quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Défice de 9,3%? Impensável numa democracia!...

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Economista defende "cortes a sério"
César das Neves diz que governo é o responsável pelo défice de 9,3

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O economista João César das Neves acusou hoje o Governo de ser o responsável pela facto do défice estimado para 2009 ser de 9,3 por cento, uma situação que deverá ser resolvida com “cortes a sério”.
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“O défice praticamente triplicou num ano. A culpa é da crise, evidentemente, o que quer dizer que o facto do défice ter aumentado num ano eleitoral não tem nada a ver. É um pequeno detalhe sem influência, certamente, e o que é extraordinário é que isso tenha acontecido com o mesmo Governo que vem agora dizer que irá resolver o problema”, ironizou o economista.
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João César das Neves reagia assim às declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que durante a apresentação pública do Orçamento do Estado para 2010, entregue terça-feira na Assembleia da República, estimou que o défice orçamental relativo a 2009 deverá situar-se nos 9,8 por cento.
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Na mesma conferência de imprensa, o ministro das Finanças apontou o valor de 8,3 por cento como o défice previsto para este ano.
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“Penso que o elemento assustador é o nível a que chegou o défice o ano passado, que ultrapassa tudo aquilo que se pensava e de forma muito significativa. Temos de descobrir como é que lá chegámos para, depois, encontrarmos o caminho para a saída”, explicou o economista, dizendo que a solução é “cortar a sério”.
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Considerando que a actuação do Governo perante esta conjuntura é de “ligeireza”, João César das Neves critica ainda o facto de não estar a ser seguido o exemplo da Irlanda e de existir, por parte do Executivo, a tentativa de “dourar a pílula”.
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“Este é o Governo que dizia que iria ter seis por cento de défice, mas que tem nove, e que dizia que estava tudo debaixo de controlo. O que acho extraordinário é que as mesmas pessoas voltem a dizer estas coisas e ainda haja quem acredite”, concluiu.
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Notas do Papa Açordas: Estamos fritos! Então são os mesmos "gajos" que pegaram o fogo que o querem apagar? Assim, não vamos lá! Todos nós sabemos que 2009 foi o ano das eleições... foi o dourar a pílula... Pinto de Sousa era o maior... não havia problemas... o défice estava(?) dominado... e, aí está o resultado... ou será que o cabecinha branca e o sr. Pinto de Sousa estão a ampolar o défice de 2009, com as estafadas desculpas da crise internacional, para atingir os objectivos de 2010?
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1 comentário:

GMaciel disse...

Défice, por cá, é um mero eufemismo para o real buraco que as excelências têm vindo a cavar há 35 anos.

Quanto à democracia... se calhar é melhor arranjar outro termo. Eu proponho, roubalhia, um misto de roubalheira com democracia selectiva.