Efeito da baixa de seis por cento no bolso dos portugueses em 2007 foi anulado com os cortes nas comparticipações. Preço dos genéricos volta a cair em Abril
-
O presidente do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), Vasco Maria, reconheceu ontem que a descida em seis por cento do preço dos medicamentos decretada pelo Ministério da Saúde no início do ano passado práticamente não favoreceu os doentes, mas apenas o Estado. Os eventuais benefícios da baixa de preços nos bolsos dos utentes foram anulados pelos cortes nas comparticipações decretados nesse mesmo ano pelo Ministério da Saúde.
-
Vasco Maria apresentou ontem aos deputados da comissão parlamentar de Saúde números que não deixam margens para dúvidas sobre os efeitos da contenção de gastos do ministério. "A redução das comparticipações de medicamentos em 2007, significou um aumento em 26,1 milhões de euros da despesa dos cidadãos", disse o presidente da Infarmed.
-
Este efeito "praticamente anulou" a baixa administrativa em seis por cento do preço dos remédios comparticipados, decretada no início desse ano. "A redução dos preços significou uma poupança de 26,2 milhões de euros para o consumidor e de 46,6 milhões para o Estado", adiantou.
-
Ou seja, a decisão do Estado de fazer cair o preço dos remédios - através da redução das margens de lucro da indústria, armazenistas e farmacêuticos no preço de venda ao público - não teve praticamente efeito nos bolsos dos cidadãos, tendo beneficiado apenas os cofres do Estado. Vasco Maria admitiu, no entanto, que deverão ainda fazer-se sentir efeitos positivos para os utentes da quebra de preços, já que em 2007 ainda circulavam no mercado medicamentos com preço antigo... ...(Público)
-
Nota do Papa Açordas: O presidente do Infarmed foi claro e denunciou uma prática de "chico esperto": o governo ordenou a baixa dos medicamentos e, ao mesmo tempo, diminuiu a comparticipação, logo...quem ficou a ganhar foi... o governo!
Sem comentários:
Enviar um comentário