quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Todos são iguais mas há uns gatos mais iguais que outros

José Diogo Quintela paga 400 euros por conduzir com 1,6 de álcool no sangue Gato sai do tribunal a guiar
José Diogo Quintela, um dos quatro elementos do grupo humorístico Gato Fedorento, foi ontem condenado a pagar 400 euros à Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) e enfrenta também a possibilidade de ter de fazer trabalho comunitário.
Por não lhe ter sido atribuída qualquer inibição de condução, o actor pôde sair do tribunal a guiar o seu Peugeot.
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A decisão judicial surgiu em sequência da detenção do humorista na noite de Ano Novo, por agentes da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, que o fiscalizaram a conduzir com 1,6 gramas de álcool por litro de sangue.Ana Rita Campos, advogada do humorista, disse ao CM que o seu cliente foi julgado “num processo sumaríssimo”. “Foi interrogado por um Procurador do Ministério Público (MP), que invocou o artigo 281 do Código de Processo de Penal, que prevê a suspensão provisória do processo”, explicou a causídica. A medida prevê uma série de contingências que podem fazer com que o Quintela nem sequer vá a julgamento.
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“Em caso do crime de condução com álcool, se a taxa que foi detectada no condutor se situar entre os 1,2 e os 2,0 gr/l, e caso o réu seja primário, e não tiver resistido às autoridades no decorrer da realização dos testes, nem tiver praticado condução perigosa, o Procurador do MP pode efectuar um despacho com uma sugestão de penas, e que depois serão sancionadas pelo juiz”, referiu outra fonte judicial.
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O processo de José Diogo Quintela preenchia todos estes requisitos, por isso o magistrado que julgou o humorista acabou por promulgar o despacho do MP. Depois de ter aguardado pela decisão do juiz numa sala separada dos restantes 29 arguidos, o ‘Gato’ ficou a saber que teria de pagar 400 euros à APPC e aguardar por uma decisão do Instituto de Reinserção Social. “O processo vai ser analisado, podendo haver a atribuição de uma pena de trabalho comunitário”, acrescentou Ana Rita Campos.
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À chegada, José Diogo Quintela estacionou o seu Peugeot no parque dos advogados e juízes, entrando no Palácio da Justiça deitado no banco de trás do Mercedes dos advogados. À saída, e para voltar a evitar os jornalistas, tornou a receber ‘boleia’ no banco traseiro do Mercedes, que o conduziu até ao estacionamento. (Correio da Manhã)
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Nota do Papa Açordas: A advogada diz que José Diogo não fez condução perigosa, mas a primeira notícia diz que ele tentou fazer uma ultrapassagem pela direita, mesmo nas barbas da Polícia...
Quanto à pena, conheço "Zés Povinhos" que, com uma taxa de 1,2, apanharam multas maiores e ficaram com a carta apreendida... e não tinham cadastro...
Não há dúvida, é como o Presidente da República diz, a justiça bateu no fundo...

2 comentários:

Ferroadas disse...

Esperavas o quê.

Se fosse um sacana qualquer (como eu ou tú) entrava-mos pela porta da frente (o tipo entrou pelas traseiras), esperava-mos na sala do povinho (o tipo esperou que a carraspana lhe passasse na sala dos advogados), a carta de condução ía às malvas (o tipo saíu a conduzir como se nada fosse), etc., etc..

Amigo,
um país que dá mais valor a quem diz umas atoardas e algumas piadas de circunstância, um país que valoriza o imediatismo vedetoide de uns quantos papa-açordas, e nem sequer dá valor a quem transborda em suor (corporal ou intelectual) no dia a dia, um país que remete para a miséria 20% do seu martirizado povo, um país em que os cidadãos são meros números estatisticos, amigo, um país assim só este.

quintarantino disse...

Essa é lá como a do Luisão... ele que se saiba nada e os serralheiros que com ele tiveram o azar de ser apanhados, pimba!!!