terça-feira, 22 de março de 2011

Todos contra o PEC. Governo cai amanhã

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Os partidos estiveram ontem reunidos com o primeiro-ministro e reiteraram o chumbo ao PEC. Se o governo não se demitir, o PSD promete acção
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O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) chegou ontem às 18h30 ao parlamento com o carimbo do chumbo. Os partidos estiveram reunidos toda a manhã com o primeiro-ministro e reiteraram que as novas medidas de austeridade apresentadas pelo governo não merecem a sua concordância.
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Após quase uma hora de reunião com José Sócrates, o PSD reafirmou o chumbo - "Não hesitamos nessa matéria", disse Pedro Passos Coelho - e deixou um aviso à navegação: se o "governo não tirar daí as suas ilações", ou seja, se não se demitir com o chumbo ao PEC, o "PSD não deixará o país ficar numa situação pantanosa", garantiu o líder dos sociais--democratas, apontando para uma eventual moção de censura. O PSD ainda não decidiu se vai apresentar um projecto de resolução próprio ou se apenas votará os dos restantes partidos, mas Passos assegurou que o PEC não merece "nem a aprovação nem a abstenção" dos sociais--democratas. "Não estão reunidas condições de confiança para que qualquer negociação seja reeditada", respondeu o líder laranja face aos sucessivos apelos ao diálogo por parte do governo.
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Num documento em inglês que pretendeu justificar o chumbo do PEC aos mercados, Passos Coelho prometeu uma "coligação alargada" que garanta a aprovação das medidas que permitem o cumprimento das metas de consolidação orçamental assumidas por José Sócrates e com as quais o PSD concorda. "Uma coligação alargada pela mudança pode favorecer ou aumentar a legitimidade política desse programa e melhorar as percepções dos mercados sobre o risco da situação portuguesa", pode ler-se no documento. É no mesmo sentido que Passos Coelho considera que "da clarificação desta crise pode sair um futuro governo mais forte do que este, com mais autoridade, mais respeitado e mais respeitador de Portugal e dos portugueses".
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Notas do Papa Açordas: Dificilmente Sócrates escolheria uma outra data tão acertada para cair: entre o Carnaval e o Dia das Mentiras...
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