quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Governo obrigado a revelar contratos

Supremo Tribunal obriga Governo a revelar
os contratos do Estado com os advogados
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O Supremo Tribunal Administrativo (STA) deu razão ao Sol na acção interposta contra o Governo, por ter recusado o acesso aos documentos e informações, relativos à contratação de advogados pelo Estado. O comportamento é classificado pelo STA como "inaceitável".
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A decisão do STA, obriga todos os ministros - com excepção de Jaime Silva, titular da Agricultura, que já antes tinha sido condenado no mesmo sentido pelo Tribunal Central Administrativo do Sul - a cederem os contratos requeridos pelo SOL.
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Trata-se de uma decisão judicial histórica: é a primeira vez que o STA se pronuncia sobre um caso de recusa da Administração Central em ceder documentos públicos aos jornalistas, e por criar doutrina para futuras decisões dos tribunais de primeira e segunda instância.
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Na origem desta decisão estão os requerimentos que o Sol enviou a 22 de Agosto de 2006 para todos os ministérios, pedindo o acesso aos contratos estabelecidos com advogados ou juristas externos ao Estado nos anos de 2005 e 2006. A contratação directa de advogados pelo Estado, sem concurso ou critérios préviamente definidos, é uma das questões actualmente mais polémicas nos meios jurídicos.
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(...) Para o STA, o comportamento do Governo é "inaceitável", porque, "perante um pedido de informações em que não está em causa nenhuma limitação", a Administração não pode responder com um "venha, consulte e informe-se". Para o STA, violou-se assim o princípio de colaboração e o dever de informar a que todos os ministros estão obrigados. Ao agirem dessa forma, os governantes praticaram "uma verdadeira denegação do direito de acesso às informações pretendidas". Sendo certo "que, a terem sido contratados advogados e juristas, foram-no com a utilização de dinheiros públicos, relativamente aos quais qualquer cidadão tem o direito de saber como foram gastos, e que, tratando-se de informação não reservada, a Administração está obrigada a prestá-la". (Sol)
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Nota do Papa Açordas: Talvez agora se perceba o porquê da animosidade dos "grandes" advogados para com Marinho Pinto...

5 comentários:

Abrenúncio disse...

A cultura democrática neste país ainda está numa fase embrionária, ou então, se calhar, já está numa fase decadente.
O que é facto é que o encobrimento, o lóbi, o compadrio, são predicados bem enraizados na "cultura" portuguesa. Ainda levará muito tempo para que se compreenda que estes factores não são motivo de desenvolvimento social mas sim de atraso.
Saudações do Marreta.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Talvez se perceba a animosidade não só dos advogados contra Marinho P. mas de muitos mais.
Ainda leva tempo a termos acesso à transparência mas já foi um passo.
Um abraço

Tiago R Cardoso disse...

Transparência, a palavra chave é transparência, se está tudo bem, tudo legal então porque não facilitar o acesso aos documentos ?

quintarantino disse...

Será um acórdão notável que irei procurar ler.
Devia ainda servir para demonstrar e lançar à discussão porque é preciso pedir pareceres a advogados e escritórios de advogados quando na Administração existem juristas!

Anónimo disse...

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