quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Abstracções: microexemplos do real versus ASAE

O problema das abstracções é mesmo serem abstracções. Veja-se um exemplo concreto nunca previsto nos gabinetes. É um exemplo verdadeiro, do país real, do interior desertificado e envelhecido.
É proibido vender nas mercearias de província milho a granel para as galinhas. O que era normal para milho, alpista, rações era estar o saco de muitos quilos aberto e o milho, ou a ração, ser vendido ao quilo.
Não, diz a ASAE, o milho deve estar ensacado em sacos de cinco quilos, e é o saco que deve ser vendido.
Uma velha vizinha que assiste à cena, comenta com humor: "Mas, ó meu senhor (o senhor era da ASAE a multar um pequeno supermercado), eu chego a casa e deito o milho ao chão para as galinhas, é para deitar para o chão, não é para pôr no prato...". Mas não é só isso: "Como é que as velhas que vêm aqui todos os dias comprar um bocado de milho para as galinhas podem agora com um saco de cinco quilos? Só se acabarem com as velhas".
O directror da ASAE promete ter isso em consideração, "acabar com as velhas".(Sábado)
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Nota do Papa Açordas: José Pacheco Pereira foca aqui um caso dos muitos que ASAE nos tem habituado, e que descredibiliza aquela polícia económica. Assim, não vão lá...

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