domingo, 14 de junho de 2009

Irão: mais um ditador agarrado ao poder...

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Moussavi pede anulação dos resultados
"Morte ao ditador", grita-se nas ruas de Teerão

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Os manifestantes voltaram às ruas de Teerão gritando “morte ao ditador!”. Regressaram também os confrontos entre a polícia e os partidários do candidato derrotado nas eleições presidenciais Mir-Hossein Moussavi, que hoje formalizou um pedido para a anulação dos resultados. Enquanto isso, o Presidente Mahmoud Ahmadinejad fez o seu discurso de vitória, negando suspeitas de fraude eleitoral.
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"Apresentei hoje um pedido oficial ao Conselho dos Guardiões para o cancelamento dos resultados eleitorais", lê-se num comunicado colocado no site oficial da candidatura de Moussavi. Na mesma comunicação, o candidato moderado pede aos seus apoiantes "para continuarem os protestos de forma pacífica e legal", num claro desafio ao Líder Supremo, o "ayatollah" Ali Khamenei, que na véspera pediu a todos os candidatos que apoiem o Presidente reeleito.
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À mesma hora, Ahmadinejad reunia dezenas de milhares de apoiantes numa praça de Teerão, na primeira comemoração oficial de vitória.
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Durante a manhã, numa conferência de imprensa o ultraconservador voltou a negar qualquer suspeita de fraude e afirmara que a forte participação registada (84 por cento) era “uma afronta contra o regime opressor” que dirige o mundo.
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Disse ainda que a questão nuclear “já pertence ao passado”, indicando que não haverá mudanças de política. E voltou a dizer que qualquer país que se atravesse a atacar o Irão “se arrependeria amargamente”, relata a agência Reuters.
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Notas do Papa Açordas: Os ditadores usam todos a mesma táctica: são eleitos com democracia, mas depois, em próximas eleições, fazem todas as manigâncias para não largar o poder...Ahmadinejad não foge desta regra...
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1 comentário:

Manuel da SIlva disse...

Oh compadre, nem todos os ditadores foram eleitos em Democracia... Aliás, no Irão, em 1979, foi instaurada uma ditadura fundamentalista islâmica e as eleições têm sido tão livres como eram em Portugal durante a ditadura do Salazar e do Caetano.