terça-feira, 18 de março de 2008

Militares protestam contra Governo

Defesa: Militares aprovam novo encontro de protesto contra Governo para 09 Abril
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Militares reunidos na Casa do Alentejo, Lisboa, aprovaram hoje por unanimidade a realização, dia 09 de Abril, de um novo encontro de protesto contra as alterações aos benefícios na Saúde e nas pensões de reforma.
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O encontro de protesto foi decidido pelas associações de militares para dia 09 de Abril e, de acordo com o porta-voz da COMIL, comandante Fernandes Torres, o apelo à participação é dirigido aos militares no activo, na reserva e na reforma e familiares.
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"Descontentamento" e "revolta" contra o Governo, sobretudo pelas alterações aos benefícios na saúde e às pensões, foram as palavras mais ouvidas nos testemunhos dos militares que marcaram presença na Casa do Alentejo por iniciativa da COMIL (Comissão de Militares), estrutura que nasceu em 2006.
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Uma faixa colocada na sala onde se realizou o Encontro comparava o primeiro-ministro, José Sócrates, a Hitler: "Hitler exterminou os judeus. Sócrates mata lentamente os deficientes das Forças Armadas".
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Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da COMIL, Fernandes Torres, disse discordar da comparação, afirmando que a faixa não foi colocada por aquela estrutura. O responsável considerou que os "militares nunca tiveram tanta razão de queixa do poder político" como hoje.
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"O Governo tem sido mudo e surdo às propostas das associações e o diálogo tem sido apenas formal e não sério. Os militares nunca tiveram tanta razão de queixa do poder político como deste Governo do PS", afirmou o porta-voz da COMIL.
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Os "cortes de direitos fundamentais, seja na passagem à reforma e à reserva, seja na saúde, seja nas questões de vencimento e de condições de trabalho", são algumas das razões para protestar, acrescentou.
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No encontro foi lançado um desafio aos militares para que recorram aos tribunais para que o Estado pague o complemento de pensão de reforma aprovado em 2000 na Assembleia da República.
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"Essa lei foi aprovada por unanimidade pela Assembleia da República em 2000 e o Governo nunca cumpriu. A dívida devido ao não cumprimento flagrante da lei ronda os 400 milhões de euros, é uma enormidade", afirmou Fernandes Torres.
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O responsável criticou o Governo por "querer alterar a lei de forma a não pagar a dívida", referindo que o conselho de ministros do passado dia 06 de Março "aprovou uma resolução que, se culminar na aprovação de uma proposta de lei, resultará na perda de eficácia" da lei de 2000.
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Na saúde, Fernandes Torres referiu que "a situação na assistência aos militares é degradante", apontando "atrasos gravíssimos nas comparticipações" e "falta de serviços como o apoio domiciliário".
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O encerramento dos actuais seis hospitais militares e a sua substituição por um Hospital com um pólo em Lisboa e outro no Porto também suscita as "reservas dos militares" que receiam que uma única unidade não seja suficiente para abarcar o universo dos militares.
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A organização de um novo "passeio do descontentamento" foi admitida pelo militar, que afirmou que "dentro do quadro legal, todas as possibilidades estão em cima da mesa". (RTP)
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Nota do Papa Açordas: A nossa solidariedade para com os militares, e o nosso apoio na luta contra este (des)governo, que tudo tem feito para nivelar, por baixo, a sociedade portuguesa. É tempo de dizer: BASTA!!!

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