sábado, 19 de janeiro de 2008

Governo amacia ASAE

Ministro da Economia chamou António Nunes e pediu mais discrição nas inspecções,

O ministro da Economia, Manuel Pinho, chamou o presidente da Agência de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), António Nunes, e pediu-lhe mais discrição e contenção nas declarações públicas, segundo informa o semanário Sol.
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A intervenção do ministro ocorreu após a recente entrevista de António Nunes ao Sol, em que este afirmou que metade dos restaurantes não cumprem os requisitos de segurança obrigatórios e que poderão ser obrigados a fechar.
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Desde a sua criação que a ASAE tem apostado na divulgação pela comunicação social das suas operações e actividades de fiscalização. Pretendia-se, assim, dar visibilidade a um organismo recém-criado e publicitar os exemplos das boas práticas. Agora, porém, o Governo tem receio de que a opinião pública já receba essas notícias como um exagero ou vontade persecutória da ASAE.
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Para isso, nada ajudou o facto de António Nunes ter sido fotografado a fumar no Casino Estoril, na noite de passagem de ano e uma hora e meia depois de ter entrado em vigor a nova lei do tabaco.
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Entre os opinion makers, as posições sobre a ASAE também não têm sido muito favoráveis e isso foi transversal a todos os quadrantes políticos. Ainda esta semana, na sua habitual rubrica na RTP, o ex-ministro do PS, António Vitorino, criticou a actuação da ASAE, considerando excessiva, tendo em conta o nível de ameaça (alimentar ou fraude) que combate ou previne.
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Nota do Papa Açordas: Em termos cinegéticos, a ASAE está ferida de ASA, qualquer cai e nunca mais se levanta. Mantendo lá o seu guardião, só vai apressar a queda... Porque é que artista não vai para Wollwood, já que gosta tanto de câmaras?...

2 comentários:

quintarantino disse...

Acho muito bem. Sempre disse que a ASAE tem um papel importante na sociedade e na economia, mas que não deve agir através da televisão...

Tiago R Cardoso disse...

É fundamental que se tenha um órgão fiscalizador, é fundamental que tenha alguma visibilidade, funcionado como forma dissuasora, no entanto não me parece correcto excesso de protagonismos que acaba por ter um efeito contrário ao pretendido.