segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Mobilidade Especial - MADRP e DRAAL

Recebemos mais um "e-mail" de um grupo de funcionários do Ministério da Agricultura, vítimas
da mobilização especial, o qual passamos a transcrever:



REFLEXÕES PARA 2008

"QUEM VENCE NA VIDA NÃO SÃO OS MELHORES, SÃO OS QUE SE ADAPTAM"De Paulo Teixeira da Cruz - Expresso - 29/12/2007 - 1.º Caderno - pág. 09
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"TEMOS UM DÉFICE DE ....ESTA É A NEGRA, A TERRÍVEL, A ASSUSTADORA, VERDADE. QUEM O PROMOVEU? QUEM O CRIOU? DE QUE DESPERDÍCIOS INCALCULÁVEIS SE FORMOU? COMO CRESCEU? QUEM O ALARGA? É O GOVERNO? FORAM OS HOMENS QUE COMBATEM, FORAM AQUELES QUE DEFENDEM?, FORAM AQUELES QUE ESTÃO MUDOS? NÃO. NÃO FOI NINGUÉM" De Eça de Queroz - 1867 - Jornal de Negócios - Fernando Sobral - Caderno Weekend - 28/12/2007 - pág. III
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"DESEMPREGO ESTRUTURAL SEGUIRÁ EM ALTA""No próximo ano, o emprego também evoluirá de forma modesta, abaixo do necessário para fazer recuar o desemprego, que continuará a ser um problema sério - em torno dos 8% da população activa, esta é a taxa mais alta desde que Portugal aderiu à União Europeia, então CEE, em 1986." De Diário Económico - 28/12/2007 - pág. 11
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"Ao longo de todo o ano, outra reforma irá ser uma constante: a da função pública. "Até agora foram estudos e documentos, mas em 2008 os funcionários públicos vão sentir na pele os efeitos da reforma, pelo que a contestação social deverá aumentar", apontou o jurista Luís Fábrica ao Diário Económico." 28/12/2007
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"A REFORMA FOI MUITO LIDERADA PELA PREOCUPAÇÃO DA REDUÇÃO DA DESPESA, O QUE NÃO É A MELHOR CONDICIONANTE PARA UMA REFORMA.O ESTADO CONTINUA A USAR INSTRUMENTOS DE GESTÃO MUITO ANTIQUADOS.UM PRIMEIRO (GRANDE DESAFIO) É APOSTAR NAS PESSOAS.NÃO É POR MOBILIDADE ESPECIAL QUE A AP READAPTA A SUA FORÇA DE TRABALHO ÀS NECESSIDADES.NOUTROS PAÍSES, A SOLUÇÃO DO DESPEDIMENTO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO TEVE SEMPRE SUCESSO MUITO REDUZIDO." De Luís Valadares Tavares - Semanário Económico - pág. 5
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PARA ONDE ESTÁ A SER REMETIDA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é fundamental à manutenção da missão definida para o Estado.
É o garante da manutenção da identidade nacional assim como de Portugal, enquanto Estado, idependente e soberano.
Para tanto é essencial que na Administração Pública sirvam os melhores, os mais empenhados e os mais competentes.
Portugal só continuará a existir como Estado independente e soberano se dispuser de uma Administração Pública capaz de tal garantir.
Para tal é essencial que Portugal não perca a sua identidade específica. Mas para isso é preciso apostar, em primeiro lugar na salvaguarda da nossa língua, da nossa história e da nossa cultura.
E isto só será garantido com uma Administração Pública reconhecida como instrumento de estratégia nacional e executora das políticas públicas estabelecidas para estas áreas.
Numa Administração Pública reconhecida como instrumento de estratégia nacional essencial todos os sectores devem merecer igual reconhecimento.
Tão importantes são as forças militares como quantos garantem o funcionamento do sector agrícola, passando por todos os outros sectores.
Por isso mesmo não pode haver Funcionários Públicos de primeira e outros de segunda e outros de terceira e/ou de quarta categoria.
Todos são essencias enquanto garante da operacionalidade e funcionamento da Administração Pública de um Estado democrático e de Direito como é, actualmente, Portugal.
Por tudo isto qualquer reforma (ensaiada há pelo menos 30 anos mas jamais projectada)e/ou reestruturação da Administração Pública, dada dimensão desta, deve ter em consideração o melindre e a delicadeza que envolve.
É fundamental ter em atenção as consequências das medidas. É preciso ter consciência que medidas que ´visem, única e exclusivamente, prejudicar os Funcionários Públicos, é quase certo, inviabilizarão toda e qualquer medida de reforma/reestruturação.
Para que seja possível concretizar a tão desejada reforma/reestruturação da Administração Pública é fundamental que o Governo (seja ele qual for) tenha presente que a primeira medida que tem que concretizar é conquistar os Funcionários já que serão estes os primeiros e principais responsáveis pelo sucesso do projectado e programado.\n",1]
Hostilizar os Funcionários é condenar ao insucesso todo e qualquer medida de reforma.
Desprezar e ignorar o papel essencial deste Funcionários é desejar que as medidas programadas constituam um autêntico insucesso com custos a suportar pela generalidade dos cidadãos.
A Administração Pública Portuguesa necessita, com urgência, de uma reforma global. Mas para que tal seja possível concretizar com sucesso é fundamental, essencial mesmo, conquistar os Funcionários Públicos para esta missão.

4 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

se calhar não uma reforma mas sim pensar outra vez o sistema de inicio, evidente que isso é impossível, a máquina está tão viciada e corrompida, os ataques ao sistema publico são tantos e de todos os lados que seria difícil fazer algo assim.
Entretanto os responsáveis continuam na sua demanda de dar um toque pessoal ao sistema, transformando o que está mal em péssimo.

quintarantino disse...

Não é a máquina que está viciada e corrompida, são eles, os lá de cima, que fazem de conta que as pessoas não são gente!

Mariazinha disse...

Estes gajos que nos governam não têm educação civica. Se tivessem formação não deixavam os seus compatriotas na situação percária
em que vivem. Esta corja só se rege
pelos cifrões nas contas bancárias,de preferência em paraísos fiscais.São todos uma cambada de vaidosos sem principios.
Um abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Oh amigo estamos num Estado falido que, cada vez mais, se entrega de mão beijada na mão dos privados e dos agiotas.
Estamos espartilhados, a sufocar, a regredir, a não votar.
Quando a tensão subir, pelo menos o suficiente, talvez algo vá mudar.
Um abraço