Como reacção ao aumento do salário mínimo nacional, os rapazes da Juventude Popular viram um "power point" de introdução à economia e decidiram avançar: são contra a existência do salário mínimo. O argumento é portentoso: a obrigatoriedade de pagar estes exorbitantes 426 euros por mês a um trabalhador "enfraquece os rendimentos dos portugueses e atrasa a economia" por "impedir de trabalhar quem estiver disponível para trabalhar por valor inferior a esse preço".
-Esta imposição legal perturbaria o normal funcionamento do mercado. Deviam ir mais longe: a existência de qualquer Direito do Trabalho é uma inaceitável perturbação do mercado quando há quem esteja "disponível" para trabalhar sem férias, sem licença de parto, sem 13º mês, 12 horas por dia e sete dias por semana. Porque a vida das pessoas "atrasa a economia".
-
Podiamos pedir aos jovens do CDS um único estudo onde se mostre que a existência deste paupérrimo mínimo de sobrevivência cria desemprego. Podiamos mostrar-lhes como salários excessivamente baixos são nefastos para a economia e para o desenvolvimento de empresas competitivas. Podiamos explicar-lhes que a relação assimétrica de poder entre empregador e empregado destrói o simplismo da lei da oferta e da procura explicada às criancinhas. Mas talvez seja melhor começar pelo mais básico: pôr estes aprendizes de políticos a viver com 426 euros por mês. Basta um ou dois meses. Passa-lhes logo o liberalismo de algibeira.
(Daniel Oliveira - Expresso)
-
Nota do Papa Açordas: Aprovo a sujestão do Daniel Oliveira de obrigar estes "queques" a viver com os 426 euros...
2 comentários:
kyrie 4
moncler jackets
off white jordan 1
kd 12 shoes
golden goose sneakers
adidas stan smith
supreme hoodie
supreme clothing
supreme
supreme new york
click this link now best replica bags online websites bag replica high quality check my site this contact form
Enviar um comentário