O politólogo Adelino Maltês considera que a política madeirense está assente numa lógica autoritária, onde impera a impunidade
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«Demagogo, versátil, democrata, populista, diplomata, autoritário. Os adjectivos parecem incompatíveis, mas é assim que o politólogo Adelino Maltês vê Jardim. Um político que utiliza o "chicote" e a "cenoura" para fazer alianças e ameaçar adversários, que exaspera os opositores e envergonha os madeirenses que não se revêem nesse discurso.
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Mas, goste-se ou não de Jardim, o professor catedrático lembra que esta política, assente no "caciquismo" e na lógica "autoritária" e de "impunidade" do homem do sucesso, que não é exclusiva da Madeira. Alarga-se a todo o país. "A Madeira é mais caricaturada porque a situação dura há mais tempo. Existe um populismo científico assente no estilo Jaime Ramos". A agressividade dos políticos influencia toda a sociedade, as relações pessoais, as políticas empresariais e a própria justiça, defende o politólogo. E contagia a oposição que, "em desespero, copia o exemplo da maioria". As atitudes de liderança do PS-Madeira são fruto "de becos sem saída que forçam a oposição a actos de desespero, pois não se sentem apoiados pelos pares nacionais".
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Para Adelino Maltês, "a culpa não é só de Jardim mas de um sistema que obriga a classe política a actuar como grupo de pressão".» (Expresso)
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