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Se, numa feira, vir um soldado da GNR a revistar as trouxas de um grupo nómada de vendedores, não fique surpreendido. Se numa rua deparar com o mesmo soldado a pedir contas ao mendigo que, sentado no chão, estende a mão à caridade, não se espante. Nem tão pouco se admire caso encontre o mesmo agente da autoridade a irromper por uma casa e a proceder criminalmente contra a locatária, senhora que supostamente ganha a vida a troco de dinheiro por serviços sexuais prestados.
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Todos estes casos estão previstos legalmente por um regulamento que legitima a acção da GNR sobre nómadas, mendigos, vadios e prostitutas. São obrigações contestadas, mesmo pela própria GNR, mas que não são revogadas.
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A portaria legal sobre o Regulamento Geral do Serviço na GNR, que determina este procedimento, é por muitos considerada atentatória, uma vez que discrimina pessoas consoante a sua etnia ou condição social.
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A portaria não é, como muitos poderiam supor, uma regra do início do século passado, nem tão-pouco mais uma das célebres determinações da governação de António de Oliveira Salazar. Trata-se de um documento legal publicado no Diário da República a 25 de Setembro de 1985.
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Notas do Papa Açordas: Há que ajudar mas também que vigiar. Note-se que estes nómadas e não só, há muitos ciganos já enraízados, que se dedicam ao furto. No Alentejo, no tempo da azeitona, dedicam-se ao furto da mesma, já ensacadas, pois apanhá-la faz dor na espinha. No Algarve, é com os frutos secos e a alfarroba. Basta dizer que, no Algarve, os ciganos são os maiores vendedores de alfarroba, sem possuírem uma única alfarrobeira. Porquê? Porque os industriais a compram, a preços mais baratos, claro está, mesmo sabendo que ela é roubada... Por isto tudo, é bom que a GNR continue a vigilância aos nómadas, vulgo, ciganos... ou então, entreguem-lhes casa na Quinta da Fonte...
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1 comentário:
Concordo, embora pense que peque por defeito...
Um abraço,
quink644
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