domingo, 8 de novembro de 2009

Certidões do Face Oculta em "pousio" na PGR

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Pinto Monteiro quer saber se há matéria que merece ser investigada
Certidões do Face Oculta paradas quatro meses na PGR
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As nove certidões que o Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro extraiu do processo de investigação conhecido como Face Oculta estiveram perto de quatro meses na Procuradoria-Geral da República (PGR) sem que o procurador-geral, Pinto Monteiro, lhes desse um destino.
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No rol, incluiu-se uma certidão que envolve o primeiro-ministro, José Sócrates, escutado em conversas telefónicas com Armando Vara, administrador do BCP, que suspendeu o mandato esta semana depois de ter sido constituído arguido no processo. Só depois das buscas realizadas a várias empresas públicas, no passado dia 28, é que Pinto Monteiro decidiu remeter um pedido de informações ao DIAP de Aveiro, solicitando novos dados. Ontem o PÚBLICO tentou, sem sucesso, esclarecer junto da PGR as razões da demora em tomar uma decisão.
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O PÚBLICO apurou junto de fontes judiciais que as certidões chegaram à PGR em Julho. "A Procuradoria-Geral da República está a proceder à análise das nove certidões recebidas e, como já foi noticiado, foram pedidos elementos em falta que são essenciais para serem proferidas decisões, como seja saber se existem ilícitos, e nesse caso onde devem ser investigados, abrir ou não inquéritos, arquivar ou mandar prosseguir investigações, apurar eventuais responsáveis", esclareceu a Procuradoria numa nota enviada sexta-feira às redacções. Sobre se alguma das "nove certidões extraídas pelo DIAP de Aveiro estava relacionada com o primeiro-ministro, José Sócrates", uma assessora da PGR respondeu afirmativamente, sem adiantar mais pormenores.
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Notas do Papa Açordas: Para este acto da PGR só há uma resposta: a de Pinto Monteiro não querer criar problemas a Sócrates e ao PS, nas eleições de Setembro e Outubro!... Se assim foi, é de condenar, éticamente e politicamente, a sua acção...
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