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Sem querer abordar sequer as matérias relacionadas com a segurança, os juízes fazem uma análise muito crítica do primeiro mês de funcionamento do Citius-MJ, o sistema de tramitação dos processos em suporte informático, que desde o início de Janeiro passou a ser obrigatório para a generalidade dos processos em matéria cível e laboral.
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"São inúmeros e graves o problemas desta aplicação informática, quer quanto à sua operacionalidade, quer quanto à sua fiabilidade", relata um documento de análise divulgado pela Associação Sindical do Juízes Portugueses (ASJP), que conclui ser "necessário, por ora, manter o processo em suporte físico".
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António Martins, presidente da ASJP, garante que "os juízes são favoráveis às novas tecnologias nos tribunais e estão disponíveis para ajudar a melhorar o sistema" e explica que o documento, que será remetido ao Ministério da Justiça e ao Conselho Superior da Magistratura, "é uma forma de alertar os responsáveis para a necessidade de aperfeiçoar um sistema que, a continuar assim, pode fazer paralisar a Justiça nalguns casos".
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O documento, elaborado por um juiz do Tribunal Cível do Porto, Paulo Ramos de Faria - que participou no processo de informatização desde o início e funcionou também como formador junto dos demais colegas -, chama a atenção para a lentidão de funcionamento e os bloqueios do sistema, que frequentemente fazem com que os processos electrónicos não possam ser manuseados.
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Nota do Papa Açordas: O blogue "O País do Burro" caracterizou este processo do Citius-MJ de uma forma claríssima: "a mão de Sócrates passou por aqui!"... Depois disto, nada mais há para dizer...
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1 comentário:
Papa açordas (cuidado que engordam!) Acabei de deixar uma mensagem no blogue "o país do burro" e nem reparei que ele fazia alusão ao Sócrates. Para mim é-me indiferente que faça alusão a Sócrates, a Cavaco (!?), a MFL (???!!!!???) ou Dias Loureiro (que prometeu dizer tudo de A a Z! (só que se esqueceu do resto das letras!)!
Claro que estou preocupada com o assunto mas, como acontecia na empresa onde trabalhava, implementaram-se novos sistemas que nunca funcionavam. Culpa dos directores que eram os que davam as dicas ou dos utilizadores que não sabiam trabalhar com ele? Geralmente a primeira!? ;)
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