terça-feira, 25 de março de 2008

Manifestantes pró-Tibete detidos

Manifestantes pró-Tibete detidos
Protesto mancha cerimónia olímpica

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Três activistas pró-tibete tentaram ontem interromper a cerimónia de acendimento da tocha olímpica, transmitida em directo da Grécia para todo o mundo pela televisão, num protesto simbólico contra a repressão chinesa no Tibete.
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Apesar das rigorosas medidas de segurança que rodearam o evento - que, como manda a tradição, decorreu na Antiga Olímpia - três activistas da organização Repórteres Sem Fronteiras conseguiram entrar no recinto com bandeiras negras, as quais desfraldaram durante o discurso de Liu Qi, presidente do comité chinês de organização dos Jogos Olímpicos de 2008.
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Um dos manifestantes, que empunhava uma bandeira com cinco algemas a simbolizar os anéis olímpicos, conseguiu mesmo aproximar-se do palanque onde Liu Qi discursava, mas foi prontamente afastado pela segurança, tendo o dirigente chinês prosseguido o seu discurso sem se interromper.
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Na China, a transmissão televisiva do evento foi imediatamente interrompida e substituída por imagens de arquivo.
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Já no exterior do recinto, depois de acesa a chama olímpica e transmitida ao primeiro portador, voltaram a registar-se alguns protestos, com vários activistas a tentarem bloquear o caminho do corredor.
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Os incidentes enfureceram os responsáveis olímpicos e as autoridades gregas, que consideram os protestos como uma falta de respeito pelo espírito olímpico. 'Isto foi uma desgraça, não respeitaram o local onde estavam', afirmou o vice-presidente do Comité Olímpico grego.Já o presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rogge, que horas antes fora confrontado no hotel por uma activista tibetano, condenou os incidentes e reiterou que a decisão de atribuir à China a organização dos Jogos 'foi correcta'.
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Para evitar novos protestos, Pequim já anunciou o reforço da segurança no percurso da tocha olímpica no seu território, principalmente durante a passagem pelo Tibete.
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Entretanto, o governo tibetano no exílio afirmou ontem que os confrontos das últimas semanas no Tibete provocaram pelo menos 130 mortos. (Correio da Manhã)
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Nota do Papa Açordas: Para o Tibete, temos de usar a estratégia que se usou para Timor: manter o tema na actualidade com protestos persistentes e originais...

2 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

Também assisti em directo à coisa, no entanto a transmissão na eurosport tinha um atraso e não passou as imagens.

Concordo com o protesto, no entanto penso que os jogos Olímpicos devem se manter fora de politicas, mantendo-se unicamente no espírito do desporto.

Mas à que continuar a protestar e fazer barulho.

Compadre Alentejano disse...

Tiago:
Há que aproveitar TODAS as oportunidades para fazer barulho, e lembrar às pessoas que existe um outro Timor oprimido e que precisa de LIBERDADE!
Também na Alemanha nazi, em 1936, realizaram-se os Jogos Olímpicos e, em 1939, começou a guerra.