sábado, 6 de setembro de 2008

Avião Skylander já não vai ser fabricado em Évora


Fabricante francês muda-se para a Lorena francesa
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Portugal perdeu investimento aeronáutico de 125 milhões de euros previsto para Évora

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Ao fim de cinco anos de vaivém negocial inconclusivo, a Geci International trocou Portugal pela França para construir o avião Skylander, um investimento de 125 milhões de euros que prometia criar três mil empregos, dos quais 900 directos. A decisão foi comunicada ontem ao mercado, não exclui a participação de "parceiros portugueses" não identificados, mas coloca um ponto final num projecto previsto para Évora e marcado por arrastamentos constantes.
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Nos bastidores, o Skylander nunca foi um projecto consensual. Era considerado um projecto inovador e ideal para ser a base do cluster aeronáutico que o Governo quer construir. Mas as autoridades portuguesas nunca esconderam a sua resistência em financiar o projecto, apesar de lhe terem dado o estatuto PIN (Projecto de Interesse Nacional) em 2006 e de terem o dossier de investimento praticamente fechado com o grupo francês.
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Contra as dúvidas, a empresa garantia recentemente ter recebido 450 encomendas mesmo antes de construir a fábrica, correspondendo a mais de 1300 milhões de euros. Advertia também que o adiamento na concessão das ajudas por parte do Governo português colocava em risco os compromissos para as primeiras entregas. Segundo os novos prazos, o aparelho deveria ter o protótipo a voar em 2009 e as primeiras entregas em 2011.
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Nota do Papa Açordas: Há muito que esta notícia corria nos mentideros políticos. Portugal não soube aproveitar esta oportunidade, demorou muito tempo a resolver as ajudas e, aí está: o avião vai ser construído em França.
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3 comentários:

Anónimo disse...

e...com investimentos portugueses em terras de França! Viva Portugal!
M

Anónimo disse...

e a EMBRAER não terá tido voto na matéria!?
concorrência a mais?

Tiago R Cardoso disse...

resumindo, Portugal um Portugal moderno que incentiva o investimento.

Conheço um multinacional espanhola que queria se estabelecer aqui perto, um investimento de uns milhões, recebeu um telefonema do ministério da economia a informar, onde era informada que o projecto estava em avaliação e que demoraria cerca de três meses a darem uma resposta.

Enfim…