terça-feira, 18 de março de 2008

A (in)justiça que temos...

Um pequeno episódio que descredibiliza a justiça
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A desconfiança dos cidadãos na Justiça é alimentada pelo acumular de pequenos episódios como o ocorrido este fim--de-semana com o taxista do Porto, motorista profissional há 20 anos, que ao início da noite foi posto em liberdade, com a carta de condução na carteira, apesar de algumas horas antes se ter posto em fuga após ter atropelado quatro crianças na passadeira.
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Esta história é triste vista de qualquer ângulo.
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Há duas crianças no hospital, uma das quais entre a vida e a morte e com a sua identidade devassada - um canal de televisão não se inibiu de mostrar, sem qualquer pudor, uma fotografia dela contorcendo-se no chão da passadeira.
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Há um taxista em liberdade, depois de ter passado na esquadra da PSP de Campanhã a cumprir as formalidades: foi identificado, pagou uma multa de 500 euros e submeteu-se a um teste da alcoolemia, tendo ainda a sua privacidade respeitada pela Comunicação Social, que não revelou a sua identidade.
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Não há dúvida de que a lei foi cumprida. Mas não podemos deixar de nos interrogar sobre que justiça é esta em que o motorista que atropelou na véspera quatro crianças na passadeira pode andar, no dia a seguir, ao volante do seu carro de praça. (Diário de Notícias)
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Nota do Papa Açordas: É esta a justiça que temos em Portugal. Parece até, para a justiça, que o valor da vida humana é zero...será?...

1 comentário:

Tiago R Cardoso disse...

É o que temos mas não deviamos ter, que faz actos desta envergadura devia no mínimo ficar automaticamente sem carta, impedido de conduzir até julgamento e decisão.

Estamos a falar de um crime e não de uma simples transgressão de transito.