quinta-feira, 25 de junho de 2009

Empresas "compreensivas"...

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Contrato para instalação de radares foi assinado terça-feira pelo MAI
Governo adjudicou sistema de vigilância costeira a empresa suspeita de corrupção

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A empresa a quem o Ministério da Administração Interna (MAI) adjudicou, na terça-feira, a proposta de fornecimento e instalação do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa (SIVICC) surge referenciada num caso de corrupção num relatório divulgado esta semana pela Transparência Internacional, uma entidade que, anualmente, faz um levantamento deste tipo de criminalidade no mundo.
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A Indra, assim se chama a empresa em causa, é uma empresa espanhola também instalada em Portugal e é suspeita de, em 2004, ter tentado corromper funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) durante um concurso para fornecimento de material informático. O PÚBLICO confirmou ontem, junto de diversas fontes do SEF e da Polícia Judiciária (PJ), a existência de um inquérito, o qual acabou por ser remetido, com proposta de acusação, para o Departamento de Investigação e Acção Penal.
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Nesse inquérito, cujo desfecho final não foi ontem possível apurar - apenas foi avançado que o concurso esteve suspenso -, são indiciados como eventuais corruptos dois dos então funcionários do SEF, sendo um deles um quadro que fazia parte do júri que haveria de seleccionar a empresa que forneceria o equipamento informático. Esse funcionário, suspeito de beneficiar a empresa, acabaria por se reformar algum tempo depois de iniciado o processo.
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Notas do Papa Açordas: Estas cenas tornaram-se usuais e uma das mais emblemáticas é o caso da entrega do Magalhães à J.P. Sá Couto... Ainda querem melhor? Isto acontece, porque estas empresas são mais compreensivas que outras, para satisfazer certos pedidos...
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1 comentário:

Marreta disse...

Ora, está tudo bem quando acaba bem. Afinal trata-se de pessoal da mesma confraria. Fica tudo entre amigos...

Saudações do Marreta.