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Indicador de clima económico volta a bater mínimo histórico em Fevereiro
À espera da maior subida do desemprego dos últimos 23 anos
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À espera da maior subida do desemprego dos últimos 23 anos
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Desde, pelo menos, 1986 que os portugueses não tinham tanto medo de ver a taxa de desemprego a subir rapidamente. De acordo com o inquérito de confiança divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística e pela Comissão Europeia, a expectativa de aumento do número de desempregados em Portugal atingiu, durante o presente mês de Fevereiro, o valor mais alto alguma vez registado nos últimos 23 anos, o período para o qual foram publicados resultados.
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"Como é que espera que o número de pessoas desempregadas varie durante os próximos doze meses?". Esta é a questão colocada em todos os países da União Europeia e a resposta, em Portugal, foi esmagadoramente no sentido da subida. O resultado do indicador em Fevereiro (que resulta da contabilização de respostas que vão de "subida aguda" até "descida aguda") foi de 78 pontos, num máximo de 100 pontos, segundo a Comissão Europeia. Este valor representa uma subida acentuada face aos 67 pontos registados em Janeiro, ultrapassando o anterior máximo de 73 pontos que se tinha registado em Outubro de 1993.
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Se na população, a convicção é de que o desemprego vai subir de forma nunca vista, as perguntas feitas aos empresários sobre o que vai acontecer ao emprego dentro de cada uma das empresas mostra um cenário ligeiramente menos pessimista. Na indústria, nas respostas sobre qual a evolução do número de postos de trabalho em cada uma das empresas, o resultado voltou a ser bastante negativo (-31 em Fevereiro contra -30 em Janeiro). Ainda assim, o máximo histórico de -35 pontos em 1993 não foi batido. Nos serviços e na construção, o cenário é em tudo semelhante: o indicador voltou a cair em Fevereiro, mas, mesmo assim, ainda é melhor do que o registado na crise de 2003.
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Nota do Papa Açordas: O pior é que, nos tempos mais próximos, não se perspectiva qualquer melhoria.
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