sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Banco de Portugal versus BCP

Banco de Portugal abre processo de contra-ordenação ao BCP
Por ocultação de informações sobre entidades off-shore
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O Banco de Portugal (BdP) abriu um processo de contra-ordenação ao BCP e a membros dos seus órgãos sociais, com base em factos relacionados com 17 entidades off-shore, e acusa o banco de ter sempre ocultado informação relacionada com esta matéria.
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"Na sequência das averiguações em curso, o Banco de Portugal procedeu, em 26 de Dezembro, à abertura de um processo de contra-ordenação ao BCP e a membros dos seus órgãos sociais, com base em factos relacionados com 17 entidades off-shore cuja natureza e actividade foram sempre ocultadas pelo BCP ao Banco de Portugal, nomeadamente em anteriores inspecções", diz a entidade reguladora em comunicado.
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"São esses novos factos, apurados a partir de denúncia recente, que justificam toda a actuação que o Banco de Portugal tem conduzido sobre este assunto", explica a entidade presidida por Vitor Constâncio.
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"Não é a reconsideração de factos conhecidos e analisados no passado que fundamenta a intervenção que o Banco agora desencadeou e que prosseguirá até ao completo apuramento das responsabilidades no presente caso", esclarece o BdP, refutando assim algumas referencias feitas nos últimos dias nesse sentido no meio político e também financeiro.
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Nenhum membro dos órgãos sociais do BCP está actualmente inibido de concorrer ou exercer funções no sistema bancário, "até à conclusão dos processos legalmente exigíveis", lê-se ainda no comunicado, que salienta "os riscos que decorrem do eventual envolvimento nos factos sob investigação que se vier a apurar".
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"A integridade do processo de supervisão é importante para a estabilidade e isso justifica o carácter especial desta comunicação, no quadro da discrição que o Banco de Portugal tem procurado manter na actual situação". A entidade supervisora do sistema financeiro, reafirma, neste contexto, que "o BCP está em condições de prosseguir com normalidade a sua actividade" isto "apesar das ocorrências sob investigação". (Jornal de Notícias)
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Nota do Papa Açordas: Qual deles o pior? O BdP ou BCP? Porquê só agora? O Banco de Portugal há muito que sabia das infracções do BCP, porque é que só agiu agora? Porque foi obrigado? E Vítor Constâncio, vai continuar em governador? Quem souber, que responda...

2 comentários:

quintarantino disse...

Compadre, sempre ouvi dizer que mais vale tarde que nunca. Mas o compadre esquece-se de uma coisa, ele há instituições e sectores onde só se actua quando a coisa atingiu o limite do insustentável. Tenho para mim que este é um desses casos.

Tiago R Cardoso disse...

nada como se fazer um pouco de barulho em Portugal para se "fazer" alguma coisa, nem que seja só para encher o olho...