quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mobilidade especial na DRAPAL e no MADRP - II

Mais um e-mail recebido de funcionários do Ministério da Agricultura, sujeitos à famigerada lei da mobilidade.


Exmos. Senhores,

ACABAMOS O ANO EM BELEZA
Constatamos que Portugal está no "melhor" caminho para chegar ao topo da listagem, enquanto País com mais elevada taxa de desemprego.Portugal é já o 3.º País da União Europeia com mais elevada taxa de desemprego.Para além de sermos sérios candidatos ao primeiro lugar - País com maior taxa de desemprego, temos que ter presente que Portugal têm, há mais de duas décadas, uma taxa de pobreza superior a 20%.
Lembramo-nos que na segunda metade dos anos 90, o Governo de então, onde marcavam presença muitos dos actuais membros do Governo admitiu mais de 170 000 (cento e setenta mil) novos Funcionários para a Administração Pública, provavelmente, como forma de combater o desemprego.
Mas agora é este Governo que promoveu e criou as condições para dispensar Funcionários. Parece haver aqui um enormíssimo contra-senso. Os mesmos que admitem Funcionários como forma de combater o desemprego promovem agora o envio de Funcionários para a inactividade.
O que se poderia esperar dos decisores era lógica e transparência nos processos.
Ora a decisão governamental de promover a dispensa de Funcionários encarregando disso dirigentes da Administração Pública criou todas as condições para a arbitrariedade de onde resultou a selecção de Funcionários pela fotografia.
A dispensa de Funcionários que está a ocorrer em Portugal a mais não corresponde do que à colocação de Funcionários (os melhores e mais qualificados que servem na Administração Pública) em situação de inactividade (impedidos de trabalhar) ou dito de outra forma foram dispensado em tudo semelhante a desemprego vitalício.
O que está a ser feito é um autêntico atentado à inteligência humana.Faz-se e apresenta-se uma medida com determinados objectivos.Mas nenhum deles foi, até hoje, atingido.Apesar disso quer-se fazer crer que o que está a ser concretizado está ser um sucesso.
ORA O QUE OS PORTUGUESES ESPERAM É A CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES QUE PROMOVAM A CRIAÇÃO DE EMPREGO.
QUE SE HÁ QUE REDUZIR O NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE TAL NÃO SE FAÇA COM MEDIDAS ALTAMENTE PENALIZADORES PARA OS ATINGIDOS.
QUE NÃO SE ACHINCA-LHE NA PRAÇA PÚBLICA A DIGNIDADE HUMANA E PROFISSIONAL DESSES CIDADÃOS HONRADOS E EXCELENTES FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.
UM PAÍS COMO É O CASO ACTUAL DE PORTUGAL ONDE O DESEMPREGO, QUER EM TERMOS ABSOLUTOS QUER EM TERMOS RELATIVOS, NÃO PARA DE AUMENTAR;UM PAÍS COMO É O CASO ACTUAL DE PORTUGAL ONDE A TAXA DE DESEMPREGO CONTINUA A AUMENTAR NOS QUE SÃO DETENTORES DE MAIS E MELHOR QUALIFICAÇÃO;UM PAÍS COMO É O CASO ACTUAL DE PORTUGAL ONDE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SE DISPENSAM OS MELHORES E MAIS QUALIFICADOS,DIFICILMENTE PODE SER UM PAÍS ONDE SE CONSIGA MAIS DO QUE SIMPLESMENTE SOBREVIVER,DIFICILMENTE PODE SER UM PAÍS ONDE SE CONSIGA MOBILIZAR OS CIDADÃOS PARA AS MISSÕES ESSENCIAIS - PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO.A TRISTEZA E A DESCRENÇA ESTÃO INSTALADAS.
É NECESSÁRIO E URGENTE INVERTER ESTE SENTIMENTO GENERALIZADO E CADA VEZ MAIS ENRAIZADO.OS PORTUGUESES TÊM QUE ACREDITAR QUE PORTUGAL PODE TER FUTURO.PARA TAL HÁ QUE MUDAR MUITA COISA.
OS PORTUGUESES TÊM QUE TER CONFIANÇA NAQUELES QUE DIRIGEM OS DESTINOS DE PORTUGAL.
CONFIANÇA É SENTIMENTO QUE OS PORTUGUESES TÊM QUE RECUPERAR.
PORTUGAL MERECE MELHOR.
JÁ CHEGA DE DESCULPA DO DÉFICITE.
NÃO FORAM OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE O CRIARAM. POR ISSO NÃO PARECE CORRECTO QUE SEJAM OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS A SUPORTAR OS ERROS QUE OUTROS COMETERAM.
TEMOS QUE ACREDITAR QUE PORTUGAL PODE TER FUTURO.
TEMOS QUE TER ESPERANÇA NUM FUTURO MELHOR.
TEMOS QUE ACREDITAR NAS NOSSAS CAPACIDADES.
TEMOS QUE TER UM PROJECTO COLECTIVO.
TEMOS QUE TER ESPERANÇA.
PORQUE VAMOS ENTRAR NUM NOVO ANO.
E 2008 VAI SER UM ANO DECISIVO.

2 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Compadre Alentejano
É preocupante o ataque que está a ser feito à classe, aos mais pobres e ao Estado Social.
E mais preocupante ainda é ouvir dizer que estes ataques são necessários e que não há alternativas a um modelo de desenvolvimento que tem enriquecido os mais ricos e empobrecido os mais pobres.
Continuar a denunciar que eu vou fazendo um mesmo.
Um abraço

Tiago R Cardoso disse...

O ataque continua e vai continuar, enquanto isso todos aguardamos por 2009, mas já desconfio que nessa altura eles continuaram no mesmo sitio, por mais quatro anos.