quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Défice: Contas de merceeiro...

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Crescimento lento e forte endividamento depois da crise
Passada a crise, regressam os défices-recorde e a divergência
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Nem a evolução do PIB acima do previsto, nem a subida de desemprego mais moderada do que o esperado fizeram a Comissão Europeia acreditar nas contas do Governo português para as finanças públicas, apontando agora para uma subida do défice e da dívida pública que coloca estes indicadores a níveis históricos.
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Mesmo perante uma evolução muito negativa das receitas fiscais, o Governo tem insistido na sua previsão de défice público de 5,9 por cento do PIB para 2009. Mas a verdade é que, ontem, nas suas previsões de Outono para a economia europeia, a Comissão mostrou pouca confiança nos cálculos e colocou a estimativa para o défice público deste ano em oito por cento, ou seja mais 2,1 por cento do PIB (ou cerca de 3500 milhões de euros) do que aquilo que o Governo prevê.
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Esta é, entre todos os países da União Europeia, a diferença mais acentuada entre o que um Governo prevê para o défice (nos últimos relatórios entregues ao Eurostat) e aquilo que a Comissão Europeia antecipa.
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Reagindo à previsões de Bruxelas, Teixeira dos Santos reconheceu ontem pela primeira vez que poderá ter de vir a corrigir o seu cálculo para o défice, mas salientou que ainda quer esperar pelos dados da execução orçamental de Outubro. Ainda assim, o ministro das Finanças foi já justificando uma provável escalada do desequlíbrio orçamental, afirmando que estamos perante "uma crise histórica e portanto não é de admirar que o valor do défice registado nos variados países europeus, incluindo em Portugal, seja também um valor histórico".
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Notas do Papa Açordas: Quem é que pode ir à caça com uns cães destes? Onde é que vamos arranjar a bondade de acreditar num (des)governo destes? Não há ponta por onde se lhes pegue...
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