sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Alternativa de esquerda" sugere o PCP

-
Jerónimo não exclui nenhuma “força progressista”
PCP defende “alternativa de esquerda” aparentemente incluindo o Bloco

-
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu ontem “uma alternativa de esquerda”, sem excluir “nenhuma força progressiva de esquerda”, para fazer “uma ruptura” com a política do PS.
-
A afirmação de Jerónimo de Sousa foi feita num debate sobre o projecto de teses ao XVIII Congresso dos comunistas, em Lisboa, no final do ano, que reuniu algumas dezenas de militantes num hotel da capital.
-
“Perante a necessidade de uma convergência das forças sociais e políticas, não excluindo nenhuma força progressiva de esquerda, temos a proposta de que sem ruptura com esta política não há arrumação de forças que garanta uma alternativa de esquerda”, disse.
-
Essa alternativa, que aparentemente não exclui o Bloco de Esquerda, pressupõe “um reforço” do PCP, tanto nas “lutas de massas” como nos “combates eleitorais” em 2009.
-
Nota do Papa Açordas: Jerónimo de Sousa está a engolir um enorme sapo ao propor uma "alternativa de esquerda", depois das cobras e lagartos que disse do Bloco de Esquerda. Mas ao mesmo tempo, está a ver que o PCP, sózinho ou com a sua muleta dos Verdes, não consegue subir a votação, pelo que só lhe resta, propor esta solução. É uma proposta inteligente, que deverá agregar à sua volta, muitos dos descontentes do PS.
-

1 comentário:

Anónimo disse...

O Sr. Jerónimo pode fazer toda a engenharia eleitoral que quiser para 2009, mas se quiser ser uma força "progressiva" e alternativa ao PS (o que é salutar para a democracia) tem de dar soluções concretas ao Pais e mostrar como se pagam essas soluções. Até aqui, tanto o PC como o Bloco, têm capitalizado politicamente de forma descarada as dificuldades do Pais em proveito próprio.
Que os cidadãos descontentes se virem tradicionalmente para os partidos de esquerda porque são os partidos que tocam a música que eles querem ouvir é uma coisa... dizer que o PC é uma força progressiva no Portugal de 2008/2009 é uma anedota.