." (Ferreira Fernandes-Diário de Notícias)

domingo, 24 de novembro de 2013

Bombeiros pirómanos

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"Depois de ter promovido várias nacionalizações de empresas portuguesas por Estados estrangeiros, EDP e REN por exemplo, o Governo decidiu dar um outro passo no caminho da colectivização dos meios de produção. A estratégia consiste em criar um banco público que ajude, nas palavras do Governo, as empresas.
Acaba-se com o mercado interno, mantém-se a electricidade, gás, gasolina, a preços acima dos concorrentes europeus, não se mexe uma palha para acabar com a burocracia e até se acabam com as poucas boas medidas nesse sentido do anterior governo, acaba-se com o crédito, aumentam-se os impostos, fazem-se disparar as taxas. E agora o Governo cria a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), que vai não só poder participar no capital das empresas como participar na sua gestão - logo o Estado, esse fantástico gestor. Estamos regressados ao condicionamento industrial do Estado Novo: será o Estado a escolher quem deve ser ou não financiado, qual a actividade a ser apoiada e, com jeito, quem devem ser os gestores.
Diz que é um Governo liberal. Mas é mais um Governo que se comporta como um bombeiro pirómano: vai tentar salvar as empresas que ele próprio se encarregou de incendiar.
Esqueçamos o pormenor de passarmos a ter não um, mas dois bancos públicos. Esqueçamos também que este era o primeiro-ministro que queria privatizar a CGD. Façamos uma força extra e ignoremos que este era o Governo que tiraria o Estado da Economia... O resultado é que acaba não só por fazer exactamente o contrário, mas também por promover nacionalizações por outros Estados de empresas portuguesas.
O facto é que a economia portuguesa está ainda mais dependente de decisões políticas do que alguma vez esteve. Ou será que alguém pensa que a EDP não seguirá à risca o que for melhor para o Estado chinês? Ou será que alguém sonha que a REN não criará problemas graves a Portugal por um qualquer interesse de um dirigente do PC chinês? Ou será que há ingénuo que imagina a IFD com critérios gerais e abstractos quando tiver de escolher financiar esta ou aquela empresa, sugerir este ou aquele gestor - os boys do CDS e do PSD devem estar a esfregar as mãos de contentes e os do PS a afiar os dentes -, procurar um ou outro fornecedor?
O resultado de toda a política que até agora tem sido seguida era previsível e está a confirmar-se: uma economia destruída acaba por se tornar dependente do único poder que permanece: o do Estado. A sistemática destruição económica dos últimos anos deixou o tecido empresarial tão enfraquecido que se torna praticamente inevitável a intervenção estatal.
Daqui até à intromissão do Estado em assuntos que não devem estar na sua esfera, ao aumento do clientelismo, ao crescimento do poder arbitrário do Governo nas mais diversas áreas, vai o passo dum anão.
Com a mesma lógica, não surpreendem os números, que esta semana vieram a público, que mostram que meio milhão de crianças e jovens perderam o direito ao abono de família em três anos e que há muito menos pessoas a receberem o rendimento social de inserção e o complemento solidário para idosos (dados do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa). Não será preciso lembrar que não haverá altura em que estes apoios seriam mais necessários. Por outro lado, o Estado está a investir fortemente em cantinas sociais.
O que se está a tirar em direitos e apoios para que as pessoas mudem de vida e se diminuam as desigualdades está a dar-se em esmolas. É o regresso da sopa dos pobres.
Também diz que o Governo é apoiado por um partido social-democrata.
No fundo, o Estado sai de onde devia estar, diminui as suas funções essenciais, reduz drasticamente os apoios sociais - que já eram dos mais baixos da Europa - e aumenta muito a sua presença onde não devia estar e que quando está só estraga. O Estado torna-se mais fraco onde devia ser forte, e decisivamente forte onde devia ser apenas regulador e facilitador. É a inversão total da lógica do funcionamento do Estado numa democracia que quer ter uma sociedade civil forte e independente e uma economia mais livre e com mais iniciativa.
O Governo não é nem liberal, nem social-democrata, nem nada. É apenas incompetente e ignorante. O pior é que essa incompetência e ignorância está a transformar o país num lugar em que apoiar as empresas é pôr o Estado a financiá-las e a geri-las e os apoios sociais acabarão por ser apenas sopas para os pobres." (Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)

sábado, 23 de novembro de 2013

SITUACIÓN CRÍTICA EN FILIPINAS

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Situación crítica en Filipinas

SITUACIÓN CRÍTICA EN FILIPINAS

La niña de cinco años filipina Sesane Madalio posa delante de la devastada ciudad de Tacloban. De acuerdo con Naciones Unidas, unos 7,8 millones de mujeres y niños necesitan ayuda en Filipinas tras el paso del tifón Haiyan, donde el balance provisional de muertos ha superado los 5.000. (Nic Bothma / EFE)-(20minutos.es)


Cavaco envia convergência de pensões para o Constitucional

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O Presidente da República anunciou, este sábado, que pediu a fiscalização preventiva de normas do diploma sobre convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social.

Em comunicado, a presidência esclarece que o Tribunal Constitucional foi solicitado a pronunciar-se sobre a constitucionalidade das normas "que determinam a redução em 10% de pensões em pagamento" e das normas que determinam o recálculo do montante de pensões em pagamento".

O Presidente da República adianta ainda que "solicitou ao Tribunal Constitucional que verificasse a conformidade destas normas com a Lei Fundamental, designadamente com os princípios da unidade do imposto sobre o rendimento, da capacidade contributiva, da progressividade e da universalidade, e com o princípio de proteção da confiança, quando conjugado com o princípio da proporcionalidade."


O diploma do Governo,, e que foi aprovado apenas com os votos da maioria PSD/CDS-PP, define o regime de convergência de pensões entre o setor público e o setor privado e reduz em perto de 10% as pensões de valor superior a 600 euros.

Notas do Papa Açordas: Ainda bem que o sr. Cavaco "acordou" da letargia que o tem atingido e mandou o famigerado diploma para fiscalização preventiva. Influência do discurso do dr. Mário Soares?...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A anedota, a austeridade e a cambalhota

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Publicado no "O JUMENTO":
"A situação portuguesa faz lembrar da anedota do compadre que foi fazer a experiência de voo num avião de acrobacias. Terminado o passeio o piloto dirigiu-se ao nosso compadre para lhe perguntar como se tinha sentido, ao que este respondeu:
 
“Quando o avião subiu eu já estava à espera de me borrar todo!
Quando o avião descia eu também já sabia que me ia mijar pelas calças abaixo.
Do que eu não estava à espera é que vossemecê desse uma volta e a merda e o mijo me caíssem em cima!”
 
Passos Coelho parece o nosso compadre sabia que a sua política ia dar borra mas estava convencido de que não lhe caía em cima. Estava convencido de que podia impor ao país uma austeridade brutal em 2011, que em 2012 o país crescia e em 2013 o país já estaria esquecido. Só que tudo falhou, a economia continua em recessão, os donos de restaurantes que o Gaspar levou à falência não se converteram em donos de startups concorrentes da Apple, o país afunda-se.

A liberalização do mercado de trabalho não criou emprego, a falência forçada dos restaurantes e da construção civil não modernizaram a economia, as gorduras do Estado continuam onde estão, o investimento estrangeiro continua a passar ao lado.
 
A grande diferença entre Passos Coelho e o nosso compadre reside no facto de o primeiro-ministro estar convencido de que é um espertalhão e de que, apesar da cambalhota que o país está dando, a merda não lhe cairá em cima. Descobriu nos funcionários públicos as vítimas que irão absorver todo o impacto negativo das suas políticas e pediu ao Cavaco Silva para forçar Seguro a participar num consenso para que seja o PS a levar com a merda em cima.
 
Passos Coelho ainda não avaliou todas as consequências das suas políticas e, como é costume em muita gente de parcos recursos intelectuais, continua convencido de que os portugueses são imbecis. Está convencido que recorrendo a truques de propaganda que fazem lembrar Joseph Goebbels vai convencer os portugueses de que a culpa de todos os males é dos funcionários públicos e pensionistas e de que a culpa do insucesso da sua política é do Tribunal Constitucional.
  
Passos Coelho não vai conseguir evitar as consequências da cambalhota a que forçou o país e tal como sucedeu com o nosso compadre vai mesmo levar com a merda em cima."


'SIN TECHO' EN MADRID

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'Sin techo' en Madrid

'SIN TECHO' EN MADRID

Los 'sin techo' de Madrid huyen de las bajas temperaturas en los túneles de Princesa, Ferraz o Bailén; y bajo los puentes de la M-30, Pacífico, López de Hoyos y el Viaducto. En la imagen, Jamal y su familia en el túnel que une Princesa con Santa Cruz de Marcenado. (JORGE PARÍS)-(20minutos.es)



Sobrinho Simões "Governo fez espécie de destruição criativa: rebentou com tudo"

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Um dos mais respeitados cientistas do País, Manuel Sobrinho Simões, é corrosivo no que aos comentários que versam o Executivo de Pedro Passos Coelho, diz respeito. Numa entrevista publicada na edição desta sexta-feira do jornal Público, Sobrinho Simões acusa o Governo de "rebentar com tudo".

"Este Governo fez uma ruptura, que não foi só com a ciência", começa por observar Manuel Sobrinho Simões numa entrevista concedida ao Público, marcada uma tónica discursiva contundente no que concerne à acção do Executivo de Passos Coelho. E, prossegue, "fez uma espécie de destruição criativa: rebentou com tudo, esperando que, das cinzas, nasça algo de novo. Na ciência não nasce".
Para o conceituado cientista, as perdas que o País tem vindo a sofrer com a austeridade são já incalculáveis. "Perdemos muita gente. E perdemos esperança", assinalando também que a proposta de Orçamento do Estado para 2014 "é péssima, porque corta de forma cega".
"Não reforça as instituições que merecem e deviam ser premiadas", critica o cientista, reportando-se ao diploma que define o rumo que o País irá tomar no próximo ano.
À pergunta sobre se, no fundo, está a ser aplicada à ciência a cartilha do empreendedorismo, Sobrinho Simões responde: "A ciência, antes de mais nada, precisa de um tecido de suporte. O empreendedorismo é criminoso, porque tem estimulado perversões", acrescentando que "os estímulos deste tipo podem acabar por ser um convite ao chico-espertismo".
O cientista manifesta ainda "muito medo de que aguentemos menos do que aquilo que as pessoas pensam", quando questionado sobre a capacidade de resistência do País ao desinvestimento na ciência.

Nota do Papa Açordas: Este desgoverno do Passos Coelho e o cavalheiro que ocupa o Palácio de Belém vão ser denominados "Os piores de sempre!"... Parabéns!...

Hoje, derrubo grades, amanhã defendo-as

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"Não gostei de ver os polícias a subir, como invasores, as escadarias da Assembleia da República. Não gosto de ver invasões da Assembleia da República, mesmo que só sob a forma de ameaça. As forças de segurança têm razões de protesto como a maioria dos outros portugueses. Mas não têm as mesmas possibilidades de exercer o direito a esse protesto. Há coisas que uns têm e outros não têm, e isso é assim não só por causa da injustiça com que o mundo está desorganizado; é também assim por causa de como o mundo tem, e tem mesmo, de ser organizado. Já é altura de todos entendermos esse relativismo. Os homens do lixo podem fazer uma greve total durante dois dias; já os médicos e os enfermeiros não podem. Os camionistas, na estrada, podem combinar parar em todo o País às 15.35 de um determinado dia; já os pilotos de avião, no ar, não podem. Se calhar já todos entendemos esse relativismo, sem que nenhum grupo social se sinta desapossado dos seus direitos. Ora os polícias, além de não poderem, como os restantes portugueses, derrubar as grades e galgar as escadarias como se fossem tomar São Bento, têm uma razão suplementar para não o fazer. É que, fazendo, permitem-se aquilo que não permitiriam aos outros cidadãos fazer, quando eles, polícias, estão a exercer a sua função profissional. Claro que deixo toda esta conversa no pressuposto de que o Estado de direito continua vigente. Mas se estamos em insurreição, já não está aqui quem falou." (Ferreira Fernandes - Diário de Notícias)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

QUIEREN QUE EEUU DEJE TROPAS EN AFGANISTÁN

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Quieren que EEUU deje tropas en Afganistán

QUIEREN QUE EEUU DEJE TROPAS EN AFGANISTÁN

Delegados afganos rezan durante la celebración de la Loya Jirga (asamblea tradicional) en Kabul (Afganistán). El presidente afgano, Hamid Karzai, pidió tanques a EEUU para defender Afganistán y desveló que si Kabul y Washington firman el pacto de seguridad de 10.000 a 15.000 soldados norteamericanos permanecerán en suelo afgano a partir de 2015. (S. Sabawoon / EFE) - (20minutos.es)


Hoje, aqui mesmo ao lado do Palheiro

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In "O JUMENTO"

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Obrigadinho ó Joseph Blatter!

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In "O JUMENTO"

JUEGOS EN UNA CIUDAD ARRASADA

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Juegos en una ciudad arrasada

JUEGOS EN UNA CIUDAD ARRASADA

Un niño juega a la pelota en una zona arrasada por el tifón en Guiuan, isla Samar (Filipinas). Naciones Unidas ha indicado que unos 7,8 millones de mujeres y niños de Filipinas, afectados por el tifón que devastó el centro del país el pasado 8 de noviembre, necesitan ayuda. (Bagus Indahono / EFE)-(20minutos.es)


São todos cúmplices

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A ideia de professores "avaliarem" o trabalho dos seus colegas é, no fundo, colocar uns contra outros e criar uma situação de beligerância, com ressentimentos irreparáveis. Quando do 25 de Abril, a estratégia foi ensaiada, e os "saneamentos" entre trabalhadores obedeciam a uma rede de interesses, nem sempre facilmente descortináveis. Registaram-se episódios malditos, que laceraram o princípio sagrado segundo o qual "trabalhadores não saneiam trabalhadores." No Diário Popular, onde trabalhava, esse princípio foi respeitado. Creio, mesmo, que no sector da imprensa se tornou caso único. E convém adiantar que nenhum de nós possuía a experiência da liberdade, embora alguns de nós passassem pela disciplina da luta contra o fascismo. Guardo, de todos eles, gratas e calorosas recordações; e até dos atritos, das quezílias, ocasionalmente azedas até ao limite, conservo a memória de uma época reservada à nossa própria construção. Muitos, dos desse tempo, ficaram meus amigos para sempre. Fomos envelhecendo a olhar para os trajectos de uns e de outros, salva- guardados pelas batidas dos nossos corações. E permaneceu o conceito fundamental de que o "saneamento" entre quem trabalha é uma aberração a combater.
É claro que cometemos outras injustiças, enredadas nos impulsos dos momentos, nunca, porém, creio, moralmente reprováveis ou premeditadas. Foi assim. As grandes solidariedades nascem dos grandes encontros, das afeições e das correspondências culturais, que são sempre ideológicas, mas podem não ser políticas. Avaliávamo-nos, por vezes de forma agreste, mas estávamos no olho do vulcão, e as coisas nunca são serenas quando somos passageiros na nau. Essa prática moldou-nos, de uma forma ou de outra.
Como num filme, muitas cenas e episódios desenvolvem-se-me nas reminiscências, e avultaram mais acesas, com esta "avaliação" de professores imposta pelo Crato, criatura cada vez mais exposta à nossa execração. E quem o avalia a ele, e a todo o Governo? Dirá, o lampeiro, que as urnas são a melhor das "avaliações." Não são. Aliás, como se tem visto e sofrido. Que sabemos desta gente, e que sabe esta gente de nós? Somos colocados perante factos consumados, e temos de aceitar as escolhas a que procede o nomeado primeiro-ministro. Dirão: é o sistema a funcionar. Direi: o sistema funciona mal. Pessoalmente, bem gostaria de submeter estes que tais a uma vulgar sabatina cultural. Não vejo este e aquele do Governo muito interessados em História, em Geografia, em Português, em Gramática, em Literatura, em Artes. Manifesta-se, em todos eles, aquelas "incongruências problemáticas" que deram fama e glória a Pedro Lomba. Não me interessa nomear todos aqueles que demonstram uma acentuada propensão para o patricídio. Interessa-me, sim, afirmar que são cúmplices de uma das maiores desventuras da nossa história como colectividade e como nação.
(Baptista Bastos - Diário de Notícias)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

DESASTRE EN FILIPINAS

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Desastre en filipinas

DESASTRE EN FILIPINAS

Vista general de un pueblo que resultó completamente arrasdo por el tifón Haiyán, en la Isla de Samar (Filipinas). El tifón Hayán ha dejado, por ahora, 3.976 personas fallecidas y 1.598 desaparecidas en Filipinas. (EFE) - (20minutos.es)

ACTUACIÓN DE GREENPEACE EN MADRID

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Actuación de Greenpeace en Madrid

ACTUACIÓN DE GREENPEACE EN MADRID

Miembros de Greenpeace despliegan una gran pancarta en la sede de Shell en Madrid con el mensaje Salva el Ártico #FreetheArctic30 para pedir a esta empresa que medie ante su socio en el Ártico, el consorcio gasístico ruso Gazprom, en la liberación de sus activistas detenidos en Rusia. (Pablo Blazquez / EFE) - (20minutos.es)


EL DÍA MUNDIAL DEL INODORO

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El Día Mundial del Inodoro

EL DÍA MUNDIAL DEL INODORO

Un empleado muestra una réplica de un inodoro real de la monarquía francesa, expuesto en el Museo Internacional de Inodoros Sulabh en Nueva Delhi (India). El museo sigue la pista de los 5.000 años de historia del inodoro y su influencia en la educación sanitaria. La ONU celebra el 19 de noviembre el Día Mundial del Inodoro. (Money Sharma / EFE) - (20minutos.es)


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PROTESTA DE GREENPEACE EN POLONIA

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Protesta de Greenpeace en Polonia

PROTESTA DE GREENPEACE EN POLONIA

Activistas de Greenpeace despliegan desde el tejado del Ministerio de Economía pancartas con el mensaje "¿Quién gobierna Polonia? ¿La industria del carbón o el pueblo?", durante una protesta en Varsovia (Polonia). Varios activistas se manifestaron contra la celebración de la Conferencia Internacional del Carbón. (Radek Pietruszka / EFE) - (20minutos.es)


TORNADOS EN EL MEDIO OESTE DE EEUU

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Tornados en el Medio Oeste de EEUU

TORNADOS EN EL MEDIO OESTE DE EEUU

Intensos tornados azotan el Medio Oeste de EEUU. En la imagen, Richard Miller de Washington, Illinois, recoge los objetos personales que encuentra en la casa destruida de su hermano. (GTRES) - (20minutos.es)


MORTAL CHOQUE EN EGIPTO

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Mortal choque en Egipto

MORTAL CHOQUE EN EGIPTO

Varias personas inspeccionan el lugar después de que al menos 24 personas murieran y 28 resultaran heridas al chocar un tren, un microbús y un vehículo, en el barrio de Giza, en la zona de Dashshur, a 40 kilómetros al sur de El Cairo (Egipto). (Khaled Elfiqui / EFE)-(20minutos.es)

Os pobres, os ricos e os fingidos

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Os pobres, os ricos e os fingidos

"Para um conhecido e devoto economista em Portugal há quatro classes sociais, os pobres, os fingidos, os ricos e os qualificados. Estes últimos não fazem parte da equação nacional, é uma alegria velos partir e resta ao devoto economista rezar uns terços no seu gabinete para lhes desejar sorte.
 
Os ricos são uma classe à parte, o caviar, os carros de luxo, as estadias em hotéis de 7 estrelas, as vivendas de luxo são capital e enquanto tal nem vale a pena questionar a possibilidade de lhes aumentar a carga fiscal. Quantos mais ricos houverem melhor, é bom que não fujam e quanto mais a distribuição de rendimentos for injusta melhor, mais ricos irão aparecer.
  
Não são os ricos nem os pobres que estão a mais no país, são os quadros qualificados e os reformados. Quanto aos primeiros o problema está resolvido, o país não precisa de gente inteligente e qualificada a protestar, estão partindo e quanto mais depressa se forem embora melhor. Os segundos é que são uma praga, gente riquíssima, que leva uma vida luxuosa e ainda têm o descaramento de andarem armados em pobres. Os pensionistas são os parasitas do sistema como não há forma de o país se livrar deles o melhor é reduzi-los à subsistência, são eles e os funcionários públicos, mas destes a boa alma não falou.
 
Depois temos os pobrs, gente que nasceu para trabalhar, que aguenta o que for necessário, ai aguentam, aguentam, e que não há nada a fazer. É um erro tirar aos ricos para dar aos pobres, até porque não foi por acaso que Deus inventou a pobreza, foi para que os pobres fossem o símbolo da virtude e até os marxistas-leninistas concordaram com este princípio e escolheram-nos para líderes do proletariado.
 
Aumentar o salário mínimo é uma aberração até porque se os pobres ganharem mais o resultado é ficarem mais pobres. O economistas só se esqueceu de que se os pobres ficam ainda mais pobres é porque os seus amigos ricos ficam ainda mais ricos.
 

É isto que andam a ensinar na Universidade Católica?"

)

domingo, 17 de novembro de 2013

César das Neves "A maior parte dos pensionistas não são pobres, fingem"

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João César das Neves defendeu, em entrevista ao Diário de Notícias, os cortes nos salários e nas pensões, sublinhando que em Portugal há muita gente que fala em nome da classe baixa mas que, na realidade, não são pobres e “querem defender o seu”. O colunista declara, também, que baixar a idade da reforma seria “suicida”.

“Uma das piores coisas que estão a acontecer em Portugal é haver uma data de gente a falar de pobres que não são pobres e que, em nome dos pobres, querem defender o seu. (…) A maior parte dos pensionistas não são pobres e estão a fingir que são pobres. E dos verdadeiros pobres ninguém fala ou, quando fala, é para dar direitos a todos os outros”, declarou João César das Neves ao Diário de Notícias.
O antigo assessor económico de Cavaco Silva começou por descrever a crise demográfica, que entende existir por razões nacionais e culturais e não por razões económicas. César das Neves acredita que a economia tem a capacidade de se ajustar e que o que precisar realmente de ser mudado é o actual sistema demográfico.
“As pessoas vivem mais tempo e vivem com melhores condições (…). Só serão piores se nós mantivermos regras que estão desajustadas. E se as pessoas vivem mais tempo, em melhores condições, é estúpido baixar a idade da reforma, é suicida”, explica o professor.
César das Neves defendeu que o Estado Social tem que se ajustas às novas condições porque é onde está maior parte do dinheiro gasto pelo Estado e acrescentou que os cortes nos salários e nas pensões são o caminho.
“O Estado andou a brincar com isto durante muito tempo. (…) Só em 2011 é que começamos a fazer um ajustamento sério quando a crise é de 2008. (…) Neste momento, não há muitas alternativas. Basta olhar para as contas: 40% da despesa pública são pensões, mais 30% são salários”, afirmou o economista, sublinhando que é nesta área que os cortes farão a diferença.(Notícias ao minuto)

Notas do Papa Açordas: Este sr. Neves é do mais caricato e folclórico que a Direita tem. Gostava que ele fosse obrigado a viver com o ordenado mínimo...

A democracia e a inspiração irlandesa

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"1-Segundo a Forbes, o ministro das Finanças irlandês afirmou, na passada quinta-feira, que as condições económicas para o próximo ano não seriam as melhores. No entanto, como é do conhecimento geral, a Irlanda decidiu regressar aos mercados prescindindo do já famoso programa cautelar. Mais, vários ministros irlandeses, em declarações a vários jornais internacionais, disseram que o Governo irlandês não estava disposto a aceitar novas condições económicas, no caso concreto subida de impostos, em troca do referido programa.
Ficamos daqui a perceber algumas coisas de que já suspeitávamos.
Em primeiro lugar, o programa cautelar não é uma espécie de seguro de crédito que podemos ou não accionar. Ou mesmo que o seja, o preço para o comprar será alto. Se a Irlanda que se pode financiar neste momento a taxas de cerca de 3% - logo o risco de o BCE ter de intervir para as baixar seria reduzido - imagine-se o que será com Portugal, que se financia quase a 6%. Ou seja, se a Irlanda estando numa situação muito melhor do que a nossa não quis aceder ao seguro por achar as medidas de austeridade adicionais demasiado penalizadoras, imagine-se o que nos irá ser exigido.
Em segundo lugar, quanto à recuperação da soberania - expressão que revela um entendimento da comunidade europeia que dispensa comentários - também estamos conversados. Se para acedermos ao programa cautelar teremos de nos sujeitar a novas imposições, cai por terra o discurso de 1640 e patetices semelhantes. O preço será sempre alto e a receita suicida a mesma.
Uma das lições desta recusa irlandesa em aceitar o programa cautelar é percebermos que os decisores europeus, sobretudo os alemães, continuam cegos face ao que está a acontecer aos países sujeitos a resgate e persistem em receitas que se provaram falhadas. Como dizia a Forbes, se nem com a Irlanda, o aluno dilecto, se conseguiu negociar de forma politicamente razoável, o que será com os outros? Que acontecerá quando o Banco Central Europeu tiver de comprar ilimitadamente dívida da França ou da Itália?
Mas há um problema maior que esta crise mais uma vez mostrou - que aqui já foi várias vezes referido. Que raio de legitimidade democrática tem o BCE para impor ou sequer negociar medidas? Se o BCE impõe medidas em função da compra ilimitada de dívida ou dum programa cautelar torna-se num governo de facto. Alguém votou um programa político do BCE? No fundo, temos uma espécie de governo paralelo que ninguém elegeu e que impõe políticas a seu bel-prazer. No fundo, estamos perante o desrespeito do mais sagrado princípio da construção europeia: o democrático.
2-Segundo o primeiro-ministro, "a Irlanda é uma inspiração". A frase, como muitas das que têm sido proferidas por Passos Coelho, não é de fácil entendimento.
Quererá o primeiro-ministro dizer que o facto de o Governo irlandês não se ter sujeitado às imposições da Europa recusando o programa cautelar, sabendo dos riscos que corre no próximo ano, é uma inspiração? Estará Passos Coelho a recordar-se de que o Governo irlandês não foi nem mais um euro além das medidas do memorando? Será que finalmente pensa que teria sido boa ideia ter tido uma postura de permanente negociação com os credores, em vez de ter um ministro das finanças, Vítor Gaspar, que os irlandeses diziam ser um autêntico procurador da troika ? Achará que o salário mínimo, 1400 euros, as taxas de IRC, IRS, IVA na Irlanda são agora inspiradores? Ter-se-á lembrado de que na Irlanda não há reformas ou salários de 600 euros, quanto mais cortes nessas pensões e salários (que sim foram feitos, mas para valores muitíssimo superiores)? Estará a reflectir sobre a reforma do Estado realizada em consenso com os partidos, sindicatos e demais parceiros sociais ? Um plano com metas a atingir, programas a seguir, modelos a implementar e não com umas folhas com a dignidade de papel higiénico de que já ninguém se lembra e que passa à história como uma brincadeira de mau gosto? Será que o primeiro-ministro está a ensaiar um mea culpa e nos pretende dizer que está arrependido por não nos ter dado um Governo minimamente competente sem gente manifestamente impreparada? Será que devemos perceber um pedido de desculpas por não ter procurado, logo de início, consensos e até o Governo ter vivido em permanente ambiente de guerra interna ?
Acreditemos até que, inspirado pela Irlanda, vai finalmente encontrar um caminho e acabar com a triste exibição pública da completa desorientação do Governo. O tal que em duas horas passa duma perda de referência, confessada por Marques Guedes, para uma história da carochinha, contada por Maria Luís, sobre irmos para aos mercados sozinhos.
Já não era mau se a inspiração de Passos Coelho o levasse por alguns destes caminhos, mas já nem o trevo irlandês nos pode ajudar." (Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)


sábado, 16 de novembro de 2013

João Cravinho "Sem reestruturação da dívida ficamos esfolados"

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O socialista João Cravinho destaca em entrevista ao jornal i, publicado este sábado, que “o problema número um” do País “é o crescimento”. Contudo, deixa o aviso, “sem haver uma restruturação em profundidade da dívida ficamos de tal maneira esfolados que não nos resta nenhuma possibilidade de financiar políticas inteligentes de crescimento”.



Sem reestruturação da dívida ficamos esfolados
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Em entrevista este sábado ao jornal i, o socialista João Cravinho afirma, desde logo, que “se a Alemanha não mudar, se continuar a bloquear elementos institucionais extremamente importantes” - que permitam resolver “o problema da dívida e se progrida, por exemplo, na união bancária, para que a própria Comissão Europeia saia do apagamento e da anulação quase total a que se remeteu nos últimos anos - é evidente que é impossível manter o euro”.
Na opinião do socialista, “até agora a Alemanha não revelou vontade de acabar com o euro, mas pode subestimar as forças das tensões desagregadoras que a sua obstinação vai semeando”, avisa.
E que consequência teria essa situação? “O caos que atinge todos os países e até a própria Alemanha” porque “a viabilidade do sistema bancário alemão pode ser posta em causa” e que apesar de poder ser resolvida, “custa muitíssimo mais do que fazer outra coisa qualquer para viabilizar o euro”.
“A Alemanha, em vez de ser uma âncora é uma rocha a que se amarram todos os outros, em protesto ou apoiando-a. Tem uma noção muito moralista e simplificada das origens da crise: ‘aqueles tipos desbarataram por completo a sua gestão financeira, fizeram uma grande orgia irresponsável’” e “’a única maneira de acabar com as orgias é submeter as pessoas a dieta’”. Acontece que, refere João Cravinho, “está a ser chamada à realidade com procedimentos do défice excessivo”.
Além disso, “o problema número um é o crescimento, mas sem haver uma restruturação em profundidade da dívida ficamos de tal maneira esfolados que não nos resta nenhuma possibilidade de financiar políticas inteligentes de crescimento”. Particularmente em relação a Portugal, o socialista refere nestas entrevista ao jornal i que “não pode ter 20, 25 anos para pagar a dívida”, deve “pedir, no mínimo dos mínimos, 40 anos, e não deve sair daí”.
João Cravinho comenta ainda os dois mandatos do português José Manuel Durão Barroso à frente da Comissão Europeia reconhecendo que “a tarefa era difícil porque tinha a oposição da Alemanha e não teria apoio suficiente de ninguém”.
Mas e apesar de ainda se ter rebelado “uma ou outra vez, foi completamente incapaz de assumir e impor aquilo que, por processo comunitário, compete à Comissão. Se formos ver resultados, zero. Ou muito pouco. Não esteve à altura da situação. Ninguém se lembrará de dizer que ele foi um dos grandes arquitectos seja lá do que for”.(Notícias ao Minuto)

Pacheco Pereira "Está o Constitucional disposto a permitir o 'vale tudo' exigido pelo Governo?"

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O social-democrata e historiador Pacheco Pereira questiona, este sábado, num artigo de opinião se o Tribunal Constitucional está “disposto a permitir o ‘vale tudo’ exigido pelo Governo e os seus amigos nacionais e internacionais” ou a colocar “um travão em nome da lei e da democracia”.

“Já que há por aí abundantes ‘pressões’ para que o Tribunal Constitucional não aplique a Constituição, venho aqui ‘pressioná-lo’ para que a aplique”, escreve o historiador Pacheco Pereira no início do artigo de opinião que assina, este sábado no jornal Público
O social-democrata esclarece que não pretende fazê-lo “por razões jurídicas” mas “por razões de política e democracia, que é a razão pela qual temos uma Constituição e um Tribunal Constitucional”.
Considerando que o “Tribunal Constitucional é o último baluarte”, Pacheco Pereira afirma que isso “só por si só já é um péssimo sinal do estado da democracia, porque todas as instituições que deviam personificar o ‘bom funcionamento’ da nossa democracia ou não estão a funcionar, ou estão a funcionar contra”.
“Refiro-me ao Presidente da República, ao Parlamento e ao Governo”, salienta o historiador, acrescentando, neste contexto, que “se o Tribunal Constitucional não nos defende do retorno a esta lei da selva, todos os dias vertida em leis escritas por aqueles que acham que estão acima das leis, então ninguém a não ser a força nos defende do abuso da força”.
E chegados a “este dilema é o pior que se pode dizer dos dias de hoje”.
Assumindo-se como “a favor da revisão da Constituição”, Pacheco Pereira considera que “a principal decisão do Tribunal Constitucional, seja sobre que matéria for das que lhe forem enviadas, sejam as pensões, as reformas, os salários, seja a legislação laboral, seja a ‘convergência’ do público com o privado, seja o que for, terá sempre um essencial pressuposto anterior”.
“Está disposto a permitir o ‘vale tudo’ que lhe é exigido pelo Governo e os seus amigos nacionais e internacionais, ou coloca-lhe um travão em nome da lei e da democracia?”, questiona Pacheco Pereira, rematando que “em muitos momentos da História foi o falhanço judicial último que permitiu o fim das democracias”. (Notícias ao Minuto)

VEHÍCULO ACRÍLICO

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Vehículo acrílico

VEHÍCULO ACRÍLICO

Una azafata posa en un modelo de vehículo acrílico durante la presentación de Thompson Ramo Wooldridge (TRW), un fabricante de piezas de coches, en la jornada abierta a los medios de comunicación del Salón Internacional del Automóvil de Fráncfort (Alemania). (EFE) - (20minutos.es)


A escravatura do FMI

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"A 18 de outubro, um estudo da ONG australiana Walk Free Foundation confrontou-nos com a realidade trágica de que, em 2013, ainda existem cerca de 30 milhões de escravos em todo o mundo. Destes, 14 milhões estão recenseados na Índia do senhor Lall, chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal.
Não sei se por inspiração histórica, devoção ideológica ou deformação cultural, o modelo de sociedade que este aspirante a capataz nos quer impor deriva do tipo esclavagista em que a dignidade dos salários não existe, os direitos no trabalho e ao trabalho são para abolir e o acesso à justiça por parte de quem trabalha é para revogar.
Diz-nos o senhor Lall, no douto relatório às oitava e nona avaliações do ajustamento português, que, apesar dos cortes já efetuados, os salários continuam elevados, que os empregados menos qualificados e com ordenados mais baixos devem estar à mercê de uma maior flexibilização salarial em nome da competitividade, que as pensões permanecem uma enormidade, que os trabalhadores despedidos sem justa causa devem ser desincentivados de recorrer aos tribunais para se defenderem, que os sindicatos devem ser conduzidos à irrelevância na concertação social, que o esbulho nos rendimentos do trabalho, proclamado aos quatro ventos como temporários pelo Governo, é para ser definitivo... E por aí adiante.
O país de que fala o senhor Lall, e de que antes falava o senhor Selassie, é o mesmo que aceita como uma inevitabilidade o facto de haver mais de um milhão de portugueses a ganhar menos de 600 euros por mês, que tem um Governo que recusa discutir a subida do salário mínimo para essa fortuna que são 500 euros, que já sorri com uma taxa de desemprego que cai para os 15,6% sem se questionar sobre o impacto nestes números da emigração de 120 mil portugueses num só ano - e também na sustentabilidade da Segurança Social - que, a par da habilidade contabilística dos subempregados e dos chamados "inativos", reduz drasticamente o universo da população ativa em cima da qual se calcula a taxa de desemprego, que acha normal que a destruição de postos de trabalho seja três vezes superior à criação de emprego.
Não sei se foi neste país das maravilhas que o Dr. Pires de Lima, qual pastorinho de Fátima, teve a epifania do "milagre económico" e do "momento de viragem" que, nas palavras do ministro da Economia, deveria encher de "satisfação" os portugueses todos. Sei, no entanto, que à retórica da discordância afirmada pelo Governo relativamente às posições mais radicais da troika tem correspondido sempre o alinhamento com a austeridade cega e a submissão à lógica de empobrecimento. Aos métodos e discursos punitivos que nos são impostos segue-se sempre a mansidão do discurso e a resignação.
É óbvio que a notícia de que saímos da situação de recessão é positiva, ninguém no seu juízo perfeito pode contestar. Mas tal como é dito pelo senhor Lall, o País ainda tem "riscos significativos" pela frente. E o maior de todos não é nem o Tribunal Constitucional nem "o regresso à incerteza política". A pior das ameaças é mesmo a ortodoxia do FMI.
Se ao brutal Orçamento do Estado para 2014 se vier a somar a receita prescrita neste relatório, depois de nos terem arrancado a carne, os senhores da troika preparam-se para nos comer os ossos.
Aos credores não pode ser permitido tudo. Aos credores, tal como aos capatazes, também é preciso dizer basta. Não chega desvalorizar um relatório que é ofensivo da dignidade humana. Talvez no país do senhor Lall a escravatura seja cultural e socialmente aceitável. Talvez, antes dele, o senhor Selassie se tenha esquecido ou até desconheça que, na Etiópia, os escravos foram abolidos em 1942. Mas o que aqui está em causa é uma visão ultraliberal que, à viva força, nos quer fazer retroceder a um passado do qual devíamos todos envergonhar-nos e que não é compatível com a liberdade e a civilização." (Nuno Saraiva - Diário de Notícias)