domingo, 31 de agosto de 2014

Contas Públicas: Governo negou, mas afinal houve ou não derrapagem nas contas?

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O Governo tem negado que tenha havido, no Orçamento para 2014, qualquer registo de derrapagens orçamentais que não tenham advindo dos chumbos do Tribunal Constitucional. Porém, num artigo do jornal Sol, este domingo, traça-se outro cenário.

Após a apresentação do Orçamento Retificativo para o que resta do ano, tanto a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, como Pedro Passos Coelho, foram perentórios ao dizer que não tinha havido qualquer derrapagem orçamental, exceto a causada pelos chumbos do Tribunal Constitucional a medidas previstas pelo Governo.

Porém, segundo um artigo publicado hoje pelo semanário Sol, as contas não são bem assim, existindo 700 milhões de euros que não são explicados pelo veto do Palácio Ratton. a começar pelas autárquicas que não estão a conseguir cumprir os tetos orçamentais estabelecidos, tendo o Governo injetado mais 300 milhões de euros para lhes socorrer.

Mas há também o facto de o Estado ter transferido mais 300 milhões para os hospitais-empresa, para fazer face a outras despesas não cabimentadas, mas também o aumento da despesa com pessoal que, no âmbito do programa de rescisões amigáveis do Estado, requereu um esforço orçamental no valor de 110 milhões de euros.

Assim, contas feitas, mais de 700 milhões de euros do ‘buraco’ orçamental de 1,5 mil milhões de euros agora identificados escapa ao imputar de culpas para o coletivo de juízes e ‘novo’ Orçamento só pôde ser tão brando porque, como explicou Albuquerque, foi compensado pela diminuição do desemprego, pelo aumento da receita fiscal e pela subida do consumo privado. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Entregue-se uma medalha de sebo de Holanda a estes dois papalvos...

Cavaco escreve ao Presidente

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"Exmo. Senhor Presidente da República, O meu nome é Aníbal Cavaco Silva e sou professor de Economia. Venho solicitar a sua atenção para um problema futuro que V. Exa. pode, antecipadamente, ajudar a resolver.
Como bem sabe, a Constituição prevê que as legislativas sejam em Outubro. Para o próximo ano, nenhum estudo de opinião revela a hipótese de um dos blocos políticos obter a maioria, pelo que o vencedor terá de esperar algum tempo até que o derrotado clarifique a liderança e exista alguém com quem falar. Aviso-o já que o Orçamento do Estado (OE) de 2016 só chegará às suas mãos para ser promulgado ou enviado para o Constitucional quando V. Exa. estiver de saída.
Saberá que eu, enquanto economista, deixei claro no ano passado que não tinha "a mínima dúvida de que os custos da não entrada em vigor do Orçamento no dia 1 [de Janeiro] eram muito, muito, muito maiores do que ter de esperar algum tempo...". Ora, esta questão económica e financeira a que eu aludia não faz distinções políticas entre um eventual atraso do Orçamento por causa de uma fiscalização preventiva ou por falta de uma maioria para o aprovar.
Saberá V. Exa. igualmente que, enquanto português com intervenção política, defendi eleições antecipadas como uma das formas de resolver a crise política de 2013. Nessa altura, pareceu-me evidente que teriam "de ser os partidos a chegar a um entendimento e a concluir que esta [era] a solução que melhor [servia] o interesse dos portugueses, agora e no futuro". Não tendo havido entendimento sobre a data das eleições e, pior ainda, não estando para o futuro assegurada "a governabilidade do País [e] a sustentabilidade da dívida pública [...]", parece-me evidente que se volta a colocar a questão crucial de antecipar as eleições. Como escrevi nessa mesma altura, "chegou a hora da responsabilidade dos agentes políticos".
No meu pensamento político, está claro que, não estando assegurado um entendimento entre os principais partidos, nem a aprovação do OE de 2016, "o que está em causa é demasiado grave e demasiado importante". Por tudo isto, senhor Presidente, solicito-lhe que pondere a antecipação das eleições do próximo ano, mesmo que os partidos não se entendam sobre essa matéria. Como sempre disse, "os portugueses irão tirar as suas ilações quanto aos agentes políticos que os governam ou aspiram a ser governo". Não se esqueça de que já não tem eleitorado, é o "Presidente de todos os portugueses". O seu mandato também ficará marcado pela decisão que vier a tomar."
(Pedro Baldaia - Diário de Notícias)

O estranho caso do desaparecimento de Passos Coelho

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"Dada a incapacidade de conseguir governar de acordo com o texto constitucional, lá veio o Governo apresentar o seu oitavo Orçamento Retificativo. Um verdadeiro recorde.
A inconstitucionalidade das normas provocou um desvio de cerca de 850 milhões de euros. Para atingir a meta mirífica de 4% de défice para este ano, esperava-se a apresentação de medidas adicionais ou substitutivas. No entanto, dado o aumento das receitas fiscais e a diminuição dos encargos com o subsídio de desemprego, o Governo garante não precisar das tais medidas.
Finalmente um sucesso da política do Governo? As reformas estruturais, que se diz existirem mas que ninguém vê, começam a dar frutos? A destruição do tecido produtivo era, afinal, criativa? O empobrecimento era um passo atrás para dois em frente rumo a um futuro melhor?
Nada disso. É impossível imaginar um documento orçamental que confessasse de uma forma tão flagrante o imenso falhanço de uma fórmula e de uma opção política.
Não era a maldita procura interna que nos estava a afundar? Não eram as exportações que nos iam salvar? Pois bem, parece que é o crescimento da procura interna que ajuda, em grande parte, a equilibrar as contas.
As exportações vão ficar abaixo do esperado e as importações acima. Não estava em curso uma reforma estrutural que não ia deixar que as exportações parassem de crescer e as importações de diminuir ? Pois. Os profetas da desgraça que diziam que bastava um ventinho favorável na economia e a inevitável reposição dos bens duradouros e maquinaria para que as importações aumentassem estavam certos, não é?
Diz que o desemprego, com o aumento da malfadada procura interna, diminuiu. Continua a assobiar-se para o ar enquanto centenas de milhares de jovens emigram, esquecem-se os que desistiram de procurar emprego e celebra-se o facto de existirem menos encargos com o subsídio de desemprego. Talvez fosse bom lembrar que estamos a falar de gente que fica sem nada, mas não se pode pedir sensibilidade a quem não a tem. Mas, sim, houve criação de emprego. Nas empresas? Muito pouco. Segundo o Expresso, 60% desses empregos são no Estado. Estágios e assim, aquilo que no passado recente era considerado uma moscambilhice. Batota, gritaria, em tempos, Passos Coelho.
A governação liberal cria empregos no Estado. Talvez seja mais uma face do nosso liberalismo de badana.
E a despesa? Não era o corte na despesa que era a panaceia? Não se ia cortar a direito nas gorduras? Pois sim, lá o cortar em salários e pensões fez-se - a parte não inconstitucional, claro está -, já as gorduras, nem comprimidos, nem dieta, nem jogging. Nem sequer as deliberações do Tribunal Constitucional servem para disfarçar a incapacidade de acalmar o monstro. Ele continua a engordar.
Em resumo, o que correu bem para a economia foi através da negação de todo o credo governamental. E a chave-mestra, o que permitirá atingir o mágico 4%, o alfa e o ómega da política prosseguida tem um nome: impostos. Nunca os portugueses pagaram tantos. Eis a verdadeira, a evidente, a revolucionária reforma estrutural: a maior carga fiscal de sempre.
Vale a pena lembrar as promessas sobre receita e despesa? Vale a pena indignarmo-nos com a lata de Portas quando vem, no fundo, dizer que é por ele que ainda não aumentaram mais? Não, não vale. Talvez valha só a pena indagar sobre o paradeiro do Passos Coelho que acusava os governos de resolverem sempre os problemas com o aumento de impostos."
(Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)

sábado, 30 de agosto de 2014

CARRERA EN EL METRO DE BARCELONA

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Carrera en el metro de Barcelona

CARRERA EN EL METRO DE BARCELONA 

Unas trescientas personas han participado la pasada madrugada en la Discovery Underground, una carrera que ha tenido como escenario los túneles del metro de Barcelona y que se ha celebrado en la capital catalana con motivo del 90 aniversario del suburbano de la capital catalana. (Alejandro García / EFE)-(20minutos.es)


TANQUES SOVIÉTICOS EN AFGANISTÁN

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Tanques soviéticos en Afganistán

TANQUES SOVIÉTICOS EN AFGANISTÁN 

Silueta de tres jóvenes afganos sentados en el cañón de un tanque de la era Soviética, en Kabul (Afganistán). Las tropas soviéticas ocuparon el país desde 1979 a 1989. (Jawad Jalali / EFE)-(20minutos.es)


Trapalhada estrutural

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"Lembra-se da lei das rendas, bandeira do "reformismo estrutural" deste Governo? De como ia mudar tudo, "dinamizar o mercado", "introduzir justiça", "descomplicar"? Nunca mais ouviu falar dela, pois não?
Mas devia. Segundo a Associação Lisbonense de Proprietários, correm vários processos em tribunal contestando os rendimentos apresentados pelos inquilinos para certificar insuficiência económica. É que, por exemplo, alguém auferindo uma pensão do estrangeiro, por mais elevada que seja, apresenta um Rendimento Anual Bruto Corrigido (a fórmula que a lei prevê para certificar o nível de rendimentos) de zero, e o mesmo sucede a quem viva de rendimentos de capital, os quais são sujeitos a uma taxa liberatória, não tendo de ser inscritos no IRS. Como as Finanças não têm esta informação, não podem incluir estes valores no RABC. Resultado: os senhorios podem ser impedidos de aumentar rendas baixíssimas a pessoas com altos rendimentos (além de poderem ser enganados também quanto a quem habita uma casa, já que as Finanças tomam como verdadeiro o que os inquilinos lhes comunicam). O mesmo Governo que estabeleceu que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção não podem ter contas bancárias superiores a 25 mil euros esqueceu-se de acautelar que quem faz prova de baixos rendimentos para efeitos da renda devida a um privado não esteja a esconder proventos de capital - e portanto a prejudicar muito conscientemente o dono da casa onde mora, com a cumplicidade, carimbada, do Estado. Curioso, não é?
Mas as iniquidades não se ficam por aqui. Há também a da desigualdade entre os inquilinos: um "milionário" que acaso receba uma pensão "mínima" (sim, é possível) pode ver a sua renda calculada em apenas 10% da dita pensão enquanto quem, no mesmo prédio, vive exclusivamente de um salário ou de uma reforma de 1501 euros paga 25% dos mesmos. E não é delicioso que um Governo tão obcecado com a "solidariedade entre gerações" tenha estabelecido uma proteção inabalável para inquilinos com 65 ou mais anos independentemente dos seus rendimentos (terão direito a rendas controladas, calculadas anualmente em 1/15 do valor do locado, para o resto da vida) enquanto inquilinos mais novos com menor capacidade económica se confrontarão, findo o período de transição de cinco anos que esta prevê (ou seja, pós-2017), com a possibilidade de o senhorio fixar a renda que entender?
Não há, certamente, leis perfeitas, e o problema das chamadas rendas antigas arrastou-se tanto tempo e criou tantos vícios de pensamento e prática que nenhuma solução será isenta de críticas e falhas. Mas a atrapalhada incompetência desta, mais o seu "esquecimento" da existência de rendimentos de capital é bem a marca de um Governo que, perante um problema, parece só ser capaz de piorar."
(Fernanda Câncio - Diário de Notícias)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O que dizem os outros blogs

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 Jumento do dia
    
António José Seguro

O senhor que nos disse que poderíamos estar tranquilos quanto ao BES e que só promete o que vai cumprir já veio prometer que não aumentaria os impostos o que significa que conta com os cortes abusivos dos vencimentos. Parece que Seguro quer passar a ideia de que sabe o que quer de forma infantil, propondo medidas orçamentais avulso mais preocupado em aparecer nos noticiários do que com a situação financeira de um futuro governo.

«António José Seguro, líder do Partido Socialista (PS), garante que não vai aumentar os impostos caso seja eleito primeiro-ministro. “Não vou aumentar nem o IRS, nem o IVA e o IRC será mantido na próxima legislatura de acordo com a reforma que foi feita”, disse o líder do PS em entrevista ao Diário Económico. Pode ter de fazer ajustes no IVA de forma a tornar o imposto mais justo e coerente, mas não pode garantir que vai baixar os impostos. “Não faço promessas dessas. Prefiro jogar pelo seguro.” Promete, no entanto, que vai lutar para recuperar o rendimento dos portugueses.»[Observador]

In "O JUMENTO"

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PEREGRINAJE A LA MECA

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Peregrinaje a la Meca

PEREGRINAJE A LA MECA 


Un grupo de gente despide a sus seres queridos que viajan de peregrinación a la Meca en Srinagar, capital de verano de la Cachemira india. El primer grupo de 275 musulmanes cachemiríes ya ha partido hacia la Meca, lugar al que todos los mususulmanes han de ir una vez en la vida, si pueden permitírselo. (Farooq Khan / EFE)-(20minutos.es)


ENCIERRO EN SAN SEBASTIÁN DE LOS REYES

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Encierro en San Sebastián de los Reyes

ENCIERRO EN SAN SEBASTIÁN DE LOS REYES 


Los mozos corren ante los toros de la ganadería de Castillejo de Huebra durante el segundo encierro de las fiestas patronales de San Sebastián de los Reyes, que ha finalizado con tres corredores heridos leves, que ya han sido dados de alta, tras una carrera poco habitual que se ha visto retrasada después de que un toro se diera la vuelta en el recorrido. (Víctor Lerena / EFE)-(20minutos.es)


Os homens de palha

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"O primeiro-ministro disse não haver aumento de impostos. O coro de vozes foi unânime: nenhuma nele acredita. Passos Coelho chegou, de facto, ao grau zero da credibilidade, e já não se trata de fé: o homem, sobre ser o primeiro-ministro mais detestado da II República (esta, porque no período de Salazar o conceito republicano e os seus valores foram brutalmente espezinhados), é, de certeza, o que tem com a verdade uma relação totalmente conflituosa.
Os subterfúgios de linguagem, a que Passos nos habituou, com desenvolto desaforo, fê-lo acrescentar, ao discurso do apaziguamento, este acrescento decisivo: não haverá aumentos durante este ano; ora, o ano está a findar, e significa que, durante três meses, os portugueses podem estar descansados. Estávamos neste interregno de placidez eis senão quando a notícia do sobressalto agitou as nossas almas: o buraco orçamental aumentou perturbador e trágico.
Às doenças económicas, que apoquentam quem mora no purgatório português, adicione-se as da alma e do recto viver, que transformaram padrões de comportamento e as éticas das relações numa cultura do inumano. Vivemos, a maioria da população, num sobressalto ininterrupto, sempre à espera do pior, e todos os dias a comunicação social polvilha-nos com o medo de existir. A política desapareceu do vocabulário desta gente que nos governa há três anos. Passos Coelho e os seus administram Portugal como se Portugal fosse uma loja de secos e molhados. O desrespeito pelo outro tornou-se prática comum. O número de assessores, adjuntos, motoristas, guarda-costas, secretários e secretárias acumulado nos vários gabinetes custa uma fortuna inútil ao erário, por desnecessários. Possuo a lista, que alguém me enviou pela internet. É um caso de polícia.
Vivemos no preconceito do número, e o «economês» substituiu-se à análise política dos factos. O idioma críptico utilizado pelos preopinantes que infestam jornais, rádios e televisões chega a atingir as fronteiras do absurdo. Jornalismo, propriamente dito, a reportagem, a crónica, a notícia, o artigo que esclarece, desenvolve o raciocínio e explica a natureza dos acontecimentos, foram engolidos por uma massa caótica de palavras, as mais das vezes sem direcção nem sentido.
Os homens de palha invadiram a nossa sociedade. O exemplo dos «políticos» frutificou. O Financial Times tornou-se um episódio tão caricato que até serve como símbolo de um indivíduo que surge num comboio a ler o jornal colorido, ao lado de quem um curioso estica o pescoço para saber das últimas notícias... de economia! O pior é que ninguém, ou poucos, nada diz da calamidade cultural e ética que nos envolve.
Os homens de palha. Não esqueçam de que existem, e andam por aí."
(Baptista Bastos - Diário de Notícias)


terça-feira, 26 de agosto de 2014

EL TEMPLO DE LAS RATAS

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El templo de las ratas

EL TEMPLO DE LAS RATAS

Alrededor de seiscientas ratas, según los cuidadores del templo, habitan en el santuario de Karni Mata en la localidad india de Deshnok, en el estado occidental de Rajastán, al que acuden miles de fieles hindúes y cientos de turistas atraídos por una de las incontables curiosidades que ofrece el inmenso país asiático.  (Luis Ángel Reglero / EFE)-(20minutos.es)



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

CONFLICTO ENTRE LA INDIA Y PAKISTÁN

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Conflicto entre la India y Pakistán

CONFLICTO ENTRE LA INDIA Y PAKISTÁN 

Varias personas se refugian en un búnker durante un supuesto ataque paquistaní en la localidad de Abdullian, a unos 35 km de Jammu, capital de invierno de la cachemira india. Según medios de comunicación, las fuerzas de seguridad han intercambiado ataques en la disputada región de Cachemira matando a dos civiles en ambos lados de la frontera. Pakistán ha violado, supuestamente, el alto al fuego por decimoséptima vez en los últimos 15 días. (Jaipal Singh / EFE)-(20minutos.es)


DANDO A LUZ EN LA CALLE

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Dando a luz en la calle

DANDO A LUZ EN LA CALLE 

Dos policías ayudan a una mujer a tener a su bebé en un coche. Al parecer, los fuertes atascos que se registran en Bangkok (Tailandia) hacen que esta situación sea bastante común. (Bangkok Police Department)-(20minutos.es)


domingo, 24 de agosto de 2014

João Vieira Lopes: "Mais IVA prejudicará consumo e recuperação económica”

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Confrontado com o possível aumento do IVA de 23% para 24%, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CPP) defende, ao Diário de Notícias, que a medida vai “prejudicar o consumo e a recuperação da economia”.

Para o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CPP)  a carga fiscal em Portugal “já é muito grande” pelo que um aumento do IVA “irá prejudicar o consumo e a recuperação da economia”. Além disso, salienta, colocará o país em desvantagem competitiva com a Espanha, onde o IVA é de 21%.

Para João Vieira Lopes o “país deu sinais de recuperação económica” pelo que “tudo o que seja aumentar impostos, tirar poder de compra e subir os preços vai ter efeitos negativos”.

Estes recorda, ainda, o que aconteceu anteriormente com outros aumentos do IVA, em que houve centenas de encerramentos de postos de gasolina e restaurantes, pessoas a deslocarem-se a Espanha para fazer as suas compras e empresas de transporte internacional a abastecerem-se no país vizinho. (Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Onde estão Portas e Pires de Lima? Irão autorizar esta "bacorada"?

Uma coisinha simples

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"O PS vai a votos para líder. Dois candidatos, Seguro e Costa. O vencedor da eleição socialista a 28 de setembro terá papel relevante no próximo Parlamento e talvez no próximo governo. Para governar há uma condição que devemos exigir, mesmo céticos sobre o cumprimento: clareza. É fundamental num país tão opaco (os problemas de justiça e de finanças chafurdam aí). Clareza. De tão vaga, na voragem do governar iremos ser enganados, aqui e ali, pouco ou muito, por quem governar, eu sei. Mas, justamente, Seguro e Costa, que pretendem ambos ser Governo em breve, têm neste momento uma coisinha simples e substantiva, que poderia demonstrar que eles são pela clareza. Atenção, demonstrando-o agora não fica provado que amanhã um ou outro, primeiro-ministro, cumpra. Não. Mas hoje, sim: aquela coisinha simples e substantiva, fácil de ser cumprida e de ser seguida pelos nossos olhos, demonstra que eles merecem o benefício da dúvida. Na Federação Socialista de Braga, que vai a votos internos daqui a duas semanas, houve traficância de futuros eleitores: apareceram militantes já falecidos a poder votar e quatro vezes mais quotas do que militantes há. O jornal Público fez as contas: aos 2294 militantes correspondem 27 mil euros de quotas, mas estas foram cem mil mais... Prepara--se uma chapelada. Quem pagou? Quem votar Seguro ou Costa pode decidir-se por aí: qual dos dois quer e vai resolver a coisinha simples?"

(Ferreira Fernandes - Diário de Notícias)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dívida sobe 14 milhões por dia

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Dívida pública atingiu em junho os 134% do PIB, acima dos 223 mil milhões de euros, quando a meta do Governo para o ano estava nos 132%.

A meta do Governo era uma – fechar o ano com a dívida pública nos 130,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas no final do primeiro semestre do ano esse valor ia já nos 134 por cento e a tendência é de que se desvie ainda mais da estimativa do Executivo. 

Os números do Banco de Portugal revelam que a dívida na ótica que interessa a Bruxelas atingiu os 223,27 mil milhões de euros em junho. É um crescimento ao ritmo de 14 milhões por dia no espaço de três meses face ao valor registado até março, quando a dívida pública estava nos 220,68 mil milhões ou 132,4% do PIB. Na prática, o peso da dívida pública do País implica que cada cidadão deva mais de 22 mil euros.

Ficam em xeque as metas governamentais que apontavam em 2015 para uma inversão de rumo, prevendo que a dívida pública caísse então para os 128,7 % do PIB. Em 2018, derradeiro ano das previsões, a dívida cairia para os 117,7%. Mesmo com as melhores estimativas do Ministério das Finanças, a dívida pública iria continuar bastante acima do limite de referência acordado com Bruxelas para toda a União Europeia, que coloca um tecto de 60% do PIB. 

As contas externas registaram um défice de 39 milhões de euros até junho, quando, no período homólogo, apresentavam um saldo positivo acima dos 1700 milhões. Entretanto, o Setor Empresarial do Estado registou prejuízos de 394,1 milhões de euros no primeiro trimestre, melhorando face ao buraco de 405 milhões do período homólogo.

Notas do Papa Açordas: Com este "speed", o gang de Passos e Portas vai ultrapassar tudo pela negativa...


PROTESTAS POR LA MUERTE DEL JOVEN MICHAEL BROWN

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Protestas por la muerte del joven Michael Brown

PROTESTAS POR LA MUERTE DEL JOVEN MICHAEL BROWN 


Un hombre es arrestado por la policía mientras manifestantes protestan por la muerte del joven Michael Brown en Ferguson (EE UU). La Guardia Nacional está dispuesta a retirarse de Ferguson, Missouri después de casi dos semanas de protestas, a menudo violentas, que finalmente han disminuido.  (Larry W. / EFE)-(20minutos.es)


O que dizem os outros blogs

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 "Grandes novidades" sobre o DDT - Dono Deles Todos
   
«A família Espírito Santo foi a principal financiadora da campanha de Cavaco Silva à Presidência da República em 2006, tendo doado 152 mil euros. Só Ricardo Salgado contribuiu com 22.482 euros, o máximo que a lei permitia, indica o Diário de Notícias.
  
Que Cavaco Silva e a família Espírito Santo mantinham uma relação próxima já se sabia. Pelo menos, desde que o Expresso deu conta de um jantar do Presidente da República na casa de Ricardo Salgado, em 2004. Mas só recentemente foram conhecidas as contas relativas às campanhas presidenciais de 2006, reforçando o vínculo entre o ainda chefe de Estado e o então responsável pelo BES.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Mas que grande novidade! Eu até diria que a Quinta da Coelha deveria chamar-se Lugarejo do DDT!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

In "O JUMENTO"

  

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O que dizem os outros blogs

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 É o mercado estúpidos
   
«As companhias aéreas do Médio Oriente viraram-se para Portugal (e para a Europa) e parecem não querer arredar pé. Para estas empresas, o Velho Continente é uma aposta séria e Portugal tem sido um dos países escolhidos para fazer recrutamento.

De acordo com a edição online do Expresso, num ano e meio, a TAP perdeu 37 comandantes, principalmente para companhias do Médio Oriente (Emirates, Qatar Airways, Etihad Airways) e asiáticas (Korean Air).

As razões? Várias e todas relacionadas com melhores condições de emprego, diz a mesma publicação. Desde salários líquidos superiores aos pagos pela transportadora aérea portuguesa (em 60% a 65%), casas pagas ou subsídios mensais para habitação na ordem dos três mil euros líquidos e até dinheiro para pagar a escola a cada filho.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

A políica de baixos salários não tem grande futuro num mercado laboral globalizado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao incompetente Lambretas.»


SE ELEVAN A 39 LOS FALLECIDOS EN JAPÓN POR LAS LLUVIAS TORRENCIALES

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Se elevan a 39 los fallecidos en Japón por las lluvias torrenciales

SE ELEVAN A 39 LOS FALLECIDOS EN JAPÓN POR LAS LLUVIAS TORRENCIALES 

Continúan los trabajos de búsqueda en Hiroshima (Japón), en el lugar donde se produjo un corrimiento de tierras este miércoles. Las autoridades niponas cifraron en 39 el número de fallecidos en las lluvias torrenciales que la madrugada del miércoles cayeron sobre la ciudad de Hiroshima (oeste), mientras continúa la búsqueda de siete desaparecidos. (Kimimasa Mayama / EFE)-(20minutos.es)


A dona Inércia voltou

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"O BES mau anda em parte incerta no inferno dos devedores. O governador do Banco de Portugal deixou de falar e produzir declarações fatais e muito definitivas ao domingo pela calada da noite. A CMVM anda a cozer processos por suspeita de abuso de informação privilegiada e a ver o que pode e não pode fazer. Ouvir os ministros, investigar se algum tinha ações do BES ou se algum primo afastado, um parente, soube o que não deveria saber?
Malditas regras e leis, nunca deixam fazer nada em tempo útil em Portugal, exceto permitir que a ASAE prenda chouriças e lacostes de imitação para interrogatório imediato na esquadra lá do bairro. Dá sempre umas belas reportagens. Os mercados - não o de capitais, os outros - são pitorescos, os detidos têm aquele ar suspeito, algum crime terão cometido. No processo BES não é assim, não acontece nada. Para os reguladores, os primeiros chamados a agir nestas circunstâncias, está tudo esplêndido, quase esplêndido, é agosto, as pessoas vão de férias, não é?
Vejamos. Uma semana vertiginosa, a derrocada do BES, alguns dias com notícias muito claras e muito certas - ou que pareciam muito claras e muito certas: vai ser pago isto, vai ser separado aquilo, está tudo bem, nasceu um novo banco, assim é que é, business as usual. Será? Quer dizer, duas semanas após o naufrágio pilotado pelo Banco de Portugal, ungido pelos poderes galácticos atribuídos de supetão pelo Governo, a urgência deu lugar à complacência que já não consegue esconder os perigos disfarçados de perplexidades.
Quase tudo o que o Banco de Portugal disse que ia acontecer na verdade não se concretizou exatamente assim. A separação do lixo tóxico dos ativos saudáveis - uma separação que seria quase instantânea a levar à letra as palavras ingénuas do governador -, afinal é mais demorada e sensível. Há clientes que se perguntam: estou no banco bom ou no banco mau? Uns desejam por tudo estar no mau. Quem comprou dívida da Rioforte e da Espírito Santo Internacional soube (finalmente) esta semana que irá receber o dinheiro, mas falta saber como, quando e em que termos.
Não faltam dúvidas. Ao atirar para o Banco de Portugal a liderança do processo, o Governo protegeu-se, limitou os estragos nas finanças públicas - facto muito relevante - mas perdeu o controlo das operações e agora assiste à confusão, para usar uma palavra simpática, a partir da varanda. Um banco sistémico vai ao fundo, os reguladores perdem tempo, demoram a agir antes, durante e depois, e o Governo acha normal? É normal não sabermos ainda o que acontecerá ao Novo Banco? É vendido, retalhado, leiloado às peças? O governador não sabe, não responde. Esquece-se que, apesar de novo, o velho risco sistémico não desapareceu. A dona Inércia voltou, mas sem o Ronaldo."
(André Macedo - Diário de Notícias)

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CORRIMIENTO DE TIERRA EN HIROSHIMA

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Corrimiento de tierra en Hiroshima

CORRIMIENTO DE TIERRA EN HIROSHIMA 

Varios miembros de los equipos de rescate trabajan en la búsqueda de víctimas tras un corrimiento de tierra en Hiroshima (Japón). Al menos 27 personas han muerto y otras 10 han desaparecido debido a las lluvias torrenciales registradas en la madrugada en la prefectura de Hiroshima (oeste de Japón), informaron las autoridades niponas. (Kimimasa Mayama / EFE)-(20minutos.es)


terça-feira, 19 de agosto de 2014

INCENDIO FORESTAL EN CARREGAL DO SAL

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Incendio forestal en Carregal do Sal

INCENDIO FORESTAL EN CARREGAL DO SAL


Un bombero trabaja en la extinción de un incendio forestal en Carregal do Sal, al norte de Portugal. En el incendio trabajan 213 bomberos y 58 vehículos. (Nuno Andre Ferreira / EFE)-(20minutos.es)


MANIOBRAS DEL EJÉRCITO JAPONÉS

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Maniobras del Ejército Japonés

MANIOBRAS DEL EJÉRCITO JAPONÉS 

Un tanque dispara durante unas maniobras del ejército japonés en Gotenba (Japón). Las maniobras se llevan a cabo del 19 al 24 de agosto con cerca de 2.300 tropas. (Kimimasa Mayama / EFE)-(20minutos.es)


E se Marinho e Pinto ganhasse as eleições?

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"Estava convencido de que Marinho e Pinto ia cinco anos para o Parlamento Europeu, sossegado, ganhar um rico salário para em 2019, já com 70 anos, legitimamente se reformar. Afinal, não.
Depois da noite eleitoral de 25 de maio e dos fantásticos 234 788 votos que o elegeram para representar a nação em Estrasburgo com um surpreendido José Inácio da Silva Ramos Antunes de Faria, circunstancial camarada, companheiro e amigo do Movimento Partido da Terra (MPT), até escrevi que provavelmente o antigo bastonário dos advogados dava a participação na vida pública concluída e desapareceria. Enganei-me: ele anunciou que quer candidatar-se a primeiro-ministro.
Há pelo menos uma pessoa no mundo que deve estar ansiosa com a decisão: a senhora Maria do Rosário Cid dos Santos Trindade de Oliveira Pacheco, empresária de Portimão e terceira colocada na lista do MPT de candidatos ao Parlamento Europeu , cuja vida empresarial poderá ser perturbada pelo desafio de substituir o advogado nos sonolentos debates da instituição menos poderosa do poder europeu.
Mas, pelo que vejo nos jornais e oiço em comentários televisivos, o pessoal político/jornalístico do País está tanto ou mais abananado do que a senhora Maria do Rosário deve estar...
Imaginemos que nas próximas legislativas Marinho e Pinto consegue um milhão de votos e será encarregado por um perplexo Cavaco Silva de formar governo. Ou que se mantém na fasquia dos 235 mil votos e elege os deputados suficientes para ser convidado pelo PS ou o PSD a participar numa coligação governamental? Isso traduz alguma mudança consequente para o País? Lamento mas acho que não.
Marinho e Pinto já fez muita coisa admirável e, felizmente para ele e infelizmente para esta classe política e económica que nos domina, tem demasiadas vezes razão nas críticas que faz aos pequenos e grandes poderes do País.
Mas, para mim, caiu do pedestal quando foi eleito bastonário. Nessa altura impôs, e bem, receber um salário equivalente ao de procurador-geral da República, cujo valor é público. Mandei, nessa altura, um jornalista perguntar-lhe qual era em concreto o valor do salário que passava a receber na Ordem. Disse que isso era assunto da sua vida privada e, por isso, não respondia. O campeão da transparência e da moralidade da vida pública morria assim pela boca: quis o mesmo estatuto do procurador mas recusou receber o mesmo escrutínio público do seu par do Ministério Público.
Ter Marinho e Pinto num governo pode ser divertido, pode até melhorar alguma coisa. Depois desse dia em 2007, porém, fiquei convencido, desiludido, de que no essencial ele é igual a muitos dos que critica... Mas talvez me engane outra vez."
(Pedro Tadeu - Diário de Notícias)


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

CAPTURADO UN COCODRILO GIGANTE

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Capturado un cocodrilo gigante

CAPTURADO UN COCODRILO GIGANTE 

Los vecinos de Thomaston (EE UU) capturaron el pasado sábado un caimán gigante. En total, el reptil pesó 1011.5 libras, unos 460 kilos. (GTRES) - (20minutos.es)


CELEBRACIÓN DEL DÍA DE LA INDEPENDENCIA

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Celebración del día de la independencia

CELEBRACIÓN DEL DÍA DE LA INDEPENDENCIA 

Soldados afganos realizan un control de seguridad en una carretera en Jalalabad (Afganistán), un día antes de la celebración del 95 aniversario de su independencia del Reino Unido. (Ghulamullah Habibi / EFE)-(20minutos.es)



Correia de Campos: "Candidatura de Seguro levou-o a adotar tática do 'queixinhas'"

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O antigo ministro socialista Correia de Campos decidiu pronunciar-se sobre a situação que o PS atravessa porque não gosta de ver o seu partido “fazer má figura para gáudio do Governo”. Num artigo que hoje assina no jornal Público critica a candidatura de Seguro, que classifica de “festival quotidiano de banalidades e truísmos, e ideias soltas” e cujo protagonista, escreve, decidiu “adotar a tática do ‘queixinhas’”.

Sob o título ‘A miniatura’, o socialista Correia de Campos escreve hoje, como habitualmente, no jornal Público, desta feita sobre o PS, designadamente acerca da "candidatura de António José Seguro para responder ao repto interno lançado por Costa”.

“Não gosto de ver o meu partido a fazer má figura, para gáudio do Governo”, pelo que, “por dever de cidadania devo ajudar criticamente esta candidatura [a de Seguro] a melhorar o seu desempenho”.

E como? Primeiro pondo um ponto final a “banalidades e truísmos” como, destaca, “afirmar que a solução do crescimento e emprego está na promoção da indústria. Ninguém discorda, mas poucos indicam o caminho para lá chegar”. Em segundo, fazer o equilíbrio entre o “protagonismo e assertividade”, evitando situações como “a visita ao governador do Banco de Portugal” ou ser “recebido com honras de governante pelo ministro da Administração Interna”.

O antigo ministro da Saúde prossegue não poupando farpas a Seguro, considerando ainda que o atual líder 'rosa' resolveu "adotar a tática do 'queixinhas'".

Numa espécie de terceiro ponto, Correia de Campos contesta as “promessas e indecisão” da candidatura de Seguro, nomeadamente no que diz respeito aos pensionistas que “não pagarão nenhuma taxa de sustentabilidade”. “A mim dava-me jeito, mas parece-me fartura a mais. Com este ou outro dispositivo, onde vai ele [Seguro] conseguir o equilíbrio orçamental exigido pelo semestre europeu que todos aprovámos?”, questiona.

“A candidatura de António José Seguro levou-o”, conclui o socialista, “a adotar desde o início uma tática do ‘queixinhas’. Queixa-se de ser desafiado quando tinha (mal) ganho duas eleições, esquecendo os municípios que perdeu (...) e confundindo um ganho modesto nas europeias com uma grandiosa vitória”, e “queixa-se de ser forçado a apresentar uma moção às diretas, quando foi ele que desenhou todo o processo para fustigar Costa e queimar terra para que não cresça semente”.

Face a este “festival quotidiano de banalidades e truísmos, ideias soltas em sementeira dispersa, confusão de protagonismo com assertividade, promessas de indecisão onde deveria haver ação, generosidade extemporânea e, como não podia deixar de ser, vitimização”, a candidatura de Seguro, remata Correia de Campos, “não contribui para levantar a moral do país e não ajuda o PS”, arriscando transformar-se assim no “candidato em miniatura de primeiro-ministro”.(Notícias ao Minuto)

O que dizem os outros blogs

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 Consumir acima das possibilidades

No meio de um longo artigo da revista do Expresso sob o título "A nossa Merkel", vem o trecho infra:

"Entretanto chegam os tempos de austeridade e o casal Albuquerque assume um compromisso de peso. Avançam com as obras no terreno que haviam comprado na Parede e constroem a moradia que até lhes permite ter uma horta. De acordo com a declaração de rendimentos entregue no Tribunal Constitucional, contraem um empréstimo de 440 mil euros na CGD, a pagar até 2047. Apesar da ordem para que os portugueses não vivam acima das suas possibilidades, Maria Luis e António arriscam-se.

Ela não levará para casa mais de 3100 euros - tendo tido, inclusivé, o rendimento reduzido na passagem de secretária de estado a ministra, devido aos cortes do governo - e o marido não terá rendimentos regulares elevados. Com três filhos num colégio privado na linha do Estoril, as contas têm que ser feitas com atenção".

Seria interessante saber quanto sobra do orçamento da família depois de pagar o empréstimo. Enfim, de um ponto de vista económico há aqui qualquer coisa de errado.

In "O JUMENTO"


sábado, 16 de agosto de 2014

António Costa: "Este Governo está esgotado nas suas soluções"

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O candidato à liderança do PS António Costa considerou hoje que a sustentabilidade da Segurança Social não exige cortes nas pensões, mas a criação de emprego, acrescentando que o primeiro-ministro não apresentou uma proposta de reforma.

"Este Governo está esgotado nas suas soluções e aquilo que o primeiro-ministro disse sobre a reforma da Segurança Social não é uma proposta de reforma, o que ele vê como reforma são o corte das pensões e esta ideia que tem que nós temos de escolher entre o futuro dos nossos filhos e o presente das nossas mães", frisou.

António Costa falava em declarações aos jornalistas na ilha do Faial, nos Açores, onde apresenta hoje a sua candidatura aos socialistas açorianos, reagindo às declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que, na sexta-feira, na festa social-democrata do Pontal, desafiou o Partido Socialista a firmar uma reforma da Segurança Social antes das eleições.

Para António Costa, o que põe em causa a sustentabilidade do sistema da Segurança Social não é o valor das atuais pensões, mas "a crise económica".

"Só o desemprego e a emigração, por perda de salários e por perda de contributos, criaram uma fragilidade de 8 mil milhões de euros", frisou.

O candidato à liderança do PS salientou que foi feita uma "grande reforma" da Segurança Social durante a governação socialista "muito elogiada em Portugal e em toda a União Europeia, como a reforma que mais contribuiu para a sustentabilidade futura do sistema".

Nesse sentido, defendeu que é necessário "estabilizar as pensões de hoje e ir acompanhando no futuro, na Concertação Social", para que se crie "um equilíbrio positivo entre a política de rendimentos, entre a sustentabilidade do sistema e o crescimento económico".

"A grande prioridade hoje para reforçar a sustentabilidade do nosso sistema de Segurança Social é travar a crise, é criar emprego, é de novo reforçar as contribuições para a Segurança Social", salientou. (Notícias ao Minuto)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Ensino: Número de alunos a reprovar na primária está a aumentar

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Desde 2010 que a taxa de retenção dos alunos do ensino básico tem aumentado em Portugal. A tendência faz-se sentir logo no segundo ano de escolaridade, em que 10,5% dos alunos (apenas com sete anos) ficou retido, segundo o semanário Expresso.

No ano letivo 2012/2013, 10,5% dos alunos de segundo ano de escolaridade reprovaram (mais 3,4 pontos percentuais do que em 2010/2011). Este é o ano de escolaridade em que se começa a fazer sentir uma tendência negativa no ensino, já que no primeiro ano os estudantes só podem ficar retidos por excesso de faltas.

O crescimento do número de retenções faz-se sentir, de resto, em todo o ensino básico (que vai até ao nono ano), ao contrário do que se tem registado no secundário, em que a taxa de retenção e desistência caiu desde o ano letivo 2010/2011.

De acordo com o Expresso, no terceiro ano, a taxa de retenção chegou mesmo a duplicar, para os 5,8%, enquanto no quarto ano a subida foi menor.

As últimas estatísticas publicadas pelo Ministério da Educação mostram ainda que, entre o ano letivo 2006/2007 e o ano 2012/2013, o número de alunos matriculados no primeiro ano caiu de 121 mil para 103 mil.(Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Aqui está o resultado do fecho das escolas no interior do país... este desgoverno tem apostado na desertificação do interior, especialmente, acabando com escolas, postos da GNR e outros serviços públicos...

Diplomas: Constitucional chumba cortes salariais após 2015 e nova CES

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O coletivo de juízes do Tribunal Constitucional (TC) decidiu validar os cortes salariais em 2014 e 2015. Contudo, os cortes entre 2016 e 2018 foram considerados inconstitucionais por violarem o princípio de igualdade. Quanto à Contribuição de Sustentabilidade também ela foi considerada inconstitucional por violar o princípio da proteção da confiança.

Chamados a pronunciar-se sobre a nova fórmula dos cortes salariais, bem como acerca da contribuição de sustentabilidade, os juízes do Palácio Ratton revelaram esta quinta-feira quais as suas posições.

Assim, aprovaram o corte dos salários para este e para o próximo ano. Mas consideraram que os cortes previstos para o período entre 2016 e 2018 violavam o princípio da igualdade.

Relativamente aos cortes permanentes nas pensões, os juízes consideraram inconstitucionais duas normas do diploma que cria a contribuição de sustentabilidade, nomeadamente a que define o seu âmbito de aplicação e a sua fórmula de cálculo, por "violação do princípio da proteção de confiança".

O anúncio foi feito esta tarde, sendo que 11 juízes votaram a favor da constitucionalidade dos cortes salariais a aplicar entre 2014 e 2015 contra dois que se mostraram a favor da inconstitucionalidade.

No que às pensões diz respeito, aqui a decisão foi unânime com os 13 juízes a considerarem que a norma violava o princípio da proteção e da confiança e que, por isso, tem de ser considerada inconstitucional.

De sublinhar que os juízes não chegaram sequer a analisar a nova fórmula de cálculo das pensões por considerarem que faltam elementos necessários para uma correta avaliação.

"O Tribunal, na sequência de anteriores decisões sobre idêntica medida, limitou-se a manter a posição anteriormente assumida e que, para os últimos meses do ano de 2014, já resultava da fundamentação do acórdão nº 143/2014", lê-se no comunicado do Tribunal Constitucional relativamente às normas do decreto da Assembleia da República que estabelecem uma redução remuneratória para aqueles que auferem por verbas públicas nos anos de 2014 e 2015, pronunciando-se, assim, pela sua constitucionalidade.(Notícias ao Minuto)

Notas do Papa Açordas: Não há qualquer dúvida que este é o governo mais inconstitucional de sempre!...

EL FACEKINI CAUSA FUROR EN LA POBLACIÓN CHINA

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El facekini causa furor en la población China

EL FACEKINI CAUSA FUROR EN LA POBLACIÓN CHINA 


Varias mujeres nadan en un balneario de la ciudad de Qingdao, este de China. Ambas llevan una prenda en la cabeza para evitar los rayos del sol. (GTRES)-(20minutos.es)
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Papas e bolos

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"Ontem ficámos a saber que três frases de Ricardo Salgado citando o Papa dão para encher duas páginas de jornal - e "económico", note-se. E também que não tem a barba por fazer nem nódoas na camisa e continua a ocupar duas salas no Hotel Palácio, enquanto garante ser falso que guardou milhões na Ásia. Ah, e que não se considera responsável pelo fim do BES.
Não está só, Salgado. Mas se pode invocar o direito ao silêncio (e a dar música) há quem não possa. Dá igual, porém: quase duas semanas pós o anúncio da partição do BES, o BdP não fez o obséquio de explicar o que realmente sucedeu no banco nem a linha de tempo da sua atuação. Pior: produz declarações contraditórias e até falsas e spin que inclui - pasme-se - uma ata do BdP.
Domingo 3 de agosto, Carlos Costa afirmou que o Grupo Espírito Santo desenvolveu "um esquema de financiamento fraudulento" e o supervisor tinha em setembro de 2013 "conseguido identificar uma ponta do problema". Mas, na sexta--feira seguinte, na audição parlamentar, questionado sobre o momento de conhecimento da fraude, respondeu: "Não referi fraude."
Repete o governador que a decisão de intervir no BES só foi tomada a meio de sexta 1. E a ata do BdeP, de 3, diz que só a 31 (hora não esclarecida) o BES comunicou ao BdP a insuficiência de liquidez. Ora 31 é a quinta-feira em cuja manhã o Governo aprova em segredo a legislação que permitirá ao BdP operar a resolução e o dia seguinte ao da publicação dos resultados do BES que revelam "um grave incumprimento" - leia-se, insolvência. Alguém acredita que esta só então fosse conhecida da nova administração - por algum motivo Bento se escusou a dizer na SIC quando descobriu o "buraco"-, e portanto do BdP?
A mesma ata diz que do fim de junho até 31 de julho (nova administração entrou a 14) o BES perdeu 3350 milhões em depósitos, e o BdP lhe injetou 3500 milhões. A ata fala ainda de atos de gestão "gravemente prejudiciais (...) num momento em que a substituição da anterior administração estava já anunciada [a partir de meio de junho]". Ou seja: o BdP sabia que o BES estava em sangria, por isso lá meteu dinheiro; o BdP que diz que desde 2013 "desenvolveu progressivamente uma política de isolamento dos riscos do BES em relação às restantes empresas do grupo" reconhece não ter conseguido isolar ou evitar coisa alguma.
Mas, ante tudo isto, qual é a "grande notícia" que sai da ata? Que a "culpa" da intervenção no BES é do BCE, porque a 1 de agosto "lhe tirou o tapete", excluindo-o do eurossistema e alegadamente exigindo o reembolso de 10 mil milhões até dia 4. Sério? Um banco falido (logo, pelas regras, excluído do eurossistema) que nos dizem vítima de gestão fraudulenta e precisara de 13 500 (10 mil mais 3500) milhões de liquidez do banco central ia-se aguentar não fosse o mau do BCE, é isso? E nós somos todos tolinhos."
(Fernanda Câncio - Diário de Notícias)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

SAN LORENZO, CAMPEÓN

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San Lorenzo, campeón

SAN LORENZO, CAMPEÓN


Los jugadores de San Lorenzo celebran el título tras ganar la final de la Copa Libertadores ante Nacional de Paraguay en el estadio Nuevo Gasómetro de Buenos Aires (Argentina). (RONCORONI / EFE)-(20minutos.es)


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O fim da ética social

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"Todos os indícios no-lo dizem que vamos pagar, de viés ou a direito, o buraco de 5 mil milhões legado pelo BES. O dr. Salgado pagou, de presto, os 3 milhões de euros, caução para não ser engavetado; goza as delícias do verão na sumptuosa villa de Cascais; dizem as notícias que possui 200 milhões de dólares criteriosamente divididos em bancos do Oriente; e que vai envelhecer embalando doces memórias, enquanto os seus advogados delegam para as calendas o que a justiça tardará em dizer.
O parágrafo vai longo, mas como estas minudências dos tribunais, em Portugal, são tardas e longas, a justificação está feita. O primeiro--ministro, entretanto, com voz de tenor fanado, insiste em dizer-nos que não esportularemos um cêntimo pelos desmandos dos "privados". Bom: a impostura não tem pernas para correr. Os cerca de dois mil funcionários ameaçados de despedimento certo; as centenas ou milhares de investidores que vão ficar sem o dinheiro aplicado; a mistificação ultrajante entre o "banco mau" e o "banco bom", que ninguém sabe rigorosamente o que é, nem, sequer, o inteligentíssimo especialista da SIC, sr. Gomes Ferreira - tudo isto, e o mais que se desconhece, terá de ser pago por alguém, e todos sabemos por quem.
As "análises" consagradas à questão são puros exercícios de balbúrdia, que baralham as pessoas. Apenas Nicolau Santos e Pedro Santos Guerreiro não fazem do parlapié uma conduta de espalha-brasas sobre a natureza do problema. O resto é a triste decepção permanente. Onde está o dinheiro, a "pipa de massa", para usar a expressão chula do pacóvio Barroso?
Apesar dos avisos cautelares dos responsáveis pelo descalabro, muitos milhares de portugueses apressaram-se a transferir as suas parcas economias para a CGD. O que fornece a dimensão de credibilidade e de respeito que nutrimos pela casta que trepou aos vários poderes.
Estamos num momento crucial: é preciso ir mais além do que se ouve dos políticos e do que secos e do que se lê nos jornais: insanidades e mistificações. O sentido e a prática da democracia não se esgotam nas formas jurídico-políticas, criadas e estruturadas por um "sistema", o capitalista, bem entendido, cujo significado está cada vez mais vazio, e mais perigoso pela sua vacuidade e objectivos. Já aqui o disse: o Ricardo Salgado não é a causa, é o efeito - deletério e inquietante. Nem por isso deixam de merecer punição adequada, ele e os comparsas desta monstruosa delinquência. Comprou, por três milhões, a prestação para não ser preso. É uma imoralidade absoluta, permitida, aliás, por uma "justiça" criada pelo "sistema" que liquida os seres éticos e as regras de decência previstas pela democracia. Se estes são destruídos - que nos resta?"
(Baptista-Bastos - Diário de Notícias)


O que dizem os outros blogs

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Sinto pena do Luís

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Se o Luís fosse meu filho não gostaria de o ver acusado de ter sido levado ao colo pelo pai, de saber que os colegas só o respeitavam em função do pai e que em privado manifestavam desprezo pela forma como conseguiu o cargo. Não gostaria de ter um filho que sentisse vergonha ao ver outros serem obrigado a emigrar por não terem pais como o dele, por não terem ou não querem usar cunhas.
  
Se fosse o Luís faria tudo para conseguir subir por mérito, nunca aceitaria esquemas e exigiria que as minhas promoções ou colocações fossem alcançadas por concursos transparentes e justos.
  
Como português sinto vergonha ao ver certas coisas, este caso não merece um protesto mas antes vergonha por ter um político como Durão Barroso e pena do seu filho. Este país está ficando um nojo.

In "O JUMENTO"