domingo, 7 de dezembro de 2008

Marinho Pinto ataca políticos

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Bastonário diz que o Governo é caloteiro
Marinho Pinto: “A principal corrupção que existe é a do sistema político”

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O bastonário da Ordem dos Advogados acredita que a principal forma de corrupção que existe é a do sistema político. Numa entrevista ao Rádio Clube e ao "Correio da Manhã", Marinho Pinto afirmou ainda que está disposto a recorrer às mais altas instâncias europeias para conseguir que o Governo português pague o dinheiro que deve pelas defesas oficiosas.
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“A principal corrupção que existe é a corrupção do sistema político, é a corrupção nos detentores de cargos políticos porque são aí que se tomam as grandes decisões”, afirmou o bastonário para quem é esta a forma de corrupção mais “danosa”.
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Marinho Pinto acusou ainda o Governo português de ser “caloteiro”, referindo-se à dívida relativa às defesas oficiosas. “Se esta situação não for resolvida eu vou para as instâncias internacionais dizer que o Governo português é caloteiro. Vou para o Parlamento Europeu, para o Conselho da Europa, para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem”, diz Marinho Pinto para quem o incumprimento em relação a esta despesa é “uma falta de respeito pelas pessoas pobres deste país, que não têm dinheiro para constituir um advogado”: “Daqui a pouco vai começar a caça ao voto e vão todos aí pelo país fora com a maior demagogia pedir o voto a dizer que estão a favor dos desfavorecidos”.
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Nota do Papa Açordas: Marinho Pinto acusa o sistema político como a principal forma de corrupção, e não deve andar muito longe da razão. Vejam-se os casos que ultimamente têm surgido, e cujos protagonistas movem-se no chamado "Centrão"...
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1 comentário:

A. João Soares disse...

Como dizia há tempos o PGR, a corrupção está generalizada por todo o país. O tráfico de influência, a troca de favores, existe em toda a administração pública, mas a grande corrupção está concentrada nas mãos de quem tem mais Poder ou mais capacidade de influenciar as decisões do Poder. É lógico, e qualquer raciocínio conduz a tal conclusão.
É por isso que as propostas do Eng João Cravinho de há vários anos ainda não geraram a legislação que combata a corrupção, o tráfico de influências e o enriquecimento ilegítimo, como ele propunha. Os detentores do Poder não querem matar a «galinha dos ovos de ouro» e nisso todos os partidos com aspirações a serem governo estão de acordo, como é lógico.
Nisto, como em muitas coisas, o bastonário da OA sabe o que diz, e fala tão claramente que os visados ficam escamados, como se tem visto. Para acabar com tal imoralidade é preciso uma força vinda de fora do sistema. Ele que é um homem da lei e da ordem, refere os poderes europeus, Outra pessoa falaria numa força tipo Al-Qaeda, ETA, etc...
Um abraço
João