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QUANDO UNS SÃO FILHOS E OUTROS ENTEADOS
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Recentemente o Senhor Ministro da Agricultura, classificou politicamente os Senhores dirigentes da CAP E DA CNA, sobre os primeiros disse que eram os representantes da estrema direita, sobre os segundos, que eram os representantes da estrema esquerda o que suscitou um burburinho que encheu televisões, rádios e jornais.
Recentemente o Senhor Ministro da Agricultura, classificou politicamente os Senhores dirigentes da CAP E DA CNA, sobre os primeiros disse que eram os representantes da estrema direita, sobre os segundos, que eram os representantes da estrema esquerda o que suscitou um burburinho que encheu televisões, rádios e jornais.
Tanto uns como outros ficaram ofendidos e reagiram à sua maneira tendo os dirigentes da CAP saido das negociações que estavam a decorrer sobre concertação social.
Como resultado desta atitude passamos a ter dois Ministros da Agricultura, ou seja; como os senhores dirigentes da CAP não quiseram voltar a falar com o senhor Ministro da Agricultura, o senhor Primeiro Ministro passou também a ser Ministro da Agricultura o que para a época não ficará mal, se dissermos que o assumiu no papel de bombeiro.
Que me perdoe o senhor Primeiro Ministro, mas julgo que seguindo esses princípios já devia ser Ministro da Agricultura hà muito mais tempo. Se os senhores dirigentes da CAP se sentiram ofendidos e o senhor Primeiro Ministro deu um passo em frente e foi por água na fervura, então onde é que tem andado quando outros cidadãos são ofendidos, pelo mesmo Ministro, demonstram a sua indignação e o senhor não aparece?
Passa-se certamente aqui qualquer coisa de estranho ou então... uns são filhos e outros são enteados, mas segundo me parece, o senhor Primeiro Ministro sempre afirmou que estava nas suas funções como representante de todos os portugueses; ou não será?
Será que classificar cidadãos como dispensáveis ao serviço e colocá-los na prateleira minguando-lhe gradualmente o seu poder económico, não é ofensa?
Será que dar poder a determinadas pessoas para a seu belo prazer fazerem a escolha dos disponíveis, não é ofensa? Será que gente da casta do poder que trata os funcionários abaixo do aceitável em termos humanos, não é ofensa?
Será que manter funcionários de confiança... nomeados para lugares de chefia durante quase dezoito meses e depois abrir concursos à medida, não é ofensa para os outros cidadãos?Onde é que estavam os escolhedores deste naip de cidadãos "excedentários" há trinta anos? quem são eles para julgarem funcionários que têm o seu cadastro limpo há décadas? isto não é ofensa?
Quem é o senhor Ministro da Agricultura para colocar famílias em dificuldade económica, social e outras? isto não é ofensa?
O senhor Primeiro Ministro aqui não aparece a defender estes milhares de cidadãos (os que sairam e os que ficaram) da arrogância do senhor Ministro da Agricultura e de uma determinada casta de dirigentes que actua mais a Sul.
Afinal como é senhor Primeiro Ministro? está a trabalhar para todos os portugueses, ou está a trabalhar para a CAP?Com esta atitude diferenciada de tratamento, coloca-se aqui uma questão... se a CNA tivesse também tomado uma posição de força perante o senhor Ministro da Agricultura que faria o senhor Primeiro Ministro?
Eu, lá bem no fundo, quando procuro explicações para determinadas atitudes, coloco-me no lugar do Ministro da Agricultura e revejo-me a pensar o que ele estaria pensando quando o Primeiro Ministro estava a negociar com a CAP... ou a falar entre dentes... julgo eu, pode não ser verdade... mas falei com o seu bigode que me desvendou o segredo e disse que ouviu... afinal o gajo também é de estrema direita... e esta hein?
Até à próxima.
José Vasconcelos
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