sábado, 25 de outubro de 2008

Incêndios: Russos querem vender os aviões Beriev-200

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Incêndios
Moscovo recusa-se a alugar aviões a países estrangeiros para combate a incêndios
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A partir do mês de Novembro, a Rússia irá renunciar à prática do aluguer temporário dos aviões Beriev-200 a países estrangeiros, incluindo Portugal, escreve o diário russo Izvestia, citando uma fonte da aviação civil russa.
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Segundo o jornal, citado pela agência Lusa, isso deve-se ao facto de os países europeus recorrerem aos serviços dessa aparelho de combate aos incêndios florestais apenas em situações críticas, recusando-se, ao mesmo tempo, a adquirí-lo.
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«Durante os últimos anos, esses aviões participaram em voos experimentais, a maioria das vezes de demonstração, no combate a incêndios reais em Portugal, Itália e Grécia», escreve o jornal.
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«Paralelamente, realizaram-se conversações sobre a possibilidade e condições de aquisição do Beriev-200, mas logo que os incêndios rareavam, os países da União Europeia travavam imediatamente as conversações e, no ano seguinte, vinham pedir outra vez à Rússia que enviasse aviões para o combate a incêndios», lê-se no Izvestia.
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Assim sendo, continua o diário, a parte russa «compreendeu que a cedência de aviões para apagar incêndios já activos não é vantajosa para a Rússia, porque dificulta a venda do Beriev-200 no mercado mundial da aviação».
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«Claro que para esses países é mais fácil pagar entre 3 a 5 milhões de euros pelo leasing durante uma época do que comprar um avião. Por isso, foi colocada com toda a clareza a questão da suspensão do aluguer, em regime de leasing, desses aparelhos», lê-se.
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Presentemente, Moscovo já recebeu pedidos de Portugal, Sérvia, Montenegro, Grécia e Itália para enviar aparelhos Beriev-200 para o combate a incêndios, mas, segundo o jornal, «a resposta será clara: a parte russa está pronta a colaborar com todos os países, mas se for declarada situação de emergência devido a incêndios florestais de grandes proporções».
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«Mas se for demonstrado apenas intenção de alugar o aparelho em sistema de leasing, a resposta da parte russa será negativa», conclui o jornal. (TSF)
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Nota do Papa Açordas: Há um ditado português que diz que quem empresta não melhora, logo os russos não estão dispostos a emprestar ou alugar os aviões, mas sim, vendê-los. Até porque os aviões já deram provas de bom desempenho, no combate a fogos florestais. Sacrifiquem-se uns quantos boys e adquiram-se os aviões necessários...
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