domingo, 1 de novembro de 2009

Sócrates: Ao centro na economia, à esquerda nas opções de vida

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Com o Governo constituído, a expectativa é agora a de saber até que ponto o programa de Governo, que amanhã será entregue, até às 19h, na Assembleia da República, irá conter novidades em relação ao programa eleitoral com que o PS liderado por José Sócrates se apresentou às legislativas.
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Sem que o executivo abra o jogo sobre o seu conteúdo, António Costa Pinto, investigador do ICS - Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, destaca em declarações ao PÚBLICO que "há continuidade programática e discursiva" no que o primeiro-ministro tem dito desde que foi eleito, pelo que não deverão surgir grandes alterações.
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Costa Pinto admite que agora "o tom tem sido mais generalista" do que foi no arranque do primeiro Governo, fruto da maioria relativa. Mas sublinha que "Sócrates vai tentar conseguir a quadratura do círculo", precisando: "Por um lado, vai tentar fazer uma política económica de centro com discurso de esquerda e na área dos valores e das concepções de vida em sociedade vai fazer uma política mais à esquerda." E acrescenta: "É provavel que no primeiro ano tenha um discurso programático mais à esquerda do que em 2005, em que o tom era mais Terceira Via e mais Blair, por causa do combate ao défice.
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"A continuidade programática de Sócrates é admitida por André Freire, investigador do ISCTE - Instituto Superior das Ciências do Trabalho e das Empresas, até porque, destaca "as reformas já foram feitas e o combate à crise e ao desemprego já vem de trás". Freire sublinha que "as mudanças são-no ao nível do discurso" porque se "percebeu que as pessoas querem mais negociação e mais diálogo" e porque "as condições políticas obrigam a isso".
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Notas do Papa Açordas: O que vai acontecer é a continuidade na asneira, arrogância, estupidez e na corrupção... Veja-se, só para exemplo, a oposição do anterior governo na legislação de leis contra a corrupção... Claro, o resultado aí está...
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2 comentários:

causa vossa disse...

As reformas? Que reformas? Reformar não é retalhar, cortar, afrontar ... a verdadeira e única reforma era a luta contra a corrupção ... reformada!

Peter disse...

Se há desafios que se colocam ao novo Governo e à nova equipa do Ministério da Justiça um deles é exactamente o do preenchimento de lacunas legislativas contra a corrupção. O Poder Político tem resistido a atacar este cancro.