Comunistas e sociais-democratas acusaram ontem o Ministério da Educação de reformar o ensino especial, reduzindo os apoios às crianças com necessidades especiais de aprendizagem, informa o jornal Público.
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"Há escolas na Guarda que viram reduzidos para metade os apoios para o ensino especial", denunciou o deputado do PCP, João Oliveira, na comissão parlamentar que ouviu a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues.
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"O ministério não está preocupado com crianças com problemas cognitivos: só crianças com problemas motores ou acamadas podem ser encaminhadas para o ensino especial", denunciou por sua vez Helena Lopes da Costa, dando como exemplo a recusa de um jovem com problemas cognitivos num colégio por não ter deficiências físicas.
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A ministra defendeu ontem que o objectivo da reforma é integrar jovens com deficiência no ensino corrente e não fomentar a sua segregação e lamentou que, na educação especial, até agora prevaleceram todos os interesses menos os das crianças. "A situação que existia envergonha-me não só como ministra mas como cidadã", afirmou.
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Depois de Maria de Lurdes Rodrigues ter criticado os anteriores executivos do PSD de nada terem feito em matéria de manuais escolares, o deputado do PSD, Emídio Guerreiro, começou por relembrar que em Junho de 2005 o primeiro-ministro anunciou que o sistema de certificação dos manuais estaria definido em Outubro. "Não foi em Outubro, e só em Abril de 2006 é que a Assembleia conheceu a proposta do Governo, que só foi publicada em Diário da República no final de Agosto. Os diplomas que regulamentam o regime de avaliação, certificação e adopção são de 28 de Dezembro de 2007", criticou.
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