A Entidade Reguladora para a Comunicação Social vai abrir "um processo de averiguações" para investigar a veracidade de acusações feitas, na última semana, sobre alegadas interferências na independência dos media.
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Na última edição da revista "Sábado", um artigo referia que o director do "Sol", José António Saraiva, teria sido interpelado por uma pessoa do círculo de amigos de José Sócrates, numa altura complicada em termos financeiros para a vida do jornal. Essa pessoa, que não era Armando Vara, como referia o artigo, teria oferecido os préstimos do BCP para resolver os problemas do jornal, se uma notícia sobre o processo Freeport não saísse.
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No passado domingo, no ”Correio da Manhã”, José António Saraiva conta, numa entrevista, que o “Sol” recebeu “dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport, os nossos problemas se resolviam”. O director do semanário, hoje detido maioritariamente pela Newshold, afirma que o jornal não faliu, nessa altura, “por um milagre”.
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Num comunicado emitido hoje, a ERC invoca assim as suas competências “nos termos do artigo 8º do seu Estatuto”, onde lhe compete “zelar pela independência das entidades que prosseguem actividades de comunicação social perante os poderes político e económico”, e informa que decidiu “abrir um processo de averiguações tendo como objectivo apurar elementos relativos à situação denunciada publicamente pelo director do jornal “Sol’”.
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Notas do Papa Açordas: Estas notícias são muito engraçadas. Como é que a ERC pode investigar se o seu presidente é nomeado pelo primeiro-ministro? Será a mesma coisa que incumbir o primeiro -ministro de investigar se o governo é corrupto!... Portanto, a resposta da ERC é já conhecida...
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