sábado, 13 de setembro de 2008

UNITA tenta repôr alguma credibilidade nas eleições "MPLAianas"...

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Decisão apresentada quinta-feira
UNITA recorre ao Tribunal Constitucional para pedir impugnação das legislativas

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A UNITA apresentou recurso ao Tribunal Constitucional (TC) angolano da decisão da Comissão Nacional Eleitoral que não aprovou o pedido de impugnação das legislativas, feito pela UNITA, com base em irregularidades nas legislativas dos dias 5 e 6, relativamente a Luanda.
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O recurso foi apresentado quinta-feira à tarde, segundo disse Miguel Correia, juiz conselheiro do TC, à Angola Press, a agência de notícias de Angola. O recurso terá sido apresentado pelo presidente da UNITA, Isaías Samakuva.
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O recurso, de acordo com o juiz, surge depois do CNE ter indiferido, por falta de provas, do pedido de impugnação da votação em Luanda, endereçado pela UNITA no dia 6 à CNE.
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Entre outros aspectos, a UNITA alega "o não fornecimento dos instrumentos necessários às assembleias de voto e a realização do processo eleitoral em dois dias".
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Nota do Papa Açordas: Num país civilizado estas eleições jamais se tinham realizado, agora em Angola, tudo pode acontecer desde que seja o partido do poder a usufruir...Foi uma vergonha o que aconteceui, desde não autorizar a presença de certos orgãos de informação, não autorizar a presença de "certos" observadores... só podiam estar presentes observadores do MPLA...e, o certo é que continuamos a ter em Angola a mesma ditadura e a mesma Nomenklatura...Porca miséria...
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1 comentário:

Anónimo disse...

Analista político reprova insistência de impugnação das eleições pela UNITA

Luanda - O analista político Mário Pinto de Andrade considerou, hoje, em Luanda, "falta de coerência política" a insistência da UNITA em tentar impugnar o acto eleitoral, em Luanda, mesmo depois de já ter conhecido os resultados e felicitado o partido vencedor, o MPLA.

"Me parece ser uma falta de coerência política quando a UNITA reconhece publicamente, através da voz do seu líder, de que o MPLA venceu essas eleições.

Felicita que o povo angolano ganhou com essas eleições e, portanto, não faz sentido voltar a recorrer ao Tribunal Constitucional", notou, Mário Pinto de Andrade, para quem "a política deve ser feita com ética e quem perde deve felicitar o vencedor e deve saber assumir a derrota".

O analista político Mário Pinto de Andrade fez essa consideração em declarações, hoje, à Rádio Nacional de Angola (RNA), ressaltando que a Direcção da UNITA pretende criar, com isso, um facto político e "justificar a derrota que sofreu nas urnas".

"Eu creio que a UNITA, ao tentar junto do Tribunal Constitucional (TC) que esse assunto seja novamente analisado, me parece que é ideia de se querer criar um facto político fundamentalmente a nível da província de Luanda para poder justificar a derrota eleitoral em todo circulo nacional", frisou.

Realça que a UNITA perdeu em todo círculo nacional e Luanda é o maior circulo eleitoral nacional, pelo que constitui essa uma preocupação, já que ao colocar esse problema quer tentar justificar-se perante a opinião pública e fundamentalmente perante os seus militantes.

"Do ponto de vista político, é que me parece ser mau que um partido que concorreu em pé de igualdade com todas outras forças políticas nesse processo de eleição, uma eleição que foi reconhecida. A maior parte dos partidos angolanos reconheceram. A comunidade internacional e os observadores tiveram aqui.

Reconheceram que as eleições foram livres, justas e participativas", enfatizou. Segundo a fonte, A UNITA perdeu, porque o eleitorado não reconheceu-a como um partido em condições para ganhar essas eleições.

Assim sendo, ressaltou, a Direcção do "Galo Negro" deveria estar agora mais preocupada em reorganizar-se para os próximos desafios políticos e o seu presidente deveria colocar o seu lugar a disposição.