Comércio abre época de saldos no fim do "pior ano de todos
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O sector do comércio perdeu 20 mil empregos nos primeiros seis meses deste ano. E voltará a perder "dezenas de milhares de empregos" em 2008, devido à desregulamentação do sector, que permite a abertura massiva de grandes superfícies. O alerta é do presidente da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), que olha com "preocupação" para os saldos que hoje começam e se prolongam até 28 de Fevereiro. Para a Deco, o momento é para aumentar o controlo dos estabelecimentos, uma intenção que a ASAE garante ter na agenda, preparando-se para reforçar inspecções.A antecipação dos saldos criada pela nova legislação (ver caixa), lamenta José António Silva, da CCP, "retirou ao pequeno comércio 10 a 15 dias de venda com margens positivas", forçando os comerciantes - para não perderem mais clientes face às grandes cadeias - a vender "sem lucro ou com prejuízo" muitos artigos que não saíram dos armazéns ou prateleiras nos últimos meses.
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Para o responsável, este vai ser "o pior ano de sempre" para o comércio tradicional, que perdeu até Junho 20 mil empregos - tantos quantos os que viu ser extintos em todo o ano passado. José António Silva garante que a ausência de regulação - com grandes superfícies comerciais a abrir constantemente - agrava o "desequilíbrio" que afecta o comércio tradicional, pelo que 2008 vai ser "pior ainda". "Tenho a certeza que vão fechar milhares de estabelecimentos, deixando dezenas de milhares de pessoas desempregadas", alerta, lembrando que desde 2005 se perderam 54 mil empregos no comércio.
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Mas se, pelo contrário, para muitos portugueses os saldos são uma boa notícia, para outros este é também um período de "mais conflitualidade" com os comerciantes que nem sempre cumprem o que a lei estipula, garante Carla Oliveira, da Deco.
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"À excepção de obrigar os comerciantes a aceitar pagamentos com multibanco e cartões de crédito nos saldos, a nova lei não trouxe qualquer vantagem para os consumidores", afirma. A ASAE deve, por isso, reforçar as inspecções aos estabelecimentos. Fonte oficial da ASAE garante que a instituição vai estar "especialmente atenta" ao cumprimentos das regras.(Jornal de Notícias - Ricardo David Lopes)
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Nota do Papa Açordas: O governo devia de proteger o comércio tradicional, ou seja, o comércio de proximidade, em que o cliente é conhecido e tratado como amigo, e nunca da forma industrializada como é tratado nas grandes superfícies. Mas há que rever e fiscalizar as margens de lucro, a fim de evitar descontos escandalosos de 50 % e mais, na época de saldos...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
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