quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Funcionários públicos recorrem à reforma antecipada

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Estado: Tempo de serviço desceu dos 37,5 para os 33 anos
Mais reformados na Função Pública
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Milhares de funcionários públicos estão a recorrer à reforma antecipada, apesar de a taxa de penalização atingir os 4,5 por cento por cada ano de trabalho a menos. Só este ano cerca de 6900 trabalhadores deverão antecipar a aposentação, o que significa um aumento de 65 por cento na corrida às pensões antecipadas.
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Mais de 23 mil funcionários públicos deverão aposentar-se este ano e, segundo o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), cerca de 30 por cento (6900) irão mesmo antecipar a reforma. No ano passado, apenas 4180 trabalhadores pediram mais cedo a aposentação.
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Mas este ano o Governo facilitou a pensão antecipada ao reduzir o tempo de serviço exigido de 37,5 para 33 anos. Assim, todos os funcionários públicos que este ano completem 33 anos de serviço podem, independentemente da sua idade, solicitar a reforma antecipada.
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A pensão será contudo reduzida, o que não travou a corrida às reformas antecipadas. A taxa de penalização por cada ano que falte para atingir a idade legal da reforma (61,5 anos em 2008) é de 4,5 por cento. Isto é, um funcionário que tenha 59,5 anos de idade e 33 anos de serviço vai ser penalizado em nove por cento do valor total da pensão.
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Ao facilitar as reformas antecipadas, o Governo espera reduzir, até ao fim da legislatura, o número de efectivos da Função Pública em 75 mil. Uma política criticada pelo presidente do STE, que sublinhou que em 'vários serviços os funcionários estão a ser sobrecarregados de trabalho'.
Para Bettencourt Picanço não há dúvida de que é 'o mau ambiente' nos locais de trabalho, na sequência da 'constante reestruturação dos serviços, que está a levar os trabalhadores a optar pela reforma antecipada'.
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O CM solicitou dados sobre o assunto ao Ministério das Finanças, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta. (Correio da Manhã)
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Nota do Papa Açordas: Nunca um governo tratou tão mal os funcionários públicos e, como tal, não admira que haja inúmeros pedidos de aposentação, mesmo com penalizações. Será agora que os mobilizados irão sser reintegrados nos lugares deixados vagos por aqueles que se aposentam? Não creio...
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2 comentários:

António de Almeida disse...

-Muitos optam pela aposentação, apesar das penalizações, porque também conseguem trabalho, na maior parte dos casos não declarado, através da chamada economia paralela, aumentando os rendimentos.

Tiago R Cardoso disse...

que remédio senão reformarem-se, a vida está difícil e o futuro pior.