quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

QUOTAS NAS CARREIRAS DOS PROFESSORES?

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QUOTAS NAS CARREIRAS DE PROFESSORES?
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As quotas foi uma das maiores perversões da modernização da Administração Pública, começou com as avaliações, tornou-se símbolo de modernidade e acabou por ser adoptada nos professores limitando o acesso a categorias.
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As quotas são uma aberração na medida em que o Estado está a condenar funcionários que admitiu e supostamente foi criterioso ao fazê-lo. Em segundo lugar, porque os responsáveis pela gestão dos recursos humanos ficam impunes pela sua incompetência, acontecendo o esmo com as chefias, centrando-se o sucesso dos serviços unicamente na prestação dos funcionários. Em terceiro lugar e no pressuposto de que o método funciona sem cunhas e outras golpadas típicas da Administração Pública serão muitos os funcionários que preteridos vão optar por baixar os braços, o excelente nem serve de grande coisa mas funciona como prémio, assim sendo para os que não alcancem tal estatuto será um factor de desmotivação. Em quarto lugar, porque quem está no topo da carreira manda o ministro para o mesmo sítio que em tempos o Almirante Pinheiro de Azevedo mandou alguns políticos portugueses.
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Mas dizer aos professores que só meia dúzia deles poderão ascender ao céu e ainda por cima por concursos injustos é promover a desmotivação geral. Concordo inteiramente com a avaliação, da mesma forma que defendo um modelo diferente de contratação, mas não posso aceitar o funil absurdo que foi imposto a toda uma classe com o funil dos titulares. Se só 5% dos professores podem ascender à categoria de titular então é porque o ensino está muito pior do que se diz e os professores são, por definição incompetentes. Ora, como é que a ministra pode exibir tão bons resultados se ao mesmo tempo diz que estatisticamente só 5% dos professores estão em condições de ascender ao topo da carreira?
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Estes regime de quotas foi uma invenção de idiotas cobardes que em vez de adoptarem regimes de avaliação credíveis duvidam da transparência dos modelos que eles próprios adoptaram estabelecendo filtros artificiais e injustos aos seus resultados.
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Como o processo de escolha dos governantes é menos exigente e criterioso dos que os critérios de avaliação dos funcionários públicos teremos que estabelecer para o governo uma quota de governantes excelentes inferior aos 5%. Basta fazer um exercício. (O JUMENTO)
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3 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Compadre

Venho desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo pleno de alegrias e realizações pessoais.
Mesmo que pareça ironia em tempo de crise exprimir tal desiderato, eu acredito que há sempre uma nesga de céu para ser desfrutado.

Abraço

Anónimo disse...

Não me apetece comentar... Exijo tréguas, pelo menos até dia 26.
Um Bom Natal ao Compadre e a quem me ler
M

Anónimo disse...

como é q quotas são aberrações? será que nas empresas toda a gente é promovida a director-geral só pq tem uma boa avaliação? sinceramente eu, como cidadão, não entendo essa reivindicação.

de qq maneira se quiserem fazer a vossa avaliação há um site bom para isso:

http://www.avaliacaodosprofessores.com