Em Lisboa são atingidos 700 funcionários. No Porto já se prevê aconselhamento
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«A chegada do recibo de vencimento no final do mês traz um suspiro de alívio, mas a cada vez mais pessoas dá também o amargo sabor de ver que a parte do que ganham nem o cheiro sentem. Os salários penhorados são nos primeiros meses do ano uma realidade crescente em organismos públicos e empresas: é mais um sinal da crise.
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Na Câmara de Sintra a situação atingiu proporções quase dantescas. Cerca de 38% dos funcionários têm o vencimento parcialmente penhorado por incumprimento fiscal (dívidas ao Estado) e execução judicial (falta de pagamentos de créditos à habitação e consumo e da prestação alimentar para os filhos). Fernando Seara, presidente da autarquia, está a acompanhar a situação.
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No departamento de Recursos Humanos da Câmara de Lisboa desde o início do ano que não pára de crescer a lista de trabalhadores com salários penhorados. Em Maio, havia perto de 700 funcionários (7% do total) com o salário reduzido até um terço. Em Dezembro de 2007, o arresto mensal atingia €36.750; cinco meses passados tinha aumentado 33%, rondando os €50 mil.
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...No Porto, a crise corta os ordenados a 4% dos funcionários (127) e está já a merecer a atenção do executivo, ou não tivesse na liderança Rui Rio, economista que sempre criticou o "despesismo". O edil da Invicta contactou o Observatório do Endividamento dos Consumidores da Universidade de Coimbra, para dar formação e definir linhas de orientação para os trabalhadores.
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...A realidade vivida nas Câmaras de Lisboa e Porto estende-se de Norte a Sul do país. Práticamente todas as autarquias que acederam divulgar as penhoras salariais confirmam um aumento desde o início do ano. Na grande Lisboa, Amadora penhora mensalmente um total de €8.000 a 54 trabalhadores, que representam pouco mais de 4% dos recursos humanos. A Norte, destaque para a Maia, com 6,4% de penhoras e Matosinhos com 46 funcionários em dívida (3,5%).» (Expresso)
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