A CRISE E OS MILHÕES
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«Os Estados desviam milhões, que vêm directamente dos bolsos dos contribuintes, para evitar as falências de bancos mal geridos ou que se meteram em escandalosas negociatas. Será necessário. Mas o povo pergunta: e as roubalheiras, ficam impunes? E o sistema que as permitiu - os paraísos fiscais -, os chorudos vencimentos (multimilionários) de gestores incompetentes e pouco sérios, ficam na mesma? E os auditores que fecharam os olhos - ou não os abriram suficientemente - e os dirigentes políticos que se acomodaram ao sistema, não agiram e nem sequer alertaram, continuam nos mesmos lugares cimeiros, limitando-se a pedir, agora, mais intervenções do Estado, com a mesma desfaçatez com que antes reclamavam "menos Estado" e mais e mais privatizações?
«Os Estados desviam milhões, que vêm directamente dos bolsos dos contribuintes, para evitar as falências de bancos mal geridos ou que se meteram em escandalosas negociatas. Será necessário. Mas o povo pergunta: e as roubalheiras, ficam impunes? E o sistema que as permitiu - os paraísos fiscais -, os chorudos vencimentos (multimilionários) de gestores incompetentes e pouco sérios, ficam na mesma? E os auditores que fecharam os olhos - ou não os abriram suficientemente - e os dirigentes políticos que se acomodaram ao sistema, não agiram e nem sequer alertaram, continuam nos mesmos lugares cimeiros, limitando-se a pedir, agora, mais intervenções do Estado, com a mesma desfaçatez com que antes reclamavam "menos Estado" e mais e mais privatizações?
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Pedem-se e pediram-se sacrifícios para cumprir as metas do défice, impostas por Bruxelas. Mas, ao mesmo tempo, os multimilionários engordaram - os mesmos que agora emagreceram na roleta russa das economias de casino - e os responsáveis políticos (os mesmos, por quase toda a Europa) não pensam em mudar o paradigma ou não anunciam essa intenção e não explicam sequer aos eleitores comuns, os eternos sacrificados, como vão gastar o dinheiro que utilizam para salvar os bancos e as grandes empresas da falência, aparentemente deixando tudo na mesma? E querem depois o voto desses mesmos eleitores, sem os informar seriamente nem esclarecer? É demais! É sabido: quem semeia ventos colhe tempestades...» [Diário de Notícias]
-Pedem-se e pediram-se sacrifícios para cumprir as metas do défice, impostas por Bruxelas. Mas, ao mesmo tempo, os multimilionários engordaram - os mesmos que agora emagreceram na roleta russa das economias de casino - e os responsáveis políticos (os mesmos, por quase toda a Europa) não pensam em mudar o paradigma ou não anunciam essa intenção e não explicam sequer aos eleitores comuns, os eternos sacrificados, como vão gastar o dinheiro que utilizam para salvar os bancos e as grandes empresas da falência, aparentemente deixando tudo na mesma? E querem depois o voto desses mesmos eleitores, sem os informar seriamente nem esclarecer? É demais! É sabido: quem semeia ventos colhe tempestades...» [Diário de Notícias]
Parecer: Por Mário Soares.
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Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
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(In O JUMENTO)
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6 comentários:
Este Mário não é um tal que...?
Pois é, a velhice é assim, tanto potencia rasgos de surpreendente lucidez como faz esquecer aquilo que se fez!
Recolhimento, é o que se lhe pede senão qualquer ainda aparece ao colo da ministra da educação!
Um abraço sem gaveta para o socialismo
Eles que vão para a puta que os pariu e que não os soube educar como homens,esse Marocas já está caduco e tem que se dar o desconto.
ele que vá para a Florida ter com o seus amiginhos amaricanos e de preferencia que fique por lá.
Um abraço e toca a desancar neles
Compadre
É interessante como se fala(ou escreve) tão bem, com tanta lucidez e coerência.
Bem dizia o Frei Tomaz: faz o que eu digo e não faças o que eu faço.
Abraço
Não aprecio o senhor Mário Soares.
Soares acordou da sesta e desceu do limbo por onde anda.
Se foi ele que disse isso, temos que convir qu tem razão. Está o pobre povo a pagar com o pouco que tem para comprar pão, para esse dinheiro ir sustentar bandidos que desta forma vão continuar a levar a vida faustosa e de rapinagem que levou à crise.
Porque não se aproveita a crise como pretexto para acabar com ordenados multimilionários, as reformas de príncipe e acumuladas, etc. Porque não se corre com os administradores menos honestos e se substituem por outros escolhidos por concurso público sério? Porque...
Abraço
João
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