quinta-feira, 6 de março de 2008

Judiciário tem falta de inspectores


ASFIC já não confia em anúncios do Governo
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O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de investigação Criminal (ASFIC) disse, esta quinta-feira, à TSF não confiar nos anúncios do Governo, porque as promessas anteriores não foram cumpridas. Carlos Anjos adiantou que a PJ está hoje menos eficaz.
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O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de investigação Criminal (ASFIC) da PJ mostrou-se, esta quinta-feira, céptico quanto à abertura de dois concursos para a contratação de mais dois mil agentes da PSP, por já não confiar nos anúncios do Governo.
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O ministro da Administração Interna anunciou, esta quarta-feira, a abertura de dois concursos, durante o mês de Março, para a admissão de dois mil elementos para as forças de segurança, a dividir entre a GNR e a PSP.
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«Já não vou em estados de alma e tenho alguma dúvida destes anúncios», porque «normalmente quando as coisas não vão muito bem por algum motivo anuncia-se o desenvolvimento de qualquer coisa muito especial, a criação de vagas ou a introdução de novos elementos», frisou Carlos Anjos.
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Para o presidente da ASFIC, estes anúncios são feitos «como se num passo mágico se resolvesse algo que tem vindo a ser destruído ao longo dos tempos, que era o sistema que havia».
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Carlos Anjos disse que o ministério da Administração Interna já anunciou por três vezes reforços para a PJ mas nunca os concretizou, como «há cerca de dois anos», altura em que a tutela «anunciou 200 novos inspectores» e passados dois anos a Judiciária não recebeu ninguém.
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«Estamos a funcionar com um quadro que já era curto há dois anos» e que conta com «menos de 200 inspectores», lamentou, acrescentando que a saída de 15 por cento do efectivo de um quadro de 1300 pessoas, com competências para a alta criminalidade em todo o território nacional, tem uma «influência brutal nos resultados» obtidos.
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O representante lamentou a facto de terem retirado a PJ da informação, porque antes disso, saibam exactamente o que se passava em Portugal e desde 2000 que não «conhecem os delinquentes» , sendo que sempre que há um homicídio têm de «partir do zero».
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«Por via de determinadas opções legislativas», actualmente a Polícia Judiciária está menos eficaz, rematou.Contactado pela TSF, o Ministério da Justiça remeteu esclarecimentos sobre este assunto para a Polícia Judiciária, que por seu lado prometeu explicar o caso mais tarde. (TSF)
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Nota do Papa Açordas: O cidadão comum é capaz de pensar que o governo não está interessado em apetrechar a PJ, porquê? Porque talvez prendessem grande parte deste governo...

1 comentário:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Compadre
A sua conclusão é brilhante: uma PJ bem apetrechada era capaz de levar dentro muito boa gente. Assim eles lá vão vivendo e, apesar dos crimes violentos, afirmam que a criminalidade está a baixar.
Um abraço