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Legislação impõe facturas artificiais no próximo ano
Electricidade: famílias pagam mais 4,3 por cento e a indústria 5,9 por cento
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O contador rodará menos do que devia no próximo anoNo próximo ano, os consumidores portugueses podem fazer de conta que os custos da energia não explodiram em 2008 e que não têm de pagar por isso. Em vez de um agravamento de 40 por cento, que é quanto pagariam a mais se todos os custos fossem reflectidos na tarifa, vão pagar em média um aumento de 4,9 por cento, propôs ontem a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

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Os consumidores domésticos vão ter um aumento abaixo da média, de 4,3 por cento, enquanto a indústria pagará mais 5,9 por cento.

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A partir de 2010, vem a factura. Os consumidores vão ter de começar a pagar o montante em dívida (o chamado défice tarifário), que, após esta decisão, se eleva a 1717 milhões de euros. Somando os défices que já vinham de anos anteriores (296 milhões), o país empurra para o futuro 2013 milhões de euros de défice tarifário, que terão de ser pagos nos 15 anos seguintes. O resultado desta "engenharia regulatória" traduz-se num aumento médio mensal da tarifa, para os consumidores domésticos, entre 0,95 e 2,38 euros, consoante o escalão em que se encontre.

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Nota do Papa Açordas: É um fartar vilanagem. Se a EDP, o ano passado teve um lucro de quase mil milhões de euros, como é que se justifica o aumento? E como é que há um défice de 40%? Ainda há pouco tempo, chamámos a atenção para o caso de uma funcionária da EDP ganhar escandalosamente um ordenado de 384.ooo euros mais modormias...E o Zé a pagar!!!...

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