terça-feira, 28 de outubro de 2008

Professores cansados de sofrer agressões

-
Professores cansados de sofrer agressões
-
O Conselho Executivo da Escola Básica 2,3 de Santa Maria, em Beja, manteve-se irredutível, esta segunda-feira, na decisão de se demitir em bloco, "saturado" com vários casos de agressões de alunos e pais a funcionários e professores.
-
Em causa estão pelos menos três casos muito graves de agressões ocorridas desde Novembro de 2007, tendo o último episódio acontecido na passada quinta-feira.
-
O problema, de acordo com fontes da escola, parece estar nos alunos e encarregados de educação provenientes de bairros degradados e de famílias nómadas.
-
Face ao clima de insegurança que se vive no seio da comunidade escolar, os docentes e não docentes de sete escolas do agrupamento de Beja, tinham decidido, na sexta-feira, que encerrariam os estabelecimentos na manhã de ontem, acção de protesto que acabou por ser desconvocada numa reunião que se realizou ontem, cerca das 8 horas.
-
Para esta "desconvocação", muito terá contribuído a presença, no final da tarde de sábado, de José Verdasca, director Regional de Educação do Alentejo (DREA), que, acompanhado de uma jurista, terá "aconselhado" os contestatários a recuar na decisão de fechar as escolas.
-
"Era como se os capitães de Abril tivessem que pedir autorização ao Américo Tomáz para fazer a revolução", disse ao JN o docente Florival Baiôa, comentando as alegadas pressões de José Verdacas junto dos professores.
-
Domingas Velez, presidente demissionária do CEA, considera que "as situações têm-se agravado de dia para dia. Estão insuportáveis", razão pela qual quer abandonar do cargo. Quanto ao encerramento das escolas, a professora defendeu que "as coisas devem ser feitas de forma programada e organizada", sustentando que todos "temos os nossos direitos, mas na legalidade", apontando uma dceisão para uma reunião que se vai realizar hoje.
-
Na manhã de ontem, pais e alunos concentraram-se à porta da EBI de Santa Maria "exigindo mais segurança", situação que se viria a repetir à hora de almoço, bem como ao final do dia de ontem. (Jornal de Notícias)
-
Nota do Papa Açordas: Em Beja existe uma grande comunidade cigana, e são estes indivíduos que provocam a maioria dos desacatos nas escolas locais. O Ministério da Educação há muito que está ao corrente destes casos mas, até hoje, nada fez para resolver o problema. Tudo isto só vai desestabilizar a escola, provocando atrasos no programa escolar e prejudicando os alunos que realmente querem estudar.
-

5 comentários:

Anónimo disse...

Aqui permito-me discordar da conclusão. Não é o Ministério da Educação que tem, isolado, que resolver o problema.
Somos todos nós.
Começando, talvez, por exigir que essas pessoas estejam sujeitas às mesmas leis e tratamento que os demais portugueses!

o que me vier à real gana disse...

... E, compadre, tornando cada vez mais difícil a tarefa de ensinar!

Parece que o desgoverno vai contratar uma empresa de segurança privada para actuar na escola.

A miniswtra arrogante? Ó, essa não deve saber de nada;não está ao corrente!

Abraço

Tiago R Cardoso disse...

Quando o estado transforma os professores em maus da fita, obviamente que a comunidade não respeita.

Pata Negra disse...

Eles apenas seguem o exemplo do governo. Bater nos professores dá votos.
Um abraço com palmatória

stériuéré disse...

Como também é proíbido bater nos filhos, olha....... deixem a educação para eles próprios!
Os profs, nada podem fazer, os pais nada fazem , senão vão presos, enfim........... e a ministra , nossa amiga, pois gana, deve estar a ver os Morangos com açucar, a ver se aprende o que fazer no dia a dia!