terça-feira, 12 de agosto de 2008

63 funcionários públicos reformam-se diariamente

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23 mil deverão aposentar-se até ao final do ano
63 funcionários públicos reformam-se diariamente

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Houve 11.610 novas aposentações na função pública na primeira metade deste ano, o que revela uma ligeira desaceleração face a igual período do ano passado.
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As contas são apresentadas pelo “Diário de Notícias”, com base nas 11.610 saídas por reformas contabilizadas este ano. Se este ritmo se mantiver, a administração pública perderá este ano cerca de 23 mil funcionários. O primeiro-ministro José Sócrates havia fixado como objectivo reduzir o universo dos funcionários públicos em 75 mil ao longo da legislatura.
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A esmagadora maioria (59%) dos novos reformados é oriunda da administração central. Os restantes vêm da administração local (12%), das forças militares e de segurança (9%) e da administração regional (5%).
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A passagem à situação de reforma é a principal porta de saída de funcionários da administração pública. O envelhecimento dos recursos humanos da máquina do Estado (sobretudo em algumas áreas como a Segurança Social e a Justiça, por exemplo) torna este fenómeno cada vez mais pesado. Actualmente, quase um terço dos funcionários têm mais de 50 anos e a situação é mais preocupante quando se restringe a avaliação aos serviços de atendimento ao cidadão.
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Nota do Papa Açordas: O que Sócrates fez aos funcionários foi mudar as regras de jogo a meio da partida, de modo a que trabalhassem mais uns anos. Resultado: maior desemprego entre os mais novos, e um grande descontentamente na Administração Púiblica. Oxalá, os funcionários saibam retribuir tal "benesse" nas eleições europeias, autárquicas e legislativas do próximo ano.
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