quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

ASAE - Uma triste figura

Uma figura triste

Ao ver a fotografia do inspector-geral da ASAE a fumar num espaço público fechado com aquele ar vaidoso a que tem habituado os portugueses fiquei cheio de interrogações.
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Comecei por achar que alguém com as suas funções deveria evitar vários locais, até porque sabemos que em empresas como os casinos é habitual serem feitas ofertas de borlas a entidades públicas que de alguma forma têm jurisdição sobre a sua actividade, como é o caso da ASAE. Como terão pensado muitos portugueses fiquei com dúvidas sobre o inspector-geral e um dos seus sub-inspectores pagaram a noite do seu bolso ou beneficiaram de uma borla.
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Por mais cambalhotas que o inspector-geral dê ou por mais pareceres que os seus serviços faça qualquer português percebe que a sala de jantar do casino obedece às mesmas leis que se aplicam a qualquer restaurante, assim como a sala de jogo deve estar igualmente sujeita às regras de qualquer bingo ou associação recreativa. O inspector-geral não vai conseguir convencer ninguém de que a lei não se aplica aos casinos e ir para as televisões dizer que a lei não refere especificamente os casinos é ridículo, seria esperar que a lei só seria eficaz se enumerasse as centenas de tipos de estabelecimentos públicos que têm espaços fechados. Dizer que o estudo dos seus serviços foi feito há um mês é gozar connosco, a não ser que ele já nessa altura estivesse preocupado com aqueles estabelecimentos.
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O inspector-geral da ASAE ridicularizou o Governo e retirou toda a credibilidade da nova lei, o mínimo que lhe deveria acontecer era ser demitido. Mas como já vimos com o caso da DREN Sócrates não deita este tipo de gente, parece que gosta deles.
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In O JUMENTO, 03-01-2008

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