Ministério da Educação vai eliminar divisão da carreira docente
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O Ministério da Educação vai eliminar a divisão da carreira docente, confirmou Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), no final do encontro com o secretário de Estado da Educação, Alexandre Ventura. Hoje continuam as reuniões com as estruturas sindicais dos professores sobre o calendário negocial relativo ao Estatuto da Carreira Docente e ao modelo de avaliação.
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Apesar da saudar a proposta de eliminação da divisão da carreira em duas categorias hierárquicas (professor titular e professor), Dias da Silva revelou aos jornalistas que o Ministério da Educação mantém dois aspectos "francamente negativos".
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Na proposta hoje apresentada aos sindicatos, o Ministério continua a defender a existência de uma prova de ingresso na profissão - uma medida consagrada no Estatuto da Carreira Docente aprovado em 2007 - e sobretudo propõe a existência de vagas para a progressão dos docentes para o 3º, 5º e 7º escalão da carreira. Ou seja, em vez da progressão ser apenas ditada pela antiguidade e pela avaliação do docente, passará também a estar dependente da abertura de vagas.
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Dias da Silva sublinhou contudo a disponibilidade do Ministério em dialogar: "O documento que nos foi apresentado é aberto em todos os pontos e é um documento sobre o qual a FNE pode apresentar propostas". A Federação irá tomar uma posição até ao final da semana.
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Notas do Papa Açordas: Bastou o sr. Pinto de Sousa não ter maioria absoluta, para a teimosia e a arrogância colectiva de um governo, cair pela base. O governo vai ceder a 100%... é preciso ter paciência...
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2 comentários:
Pena que a escumalha que fez as "bostadas" que andamos a aturar dirante 5 anos neste ministério, já se tenha ido embora, nomeadamente o ex-secretário de estado um tal Wlater.
Era esse que devia ter ficado a dar o "coiro ao manifesto".
Temo que apenas vão mudar os nomes aos bois. Isto já começou mal: o sistema de avaliação foi injusto demais e não foi suspenso - traição PSD; os sindicatos parecem não ter percebido que a raiz dos problemas causados, pelo anterior governo, na educação não é a avaliação ou a carreira dos professores mas sim o assassinato sócretino da imagem pública dos professores. As escolas estão intragáveis, temo que de negociação em negociação se chegue a derradeira desilusão e, nessa altura, o PSócrates vai reclamar eleições na certeza de que contará com os votos daqueles a quem vendeu a imagem negativa dos professores.
Para destruir um sistema de ensino público bastaram quatro anos, para o reconstruir vão ser necessária mais do que uma geração.
Um abraço sem esperança nenhuma
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