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Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico
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Químicos portugueses descobriram por acaso um novo material, a que chamaram gelatina iónica, que permite desenvolver dispositivos electrónicos - como baterias e células de combustível - mais baratos e mais amigos do ambiente, informa a agência Lusa.
Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico
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Químicos portugueses descobriram por acaso um novo material, a que chamaram gelatina iónica, que permite desenvolver dispositivos electrónicos - como baterias e células de combustível - mais baratos e mais amigos do ambiente, informa a agência Lusa.
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Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico, uma solução constituída por iões com cargas negativa e positiva.
Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico, uma solução constituída por iões com cargas negativa e positiva.
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A descoberta, já patenteada, resultou de um trabalho conjunto de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior Técnico (IST) cujas conclusões foram publicadas no último número da revista científica britânica «Chemical Communications».
A descoberta, já patenteada, resultou de um trabalho conjunto de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior Técnico (IST) cujas conclusões foram publicadas no último número da revista científica britânica «Chemical Communications».
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«Estávamos à procura de um material que fosse um bom ambiente para as enzimas, que as imobilizasse e melhorasse o seu desempenho», disse à Lusa um dos autores do estudo, Pedro Vidinha, da FCT, acrescentando: «Sabíamos que os líquidos iónicos davam essa possibilidade, permitindo imobilizar as enzimas num ambiente físico», mas essa linha de investigação não produziu os resultados desejados e foi temporariamente abandonada.
«Estávamos à procura de um material que fosse um bom ambiente para as enzimas, que as imobilizasse e melhorasse o seu desempenho», disse à Lusa um dos autores do estudo, Pedro Vidinha, da FCT, acrescentando: «Sabíamos que os líquidos iónicos davam essa possibilidade, permitindo imobilizar as enzimas num ambiente físico», mas essa linha de investigação não produziu os resultados desejados e foi temporariamente abandonada.
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«Comparámos então este novo material com os outros condutores e constatámos não só que era tão condutor como eles, como era mais barato, mais leve, mais fácil de trabalhar e mais ecológico, por ser biodegradável», sublinhou.
«Comparámos então este novo material com os outros condutores e constatámos não só que era tão condutor como eles, como era mais barato, mais leve, mais fácil de trabalhar e mais ecológico, por ser biodegradável», sublinhou.
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Assim, o facto de poder assumir várias formas, desde um bloco compacto a uma fibra ou um filme fino, e poder incorporar substâncias solúveis ou insolúveis em água, permite a sua aplicação tanto em pilhas como em células de combustível e células fotovoltaicas de nova geração.
Assim, o facto de poder assumir várias formas, desde um bloco compacto a uma fibra ou um filme fino, e poder incorporar substâncias solúveis ou insolúveis em água, permite a sua aplicação tanto em pilhas como em células de combustível e células fotovoltaicas de nova geração.
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«Nas pilhas, por exemplo, a gelatina iónica pode funcionar como electrólito e como eléctrodo e, dadas a sua versatilidade, permite construir uma pilha em qualquer superfície, até numa folha de papel, por exemplo, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos», disse o investigador.
«Nas pilhas, por exemplo, a gelatina iónica pode funcionar como electrólito e como eléctrodo e, dadas a sua versatilidade, permite construir uma pilha em qualquer superfície, até numa folha de papel, por exemplo, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos», disse o investigador.
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A equipa trabalha agora noutras aplicações, procurando tirar todo o partido do novo material, nomeadamente no campo da biotecnologia, como em bio-sensores da glucose, voltando assim às enzimas, mas também em compostos farmacêuticos e cosméticos. (Portugal Diário)
A equipa trabalha agora noutras aplicações, procurando tirar todo o partido do novo material, nomeadamente no campo da biotecnologia, como em bio-sensores da glucose, voltando assim às enzimas, mas também em compostos farmacêuticos e cosméticos. (Portugal Diário)
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Nota do Papa Açordas: A par da descoberta do transistor com papel, esta é uma das maiores descobertas do ramo da electrónica, feita por portugueses. Esperamos que este (des)governo lhes dê todo o apoio, especialmente no registo das patentes...
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1 comentário:
somos de facto bons em muitas áreas, da-se é pouca informação sobre isso, prefere-se realçar o pior.
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