Começou a fazer-se sentir, no Ministério da Agricultura, os efeitos da estruturação levada a cabo pela sua actual equipa de dirigentes, liderada por Jaime Silva.
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Uma Lei Orgânica que paralisou os serviços, tanto a nível central como regional, um punhado de dirigentes incompetentes e um despedimento colectivo de cerca de mil trabalhadores (em nome do interesse nacional, saiba-se), começam a dar os seus amargos frutos: 60 a 80 milhões de fundos comunitários perdidos nos principais programas de apoio ao sector, ou seja, AGRO, MARE e nos cinco programas operacionais regionais. Esta contrapartida comunitária perdida, representaria investimentos acima dos 100 milhões de euros no sector.
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Estas perdas de fundos comunitários são paralizações "automáticas" impostas pela Comunidade, resultantes da aplicação directa do nº 2 do artº 31 do Regulamento Comunitário nº 1260/99 e derivou da não utilização dos fundos no período programado. E veremos se as contas fechadas em 31/12 não nos levarão a números superiores a estes!
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A verdade é que o Ministério da Agricultura se arrasta penosamente entre um velho quadro comunitário que não consegue encerrar em condições, e um novo que não consegue abrir. Doze meses de vigência do novo quadro (iniciou a 1.Janeiro.2007) "já lá vão", sem que nada se saiba sobre como vai funcionar. Do velho quadro, 60 a 80 milhões de euros "já lá vão", como resultado de incompetência dos dirigentes, da desorganização dos serviços e da desmotivação dos trabalhadores. É o colapso tornado evidente.
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Estamos à beira de um novo período de "avaliação de desempenho". Será que vão ser, de novo, castigados os técnicos, os administrativos, os porteiros, os trabalhadores rurais, etc., pelo mau desempenho do Ministério, enquanto os dirigentes são todos Excelentes e Muito Bons, como tem acontecido até aqui?
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Esperamos para ver, e cá estaremos para desabafar e denunciar!
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Nota do Papa Açordas: Mais um e-mail recebido de um conjunto de trabalhadores do Ministério da Agricultura, descontentes com o ambiente que grassa num serviço público, que era para ser dos mais importantes.
Mais uma vez informamos, que estamos receptivos a todas as críticas que queiram fazer aos serviços públicos.
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