-
Muitas linhas se escreveram e muitos discursos se fizeram sobre a reforma da função pública. Não faltaram os aplausos e os elogios entusiásticos à coragem e ao arrojo do Reformador.
Muitas linhas se escreveram e muitos discursos se fizeram sobre a reforma da função pública. Não faltaram os aplausos e os elogios entusiásticos à coragem e ao arrojo do Reformador.
-
Todavia o Diário de Notícias de hoje, ao analisar o Orçamento de 2009, revela-nos outro lado da corajosa e eficiente reforma.
-
Segundo o DN mais de 1257 milhões de euros vão ser gastos na aquisição de serviços ao sector privado. Uma parte corresponde a uma “esquecida” (vá lá saber-se porquê...) reforma de combate ao despesismo: o Governo destinou 167,7 milhões de euros para estudos, projectos e pareceres a encomendar a gabinetes de advogados, de engenharia e consultores privados conhecidos de todos, uma parcela que conheceu um crescimento exponencial durante a actual legislatura. A outra, bafejada por idêntica generosidade, corresponde à substituição de serviços internos, por serviços prestados por empresas privadas a “preços de mercado” (talvez porque muitos funcionárias foram enviados para casa, visto que havia funcionários a mais). Destaque para o último parágrafo do artigo, “só no subsector Estado (excluindo serviços e fundos autónomos), a aquisição de bens e serviços ao sector privado vai crescer 6,3% em 2009, ascendendo a 1404 milhões de euros, revelam ainda os mapas de despesa da proposta de orçamento de Estado divulgada esta semana pelo Governo. Este custo corresponde a cerca de 13% da despesa total com pessoal”.
-
É caso para se dizer que a “corajosa” e “eficiente” reforma, valeu mesmo a pena!
-
(In MAIS ÉVORA)
-
8 comentários:
Compadre, tem aqui um excelente espaço.
Parabéns!
Mentem-nos de mais. Nós deixamos. Eles não têm vergonha.
Compadre
A verdade segundo S.Sócrates à medida dos interesses reformistas. Mas nem todos a engolem, né Compadre?
Abraço
tirar do sector publico, avançando com cortes para depois pagar os serviços ao privado, enfim...
Eles não estudam soluções para os problemas, eles estudam formas de nos fazerem parecer que os estão a resolver. A oeste nada de novo.
Um abraço e não me enganam
Estou aqui com o João: os piores e mais lesivos anos são os anos eleitorais porque retrocedemos imenso do sacrifício fiscal e inflacionário que fizeram exercer impiedosamente sobre o nosso magro costado. Reforma da treta é o que é.
Compadre, vou proceder dentro de breves momentos à linkagem deste blog k merece ser lido!
Fique bem!
O engº técnico Sócrates tem um alvo a abater: o funcionalismo público. Oxalá que, nestas eleições que se aproximam, os funcionários não se esqueçam e "abatam" quem lhes fez tanto mal...
Pica Pau
Enviar um comentário