sábado, 5 de julho de 2008

Guarda: Vendeu um terreno de que não era proprietário

-
Burlão engana a própria família
-
Um homem vendeu há 11 anos um terreno da sua família sem autorização, prejudicando-a em 500 mil euros. Em 2005 foi condenado por vários crimes, mas só foi detido há um mês. Agora quer usar a nova legislação penal para escapar à cadeia. Os lesados estão revoltados.
-
Virgílio Godinho, condenado em 2005 a quatro anos de prisão pelos crimes de abuso de confiança e de falsificação de documentos, foi ouvido na quinta-feira no Tribunal da Guarda, onde alegou que não se apresentou para cumprir a pena por desconhecer a decisão final dos tribunais de recurso.
-
Foi condenado por ter lesado a família Amado, da qual faz parte, em mais de 500 mil euros, com a venda de um terreno que não lhe pertencia. O caso foi descoberto em 1997, quando elementos da família se aperceberam de que já não eram os donos de um terreno onde funcionou uma fábrica de transformação de madeiras, na Guarda. Segundo um dos lesados, Virgílio Godinho, empresário de 60 anos, "falsificou documentos e elaborou actas falsas para tomar posse ilegítima dos bens quando faleceu um dos administradores da empresa". Virgílio Godinho, preso desde finais de Maio, procura agora escapar à prisão, beneficiando da nova legislação penal, que permite a liberdade em penas inferiores a três anos (já beneficiou de uma amnistia que reduziu a pena inicial).
-
Os lesados estão revoltados com a hipótese de o familiar sair da cadeia. "Abusou da nossa confiança, vendeu terrenos sem prestar contas. É uma repulsa grande", declara peremptoriamente um deles. O Ministério Público já terá pedido a suspensão da execução da pena de prisão. (Correio da Manhã)
-
Notas do Papa Açordas: Este senhor falsificou documentos para vender um terreno da família, depois de descoberta a falcatrua, a venda mantém-se válida? Os familiares não vão ter direito a um ressarcimento? Assim, vale a pena ser burlão...
-

Sem comentários: