Mário Soares alerta hoje num artigo de opinião publicado no “Diário de Notícias” para um descontentamento no país que pode vir a resultar em revolta social, numa altura de crise.
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O antigo Presidente da República lembra que, perante as ajudas do Estado aos bancos para que não caiam em falência, o povo pergunta: “e as roubalheiras, ficam impunes? E o sistema que as permitiu – os paraísos fiscais -, os chorudos vencimentos (multimilionários) de gestores incompetentes e pouco sérios, ficam na mesma?”.
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Mário Soares refere ainda os “dirigentes políticos que se acomodam ao sistema” e os “auditores que fecharam os olhos”.
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Comparando com o que está a acontecer na Grécia, com a revolta de estudantes que já dura há vários dias, Mário Soares constata que Portugal “não deve ficar indiferente”. “Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança – e de revolta – que não augura nada de bom”.
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Nota do Papa Açordas: O pior cego é aquele que não quer ver, diz o povo e com razão. Sócrates tenta negar a revolta social e o descontentamento que grassa na Sociedade Civil (SC), a mesma SC que enche a boca a tantos políticos de meia tijela...Veja-se o caso dos militares, médicos, professores, funcionários públicos, etc...mas, contra a corrupção, "nicles"...
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2 comentários:
Refiro este alerta no post «Recuos do Governo» no blog Do Miradouro. A incapacidade dos nossos políticos pode levar a graves distúrbios. Oxalá não sejam tão descontrolados e selváticos como os da Grécia em que os prejudicados são cidadãos trabalhadores inocentes e não os verdadeiros causadores da crise. Deviam começar pelos governantes, pelos detentores de «tachos dourados», pelos que usufruem «reformas milionárias acumuladas», etc. e evitarem, molestar o povo que já é o mais sacrificado pelos maus governos.
Um abraço
João
Algumas visões lúcidas que me surpreenderam.
Desta vez o senhor Soares acordou bem lúcido da sua sesta.
No entanto pouco significativo para Sócrates.
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